sábado, 28 de novembro de 2009

Sporting x Benfica


Logo mais, às 21.15, na SportTV1, temos mais um derby eterno, o derby da cidade de Lisboa, entre os vizinhos Sporting Clube de Portugal e Sport Lisboa e Benfica.


As águias lideram o campeonato em conjunto com o Braga, com 25 pontos. Os leões seguem 11 pontos atrás, no oitavo lugar, com 14 pontos. O último jogo do Sporting na Liga resultou num empate (2-2) em Vila do Conde, o Benfica conseguiu uma vitória sofrida (1-0) na Luz frente à Naval.


No último fim-de-semana, a fortuna jogou sortes diferentes nas duas equipas na Taça de Portugal: o Sporting passou à ronda seguinte ao bater no Restelo os Pescadores da Costa da Caparica por 1-4 (com 1-0 ao intervalo), enquanto o Guimarães foi à Luz vencer o Benfica por 0-1.



Quem irá ganhar hoje? Se tivermos em conta a história, dir-se-ia o Sporting. Se tivermos em conta desafios recentes, eu apostaria também no Sporting. Se tivermos em conta o momento de forma e o momento psicológico, a minha aposta recaía no Benfica. Se quisesse adivinhar um resultado... diria 2-1 para o Sporting, só porque acho que a ambição vai ultrapassar claramente o estado psicológico dos jogadores e o rendimento vai ser maior - além de que o Sporting raramente facilita contra os grandes.


Jogos oficiais entre as duas equipas nos últimos 5 anos:


2008/2009

Liga: Benfica 2-0 Sporting / Sporting 3-2 Benfica


2007/2008

Liga: Benfica 0-0 Sporting / Sporting 1-1 Benfica

Taça: Sporting 5-3 Benfica


2006/2007

Liga: Sporting 0-2 Benfica / Benfica 1-1 Sporting


2005/2006

Liga: Sporting 2-1 Benfica / Benfica 1-3 Sporting


2004/2005

Liga: Sporting 2-1 Benfica / Benfica 1-0 Sporting

Taça: Benfica 3-3 Sporting (5-4 g.p.)

ENTÃO... QUEM GANHA LOGO? ACEITAM-SE PROGNÓSTICOS.

Música Perdida: David Fonseca

E esta vai para a Sara, que adora David Fonseca e acho que raramente posta alguma coisa dele por cá. Pois bem, esta música que escolhi é o single dele, «A Cry 4 Love», do novo CD e está fartinha de passar na rádio, sendo portanto sobejamente conhecida.



(Via YouTube)


«A CRY 4 LOVE»

No one can love me the way that you do
Yeah, I was the captain of my own ship of fools
I fled to the ocean, I aimed for the stars
So your face was a light that kept me safe from the dark
So I say please, say please

Girl, you see me smiling
Girl, I'm singing words of joy to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love

I jumped to the water, I swam to the shore
Turned up at your doorstep, I slept on your floor
I woke up in panic, I dreamt you were gone
You're gone, you're gone
I stood there in silence with the damage I've done
But now it's done, it's done so

Girl, you see me smiling
Girl, I'm singing words of joy to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love

I'll keep on smiling
Girl I'll keep on playing my songs to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love

A cry for love
A cry for love
A cry for love

Girl, you see me smiling
Girl, I'm singing words of joy to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love

I'll keep on smiling
Girl, I'll keep on playing my songs to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love

Can't you see the smile
Can't you hear a cry for love

It's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love


Eu até nem sou um grande fã do Fonseca, admito que ele tem um par de músicas cativantes mas é reconhecido que ele é do mais alto quilate, no que a músicos portugueses diz respeito. E esta música é do melhor que ele sabe fazer. Típica canção de amor desesperada, o rapaz da canção não consegue expressar o que sente, tentando explicar à moçoila que escondido num sorriso, escondido num acto, escondido entre as linhas está a sua declaração de amor. E por isso ele canta para todo o mundo, à espera que ela um dia descubra a sua declaração de amor, no verso das suas canções. Vá, depois a música enriquece-se nuns versos poéticos que retratam todos os sentimentos que a moça lhe causa quando não está perto dele. O que a canção parece também retratar é todo o momento em que o rapaz se apercebe desta miscelânia de sentimentos, porque ele diz na primeira estrofe que ninguém o pode amar como ela, mas que ele foi cobarde em não fazer algo («I stood there in silence»;«I fled to the ocean»;«Turned up at your doorstep, I slept on the floor») e que agora tem medo de ser tarde demais («I woke up in panic, I dreamt you were gone» - apesar de não conseguir à mesma declarar-se, note-se!) All in all, uma música interessante mas claramente apelativa às moças desesperadas, às românticas, às sonhadoras e às adolescentes por este Portugal fora...

Óscar: Melhor Filme

Não sei se alguém tem reparado na barra lateral mas eu mudo mensalmente as minhas previsões para o Óscar de Melhor Filme. Mudo pouco, mas vou mudando. Nos últimos meses só 2 nomes de entre as 10 escolhas têm variado, o que significa muito.

Quer dizer que num ano em que a Academia decidiu esticar o número de nomeados, a previsibilidade deveria estar baixíssima, o que, pelo contrário, não se revelou. Temos 5/6 nomeados garantidos, 2 ou 3 em dúvida (dois filmes que deverão ser nomeados ainda não estrearam sequer) e 1 ou outro que vai variando. Lá está.

Lembrei-me agora que ainda não tinha feito nenhum post com os trailers dos filmes que estão na minha lista de escolhas. Também só agora se pode dizer que já saíram os trailers todos deste ano. Então aqui ficam, por ordem decrescente de segurança na escolha (portanto, do mais provável nomeado para o menos), os trailers:



1. PRECIOUS

Quase garantido que marcará presença, o filme tem ganho alguns prémios, é o 'critical pet' da Oprah (que o co-produziu, ainda por cima) e tem ganho salvas de palmas da crítica, que o anuncia como o filme do ano (o novo Slumdog, portanto). Polémico, com algumas cenas claramente provocatórias e com um argumento pesado (é um drama sobre uma adolescente negra maltratada pela mãe e grávida do segundo filho, fruto das violações do pai). Esperemos que o filme viva para as expectativas.





2. NINE

Outro quase garantido é o novo filme de Rob Marshall, que realizou Chicago (vencedor de 6 Óscares, 1 para Melhor Filme), outro musical. Este musical conta com Kidman, Cotillard, Day-Lewis, Dench, Loren, Cruz, Fergie e Hudson e, aparentemente, não desaponta a crítica. Dizem que é bastante divertido. Baseado no 8 1/2 do Fellini que não é nada má referência, como se sabe. É dos Weinstein, que conseguiam pôr o Papa a ganhar um Óscar (se quisessem), portanto será nomeado.





3. AN EDUCATION

O filme de Lone Sherfig que apresenta ao mundo Carey Mulligan tem recebido ovações dos críticos que adoram a interpretação de Mulligan. O filme é de época, mais um sinal positivo. É estrangeiro (britânico), mais um sinal positivo. Fala do desabrochar, do início da vida adulta e das encruzilhadas que se lhe aparecem à frente, mais um sinal positivo. E é um veículo claro para o Óscar de Mulligan como Melhor Actriz, mais um sinal positivo. Ah, e todo o filme é um clássico «a star is born» moment, que ajuda imenso. Além de que a realizadora é do sexo feminino (o que é bom para a Academia defender a igualdade entre homens e mulheres sem ter que ser propriamente obrigada a nomear a realizadora para Melhor Realizador). Já é um sucesso de bilheteira também, por isso estará seguro.





4. UP IN THE AIR

Filme de Jason Reitman (Juno, Thank You For Smoking) com estrela prestigiante (George Clooney) numa performance de uma vida e com outras actrizes talentosas merecedoras de filmografia de qualidade (Kendrick, Farmiga). Starpower + Sangue novo talentoso + Realizador respeitado + Apelo da crítica e do público = Óscar? Provavelmente. O filme foi um sucesso estrondoso por onde passou e recebeu o título máximo em Toronto. As críticas são assustadoramente favoráveis e é por isso tido por muitos como o claro cabeça na corrida aos Óscares. Será?





5. INVICTUS


Clint Eastwood + Morgan Freeman + Matt Damon + Não-nomeação por Gran Torino ou Changeling + Tema (Mandela e a vitória inspiracional da África do Sul no Mundial de Râguebi nos anos 90) = Óscar? Talvez. O filme ainda não estreou e é por isso que este filme ainda está envolto em muita incerteza. Mas deve ser nomeado, com 10 lugares...





6. THE HURT LOCKER

Tem a crítica, o público, a enorme receita de bilheteira, uma realizadora respeitada e aclamada e bons actores à caça de maiores papéis (e neste filme encontraram-nos), além de um excelente tema, actual e desconfortável para os americanos (guerra no Médio-Oriente) e uma potente fotografia (claro que o cenário de pobreza e devastação também ajuda). Num ano com 10 nomeados, pode não ser uma escolha consensual, mas acho que haverá muita gente que se vai lembrar do buzz que este filme teve no Verão. MINHA NOTA: B





7. THE LOVELY BONES

Baseado num dos melhores livros dos últimos 20 anos, escrito por Alice Sebold, e realizado por Peter Jackson, autor da trilogia do Senhor dos Anéis mas também de filmes intimistas mas maravilhosos como Heanvely Creatures (do género desta história), este filme parece condenado ao sucesso (e era, à partida, o cabeça na corrida aos Óscares). Com o passar do tempo, o filme tem perdido buzz e agora é uma clara incógnita. Além disso, as críticas têm começado a chegar e algumas são autênticos mares de elogios ao filme e aos efeitos gráficos, e outras são a queixar-se do tratamento de blockbuster que esta história muito centrada, pequena e intimista teve (que não é, de todo, a forma adequada de se lhe pegar). Veremos. Para já, está na lista.





8. THE LAST STATION

Filme britânico cheio de talentos (Helen Mirren, James McAvoy, Paul Giamatti e Christopher Plummer encabeceiam o filme) e com críticas muito positivas. Como vai estar na luta por outras nomeações, como Actriz, Actor, Actor Secundário, muito provavelmente será nomeado para Melhor Filme.





9. UP!

Principal vantagem: é claramente um dos 5 melhores filmes do ano. Outra vantagem: claramente mais fácil de entender que Wall-E, claramente mais apelativo a todas as faixas etárias (em particular aos idosos). Outra vantagem: o filme é excelente. Mesmo. Outra vantagem ainda: a não-nomeação de Wall-E. Única desvantagem: filme animado. Mesmo com 10 nomeados, ainda não consigo crer que será desta vez que eles vão votar num filme animado. E não é como se a Pixar não tivesse ganho Óscares... MINHA NOTA: A






10. A SERIOUS MAN

O 10º lugar da lista é que é a maior das dúvidas. The Road foi quem ocupou mais tempo este lugar mas tem tido críticas tão más (e depois há a mania de comparar o filme ao livro de McCarthy, o que é um erro) que eu tirei-o. E coloquei este filme dos irmãos Coen que está a ganhar muita tracção em certos circuitos de críticos. Não sei se será capaz de ganhar muitos admiradores, mas a verdade é que as pessoas que gostam dele gostam MESMO dele. E é dos irmãos Coen, talvez os realizadores mais consagrados nos últimos anos (Fargo, No Country For Old Men caíram nas graças da Academia mas Raising Arizona, The Big Lebowski ou Burn After Reading são igualmente bons, apenas não são muito... adequados aos géneros que a Academia costuma favorecer). A seguir com atenção.





Neste momento acho que tenho aqui presentes pelo menos 7 dos 10 nomeados, seguríssimo. Até acho que tenho 9 correctos. 1 dos que aqui está não vai ser nomeado. A minha aposta: Bright Star aparece em vez de Up. Ou então Inglorious Basterds. É que o filme mais capaz de roubar um lugar é mesmo The Road, porque tem tudo a ver com a Academia. Mas não parece haver muita gente que goste do filme. Inglorious tem que enfrentar a campanha anti-Tarantino mas tem a seu favor o facto de ser um filme sobre o Holocausto (apesar de um muito invulgar e irreal). Avatar é um portento visual mas é ficção científica, logo tem que ser mesmo um sucesso gigante para ser nomeado. Bright Star é de Jane Campion mas será que alguém acredita que ela vai conseguir fazer 2 filmes e nomear os 2 para Melhor Filme num ano em que filmes mais interessantes aparecem? Up tem contra si o género animado. Não sei muito bem como isto vai parar, mas de qualquer forma só estes 14 nomes parecem plausíveis. Não consigo ver nenhum filme fora destas possibilidades (o que não quer dizer nada; a 26 de Novembro de 2008, Slumdog Millionaire estreava no Festival de Tribeca ainda sem distribuidor (!) e daí partiu em direcção ao Kodak, limpando 8 estatuetas)

Dúvidas: The Road; Inglorious Basterds; Bright Star; Avatar

Esta semana na TV...

Esta semana na TV, as séries foram escassas. Nalguns casos por causa do feriado, o Thanksgiving, nos EUA. Noutros casos, porque já entraram em pausa de Inverno (o chamado 'mid-season' - como é o caso de Grey's Anatomy, por exemplo, que despachou os 3 feriados - Thanksgiving, Natal e Ano Novo - tudo num só episódio).

Bom... Seja como for, três episódios vi eu esta sexta-feira:


HOUSE, M.D. - Episódio 8 da 6ª Temporada - «Ignorance is Bliss»

Depois de vermos Cameron abandonar a série na semana passada num episódio sensacional, eis que esta semana tivemos um episódio mais calmo, mais à House. O que se passou? House decidiu investir na separação de Cuddy e Lucas e o surpreendente no meio disto tudo foi mesmo a reviravolta que Cuddy nos proporcionou ao mentir a House, ao não lhe dar uma nova oportunidade (ela que, durante os 6 anos da série, inúmeras vezes foi manipulada e controlada por ele). Com isto, House percebeu que foi o fim (para agora, diria eu) das suas tentativas de aproximação a Cuddy. Wilson não tem tido muito que fazer ou dizer nesta nova temporada, mantém o mesmo fio condutor na sua história, é o amigo fiel que House necessitou durante a recuperação e continua o amigo fiel que House necessita para debater as suas trafulhices. De qualquer forma, para a semana, antes da pausa de Natal de House, teremos um episódio centrado em Wilson (à semelhança do que já se passou em Grey's com Derek e Arizona... E um episódio só sobre Cuddy também vai surgir mais lá para Fevereiro, já está prometido). A ver o que se passará... Chase teve problemas o episódio todo para lidar com a preocupação dos colegas de trabalho acerca de Cameron e resolveu-os... da forma mais improvável possível (pelo menos para Chase): à porrada. Deixou um olho negro a House e ainda originou uma troca de palavras bastante engraçada quanto ele tentou desculpar-se. De resto, algumas outras cenas de registo, não foi um episódio brilhante, longe disso até, mas é um episódio bastante sólido de House. Nota: B


Melhores citações do episódio:

1. «How you manage to elevate your narcissism to beneficence is masterful.» (Wilson para House)

2. Diálogo entre Taub e Foreman com uma punchline de House no final: «Taub: It could be sickle cell. / Dr. Foreman: Guy's white. / Taub: Whites can get it. / House: Come on. We get tennis elbow and all the money. Let them have sickle cell.»


HOW I MET YOUR MOTHER - Episódio 9 da 5ª Temporada - «Slavsgiving 2: Revenge of the Slap»

Novo episódio de How I Met Your Mother no dia de Acção de Graças como uma espécie de «sequela» para o episódio do ano passado, intitulado obviamente «Slapsgiving». Em comparação com o seu original, este episódio perde. Não tem tanta piada mas é talvez um pouco mais enternecedor. Toda a storyline de quem iria dar a chapada no Barney é hilariante, mas o mais hilariante de todo o episódio é sem dúvida a negligência do pai de Lily, mais preocupado com os seus jogos mirabolantes do que com a filha. E cada jogo! Enfim... Todas as piadas com a palavra «slap» também foram bem engraçadas (talvez um pouco em demasia), durante aquele diálogo entre Robin e Ted para decidir quem iria dar a chapada. «Slapsolutely Ted, you're a slapping rock star. You should be called Eric Slapton.» - é de longe a melhor das linhas do episódio. Outra coisa que me fez rir às gargalhadas? O olhar de morte da Lily (e sim, a tentativa do Marshall em produzir um semelhante). E sim, fiquei feliz por ter sido o Marshall a bater-lhe, como eu tinha previsto já no início do episódio. Nota: B



GLEE - Episódio 11 da 1ª Temporada, «Hairography»


Dos piores episódios de Glee (de qualquer forma, muito melhor que os melhores episódios de outras séries) e, como eu já disse, Quinn não pode ter tanto foco porque aquela storyline da gravidez dela é super irritante (já para não falar na gravidez imaginária de Terri que é completamente surreal - mas ninguém toca nela?). O que compensa - claramente uma das grandes armas de Glee - é que os números musicais conseguem compôr até o mais pálido dos episódios. «Imagine» e «True Colours» foram mágicos. Glee continua com mais 2 episódios, até 9 de Dezembro, altura em que faz uma pausa bem grande, só voltando em Abril. Nota: B-


Para a semana ainda temos House, Glee, voltam Desperate Housewives, 30 Rock, Gossip Girl e Brothers and Sisters. Todas estas séries vão para pausa de Natal na semana seguinte, exceptuando Glee que encerra para balanço até Abril.


De qualquer forma, é uma pena irmos para pausa nestas séries mas fica a certeza que 2010 trará novas novidades e de preferência melhores episódios para todas elas. E, além disso, o início de 2010 traz a última temporada de Lost, o final da série de culto Heroes e o retorno de Damages e Breaking Bad.

Perfeito Queração

Eu este fim-de-semana sinto-me revolucionário e portanto já arranjei nova coisa para me queixar.


E voltando à Música Perdida, aqui vos deixo com a música mais aborrecida do momento (de tanta vez que é passada), claramente uma excelente música cantada originalmente pela grande Amália Rodrigues.


Aqui fica a versão dela (via YouTube):



Aqui fica a versão cantada por Sónia Tavares, no lançamento do projecto Amália Hoje (também via YouTube) - projecto esse que há que louvar, pois gente como a Amália nunca deve ser esquecida:





E finalmente, aqui fica o fraco aproveitamento que a SIC fez da música para genérico da sua novela Perfeito Coração, na qual esta música é usada exaustivamente. Os actores e os intérpretes da música mereciam melhor. A novela já de si é uma miséria, com um genérico destes... Será que pediram à Lucy para fazer os gráficos do genérico? Só corações e arco-íris...




A pensar, digo eu.

Fica aqui a letra da música.



GAIVOTA - AMÁLIA RODRIGUES (Cover: Sónia Tavares)


Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar...

Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse...

Que perfeito coração
Morreria no meu peito,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.

Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.


Se formos a analisar pela novela da SIC e até pela canção do Projecto Amália Hoje, diria-se que esta é uma música extremamente romântica. No entanto, o original de Amália não pretende sê-lo. É fado e é uma extraordinária canção de desamor, canção de desgosto.

Para rir no fim-de-semana

Lembrei-me de ir buscar isto, que já tenho guardado para postar há imenso tempo, e postar finalmente.

Pois que tinha tido ideia há já algum tempo de fazer um post inteiramente dedicado a Dona Dolores Aveiro, orgulhosa progenitora do nosso Cristiano Ronaldo.

Um post com imagens das suas aparições públicas e com uma ou duas declarações da senhora. Pois bem, aqui está.


Primeiro, as fotos. Já viram que lindas figuras esta mulher faz quando sai à rua?








M-E-D-O-N-H-O. Esta última foto com ela nas roupas larguíssimas com CR7 desenhado, com aquele boné piroso e aqueles calções a deixar ver as coxonas que a mulher tem... Deplorável. Realmente a mãe do Cristiano Ronaldo diz que é muito à frente. Nunca concordei tanto com ela como quando vi esta foto. Sim, Dona Dolores, é muito à frente na falta de noção, no ridículo, na bimbalhice e tal. Em tudo isto, a senhora está muito à frente de toda a gente que eu conheço, e arredores. Será que não tem espelhos em casa? Denuncia a todos o fim do mundo de onde saiu. Uma pessoa no estrangeiro não tem mais nada que rir destas personagens. Você é um desafio que nem a Paula Bobone aceitava, porque é demais. Ela não conseguia aguentar, tanta falta de bom gosto. A única desculpa que eu lhe arranjo é se tiver um maluco no armário que escolha a roupa por si (será a sua filha prodígio, a Kátia «Ronalda» que não quer ser conhecida por irmã do Cristiano mas usa o nome dele?) Valha-me Deus a vergonha que senti quando vi estas imagens e pensei naquilo que as pessoas que vêem isto pensam do nosso Portugalzinho.


Mas vá lá, há dias em que a toilette assenta e ela até está apresentável.




Segundo, as declarações e as atitudes.



Em distante primeiro lugar está uma que ela deu ao apresentador da France Football quando o Cristiano ganhou o Ballon d'Or. «Eu sempre soube que o Cristiano ia ser um grande jogador de futebol e por isso nunca o chateei para fazer os deveres de casa, sempre o incentivei a ir jogar à bola com os amigos.» Portanto, que bela educadora!


Vá, em segundo lugar, está a declaração dela em que ela diz que a Paris Hilton não presta para o filho. E como é que ela sabe? Pois, aparentemente viu o vídeo pornô dela que circulou na net. Sem comentários na delicadeza da afirmação perante a imprensa portuguesa(já nem digo a mundial). Aqui fica a peça no Inimigo Público a gozar com a situação:

«A mãe de Cristiano Ronaldo viu há dias o filme porno caseiro de Paris Hilton na Internet. D. Dolores gostou da abordagem visual precária, a lembrar os trabalhos de Cassavetes e do professor de surf Mário, mas continua a preferir Julia Roberts e Meryl Streep. “Aquilo não me chocou porque estou habituada a ver os programas para crianças da Luciana Abreu, já tive de passar férias com a Nereida e vivo na mesma terra do Alberto João e do Jaime Ramos. Isso sim, é pornografia”, acrescentou D. Dolores.»

E em último lugar, toda a gente sabe a admiração total que Dolores tem por Lucy, a única 'amiga' do Cristiano que ela aceitou. Lembram-se até de uma vez que elas foram comprar roupas juntas? Lol. Pois isto foi retirado do belo blog do Sr. João Cacelas, em que ele simula uma entrevista a Lucy, e é o que a «Dona Dolores» diria sobre ela:

"Luce, minha fuilha. Como é que foste fezer uma coise destas aqui à Delores? Então e agora quem é que eu vou impingir ó mê Cristiane? Ainda posse ir contige comprar fates de treine cor de rosa à mesma nã posse? Ê goste tante de fates de treine cor de rosa Luce...e goste tante de ti e gostava tante que te casasses co mê Cristiane, Luce...qualquer dia ele aparece-me caquela vadia que tem nome de cidade, a Paris Hilta, em casa e depois é que ê morre de desgoste..."



Vá, enfim, a mulher não é má... Precisa é de se conter, porque o povo só gosta dela em doses pequenas e em intervalos de tempo muito espaçados. Espera, lembrei-me de mais uma: estão recordados do ano passado, em que ela ganhou um prémio para Mulher Empresária de Sucesso da Madeira e no discurso ela afirmou que ia à Oprah com o Cristiano entregar o outro prémio, que era para Melhor Empresária de Sucesso no Mundo? Ya. A mulher realmente não tem emenda.




Gripe A



Estou de volta.

Portanto, há que vos introduzir no tema de hoje: a gripe.

A gripe, como todos sabem (ou deveriam saber), é causada pelo vírus do tipo Influenza, da família dos Orthomyxoviridae, que afecta tanto pássaros como mamíferos, principalmente porcos, vacas, cavalos e humanos.

Os principais sintomas da doença são também muito conhecidos, como a febre, os espirros, a tosse (seca ou com expectoração), os arrepios, a fraqueza geral do corpo (com frequentes dores musculares), por vezes a garganta irritada e dores de cabeça. O estado gripal não preocupa pela doença em si mesmo, mas em termos da sua progressão, porque rapidamente em indivíduos mais frágeis ou imunodeprimidos avança para pneumonia que pode ser fatal, principalmente nos idosos ou nas crianças muito jovens.

Os meios de transmissão da doença já foram também sobejamente descritos em tudo quanto é panfleto, jornal, noticiário e até em publicidades, mas de qualquer forma dizer que é comum transmitir-se o vírus pelo ar, através de tosse ou espirros e mais raramente por contacto directo com secreções nasais ou gotículas de saliva. Como também devem saber, o vírus é facilmente inactivo em superfícies por desinfectantes e detergentes, daí que a lavagem frequente das mãos com sabão é suficiente para o neutralizar e baixar o risco de infecção.

Toda a gente sabe que o vírus Influenza se vai espalhando pelo mundo em epidemias sazonais e é, todos os anos, uma das principais causas de morte no mundo (em anos pandémicos, mata milhões de pessoas) – como dissemos, não pela doença em si, mas pelas complicações que causa. Então mas vocês perguntam: não há uma vacina que se toma todos os anos e que protege contra a gripe? Pois, mas essa vacina é da gripe sazonal, isto é, contém as estirpes que surgem mais regularmente todos os anos, não protegendo contra as estirpes que vão surgindo de tempos a tempos e muito menos não protegendo contra as novas estirpes que vão surgindo todos os anos. O problema principal do vírus é esse: apesar de ser um vírus potencialmente fraco, as suas duas proteínas principais do invólucro nuclear, a hemoglutinina e a neuroaminidase, mutam facilmente, causando o aparecimento de novas estirpes (novas espécies) de Influenza, além de que o vírus vai passando entre animais, mudando de cada vez que infecta um novo ser, tornando-se cada vez mais resistente, o que por sua vez torna muito difícil a tarefa de descobrir uma forma eficaz de erradicar de uma vez por todas este vírus.

Ao longo dos anos, o Influenza tem mudado de forma muitas vezes, tendo algumas dessas estirpes conseguido ser resistentes à maioria dos antivirais e desinfectantes disponíveis no mercado. Durante estas épocas, não só o índice de morbilidade dispara, como também a mortalidade é brutal. E é por isso que se dá o nome de pandemia. Uma pandemia do vírus Influenza é uma epidemia viral que se espalha à escala mundial, afectando uma grande porção da população humana e que já não consegue ser contida. Corresponde ao estádio 6 da escala da OMS. A pandemia mais grave na história foi a da Gripe Espanhola (era também do subtipo H1N1, veremos já o que é isso), que durou entre 1918 e 1920 e matou entre 20 a 100 milhões de pessoas em todo o mundo. É reconhecido como o maior holocausto médico na história da humanidade, sendo que mais de 50% dos mortos eram adultos jovens. Ficou conhecida como a Morte Negra. Para se ver a dimensão da capacidade letal deste vírus, matou 25 milhões em 25 semanas, o que é muito se compararmos com o vírus do HIV/SIDA, que chegou aos 25 milhões de mortos nos seus 25 primeiros anos de ocorrência. Claro que há outros relatos mais antigos na história mundial que batem certo com pandemias gripais, como uma descrita por Hipócrates há 2400 a.C. e outra que Colombo menciona nas Antilhas em 1493. O primeiro surto pandémico reconhecido foi um em 1580, que começou na Rússia e se espalhou até África. Só em Roma morreram mais de 8000 pessoas e muitas cidades espanholas foram dizimadas. Ao longo dos séculos XVII e XVIII continuaram a ocorrem pandemias, sendo a mais grave e mais prolongada a de 1830-1833, em que ¼ da população ficou engripada. De qualquer modo, as pandemias mais recentes na história são a da Gripe Asiática (H2N2), de 1957, que matou cerca de 1,5 milhões de pessoas e a Gripe de Hong Kong de 1968 (H3N2), que matou cerca de 1 milhão. Muito provavelmente, estes números teriam sido muito mais elevados, não tivesse o mundo aprendido com o que se sucedeu com a Gripe Espanhola (já existia nesta altura um conjunto de antibióticos que ajudava a reduzir o risco de infecções secundárias).

Uma pandemia de Influenza ocorre quando uma nova estirpe viral é transmitida aos humanos por outra espécie animal. As espécies mais importantes no aparecimento de novas estirpes são, como já disse, os porcos, as galinhas e os patos. A grande maioria dos vírus Influenza que por aí circulam não nos afecta; só 1% das estirpes causa doença nos humanos. O problema é que estas novas estirpes não são afectadas pelas defesas imunitárias existentes no nosso organismo para outras estirpes mais comuns do vírus, propagando-se assim rapidamente e fora do controlo, afectando um largo número de pessoas até que se comece a fazer alguma coisa. A pandemia mais recente na história é a de agora, a de 2009, a pandemia do vírus da Gripe A (subtipo H1N1), declarada pela OMS a 11 de Junho, altura em que «a Gripe A já atacou mais de 206 países em todo o mundo, com mais de 503000 casos reportados e confirmados em laboratório e com mais de 6000 mortes», o que significa que este vírus já não pode ser contido e tem conseguido transmitir-se entre humanos de forma fácil. O relatório de hoje da OMS dita que a pandemia de 2009 do vírus H1N1 (Gripe A) está actualmente nas 7820 mortes.


Então e agora o que quer dizer Gripe A, Gripe B ou Gripe C? Isso tem a ver com o tipo de vírus Influenza, que tem três tipos principais: A, B ou C. O Influenza A é o mais virulento destas três espécies e é o que causa as doenças gripais mais severas. Tem vários serótipos, sendo os principais: o H1N1 (que causou a Gripe Espanhola e a novel Gripe A), o H2N2 (Gripe Asiática), o H3N2 (Gripe de Hong Kong), o H5N1 (Não sei se ainda se lembram, mas é o serótipo da Gripe das Aves, ainda em vigência!), o H7N7 e o H1N2. Infecta principalmente aves e humanos. O Influenza B afecta quase exclusivamente humanos, sendo ainda comum nos pinípides (focas, leões-marinhos, entre outros). Só tem um serótipo, o que o torna fácil de neutralizar. Normalmente adquirimos imunidade para este vírus B em idade muito precoce e não é habitual surgirem novas espécies porque o tipo B muta muito lentamente. O Influenza C é muito incomum, afecta porcos, humanos e cães mas normalmente só causa doença ligeira em crianças muito jovens.





Falemos agora dos subtipos ou serótipos. Porque é que se chama ao vírus da Gripe A o vírus H1N1? Então passo a explicar. Já disse acima que as 2 principais glicoproteínas da cápsula do vírus eram a Hemoglutinina e a Neuroaminidase. Delas vem o H e o N do subtipo. Agora o número está relacionado com os seres vivos que a estirpe infecta. Lembram-se de que a Gripe A se chamava anteriormente Gripe Suína? Pois é, o subtipo H1N1 significa que este vírus afecta porcos, aves e humanos. Já se tivermos o subtipo H2N1, quer dizer que a hemoglutinina é sensível ao teste apenas em humanos e aves, enquanto a neuroaminidase é sensível em porcos, aves e humanos. Com o subtipo H5N1 passa-se o mesmo. H3 quer dizer que o vírus também afecta cavalos. Pelo quadro acima pode-se ver as múltiplas combinações: só dizer que só as estirpes com H1, H2, H3 ou H5 e N1 ou N2 é que são patogénicas em humanos. As infecções por H7N7, por exemplo, são muito incomuns e são resultado, muito provavelmente, da ingestão de galinhas contaminadas. Só para dizer ainda que é a hemoglutinina que determina quais as espécies uma estirpe pode infectar e onde no trato respiratório o vírus vai-se alojar. Por exemplo, H1 sugere que o vírus se aloje nas vias aéreas superiores, como o nariz e a garganta. Já H5 indica que os receptores estarão em profundidade, nos pulmões, o que torna a estirpe H5N1 muito letal causando pneumonias atípicas mas sendo difícil de transmitir.

Tratamento é feito com recurso a drogas como o tão conhecido oseltamivir (Tamiflu) e o zanamivir, inibidores da neuroaminidase e amantadine e rimantadine, inibidores da M2. Recomenda-se descanso, tomar bastantes líquidos e talvez paracetamol para baixar a febre e aliviar o mau-estar. Prognóstico: 1 semana de recuperação, desde que não haja complicações.

Outra coisa que toda a gente sabe: a gripe afecta principalmente crianças muito novas e idosos, mas pode afectar qualquer pessoa. Todos os anos, de acordo com a OMS, dezenas de milhares de pessoas apanham a gripe. Em termos epidemiológicos, já se sabe que a gripe tem preferência para aparecer em épocas de frio (Inverno e Outono), sendo por isso chamada de doença sazonal. Mas enganem-se se pensam que é principalmente por causa do frio que ele aparece: não, o vírus até gosta do quentinho. O problema é que nós também. Como nos recolhemos do frio em casa, o contacto directo entre pessoas é mais frequente, propagando a doença. Claro que o frio tem um papel importante mas não na propagação da doença: o frio seca as mucosas, baixando a defesa do nosso trato respiratório ao vírus.



Falando agora daquilo que era perguntado na sondagem: «Quais as consequências da gripe A?» A mais óbvia já falei, das consequências demográficas. Apesar de toda a visibilidade que tem tido nos mídia portugueses (os ‘profetas da desgraça’), a gripe A causou, para já menos de 7500 mortes, o que dá um total de 0,007 milhões. Muito pouco, se comparada com outras pandemias mais graves. Além de que mais de 85% dessas pessoas tinham saúde debilitada por outras condições. Portanto, não é com as consequências demográficas que nos devemos de preocupar mais. Consequências económico-sociais? Obviamente que sim. O vírus Influenza (no geral, não só a gripe A) produz custos directos devido à perda de produtividade e associado tratamento médico, juntando-se custos indirectos devido às medidas de prevenção. Portanto, pessoal doente falta ao trabalho ou se for ao trabalho não rende o suficiente, além de que pessoal médico mobilizado para o tratamento da gripe, com os devidos instrumentos e medicação, custa dinheiro. Além de que pessoal com gripe é pessoal infeliz, deprimido, maldisposto e descontente. Outra ideia a ficar no ar… Se houvesse uma pandemia tão grave como a da Gripe Espanhola, quais os sectores que ficariam em maiores lençóis? As minhas apostas? Hospitais, bancos e as indústrias primárias. A economia ficaria em sobressalto com tanta gente doente – e morta – e o pessoal médico também, por ter de atender a todos os casos e não haver condições suficientes para os fazer. Já as indústrias primárias seriam as mais afectadas a meu ver porque são as que empregam os cidadãos com piores condições de vida, logo os que se preocupam menos com a higiene e o bem-estar e portanto os que mais facilmente ficam doentes. Embora os primeiros estudos já estejam a ser feitos, ainda é cedo para avaliar a influência económica do vírus da Gripe A.




Portanto, nada que se preocupar de mais com a Gripe A. É um vírus comum, com um tratamento eficaz (apesar de já existirem casos que resistem ao Tamiflu) e que, desde que diagnosticado precocemente e os doentes não terem sistemas imunocomprometidos, passa facilmente.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Workshop Prospecção Geofísica e Arqueologia - o balanço..

Ora, eu disse que cá viria tecer alguns comentários sobre o Workshop.. portanto, lá vamos nós :)

Bem, um workshop de dois dias, e que implicou uma tarde de "campo".. Uma sexta mais geo científica, que se misturou com uma tarde de prospecção, na quinta do Covo..
Um sábado mais arqueológico, oliveirense e futurista ;)

Foi um workshop multi disciplinar.. e, como foi referido, "o arqueólogo não tem que saber tudo, tem que colaborar com todos"..
Obtivemos precisas informações dos processos que a metodologia usada no Covo utilizou..
Foram também referidos alguns métodos de prospecção geofísica não utilizados e algumas limitações à respectiva utilização.. (humidade, presença de metais..
Foi também abordada a questão da prospecção geoquímica utilizada..

Claro que, algumas destas apresentações, pareciam, aos olhinhos de um pseudo futuro arqueólogo, demasiado científicas :)
De qualquer forma, importantes, no sentido em que o tipo de conhecimentos expressos não se ouvem numa qualquer faculdade de letras..
A importância destes métodos não é expressa nas aulinhas belas e amarelas.. E, certamente, passa ao lado de muita gente a utilidade que esta aplicação da geofísica tem para a arqueologia.

Quanto à visualização dos métodos.. uma experiência quase única.. oportunidades destas não devem saltitar muito por aí.. Assistimos portanto a todo o processo de recolha, tratamento e análise dos dados..

Já no sábado, e na óptica de manter viva a memória vidreira no concelho, foram apresentados os motivos que levaram à investigação da fábrica de vidros do Covo.. A importância da mesma, a sua longa permanência.. a importância de desenvolver estudos numa área pouco conhecida..
Os resultados das investigações.. que revelaram a presença de, provavelmente, três fornos.. a local de moagem de quartzo (única estrutura arqueológica visível..)
A questão curiosa da chaminé.. se calhar eram duas e não uma.. a minha fonte diz que, à 60 anos, ainda havia vestígios duma perto da pocilga..

Bem, deixando o Covo, seguiu-se a mesa redonda onde se discutiram outros casos da aplicação da geofísica à arqueologia..
O caso de Perdigões, em que a geofísica permitiu identificar muitos mais fossos do que os já conhecidos.. e permitiu o planeamento de intervenções seguintes..
Também houve relatos de prospecções falhadas..
A geofísica foi considerada uma técnica de diagnóstico.. Se, na medicina, ninguém abre um doente sem saber exactamente o que é que ele tem.. em arqueologia já não é bem assim..
Também foi referido que a geofísica, embora sendo "cara", permitia a minimização de custos.. E, quando há empresas de arqueologia que não a podem fazer, contratam outras de geofísica que o façam..
Discutidos foram também os cadernos de encargos, como fazer, quem.. e, de que forma, se podiam evitar os erros do Caderno de Encargos da Cava de Viriato..
Também se constatou a dificuldade de aplicar estes métodos na arqueologia urbana..
Houve quem apelasse à necessidade de tornar a geofísica apelativa.. e à formação de arqueólogos em geofísica, que pudessem acompanhar todos os processos dum trabalho..

No debate que se seguiu, foi referido que a geofísica trazia contexto à arqueologia, embora não datando..
Voltou-se a discutir a questão dos cadernos de encargos e a possibilidade de adjudicar a sua elaboração a empresas.. por outro lado, foram referidas as dificuldades autárquicas em adjudicar primeiro a elaboração dum caderno de encargos e depois, colocar esse caderno de encargos a concurso..

E, à semelhança do que se disse o ano passado em relação aos trabalhos arqueológicos e ao pastel de natal.. Quem vai ao médico quer saber o que é que tem.. Mas quem faz uma obra não quer encontrar nada..

"A geofísica trás mais problemas do que soluções"

Bem, viajando agora pela memória do vidro.. começamos com uma viagem pela História do Vidro em Portugal, com referência às principais publicações, fábricas, evoluções, introduções..
Passamos para uma perspectiva mais.. geológica.. abordando as matérias primas minerais presentes no vidro, nos fornos.. as tipologias do vidro.. (coisinhas que condicionam bastante a localização duma fábrica..)

Depois, uma intervenção muito poética e que fez sorrir muitos dos oliveirenses que assistiam às apresentações.. O património industrial vidreiro.. Classificando as investigações no Covo como uma etapa decisiva para o conhecimento da história do vidro.. Oliveira de Azeméis, um diamante em bruto, com um património espantoso..
Continuamos a jogar com as emoções, e seguiu-se a intervenção do Sr. Morgado sobre o dia-a-dia de um vidreiro.. Não faltaram as histórias e aventuras.. (Aqui, em trabalhos no Berço Vidreiro)


E continuamos na nostalgia dos bens perdidos.. A visualização de uma vídeo sobre o Centro Vidreiro do Norte de Portugal, as peças, os processos produtivos.. A produção de tudo e mais alguma coisa necessário ao funcionamento da fábrica.. [um vídeo que devia estar acessível a toda a gente..]

E, finalmente, para concluir, viajamos pelo que será o futuro do vidro.. as suas novas aplicações.. a sua resposta aos novos desafios..

Sem dúvida, extremamente produtivo :)
*

sábado, 21 de novembro de 2009

Troco tudo por um beijo?

Permitam-me uma bela intrusão num dos temas do Jorge: Cinema..
Bem, na minha demanda pelo mundo dos blogs, cruzei-me agora mesmo com uma das novas músicas de Jorge Palma, no trailler dum filme português, a estrear no próximo ano..
Na realidade não me interessa o filme, a não ser pela sua banda sonora.. Portanto cá fica o trailler.. e aguardo mais notícias das produções musicais do palma..
De qualquer forma, A Bela e o Paparazzo..



Troco tudo por um beijo (é a última coisa perceptível') ;)

"Eu não sei bem quem tu és
Sei que gosto dos teus pés
Do teu olhar atrevido
Tu baralhas-me a razão
Invades-me o coração
Eu não me vou..."

Esta semana na TV...

Aviso desde já: São MUITOS spoilers! Cá vai o que se passou nas séries que vejo esta semana:



30 ROCK, Episódio 6 da 4ª Temporada - «Sun Tea»

Nada de particularmente especial aconteceu em 30 Rock esta quinta-feira. Liz Lemon aprendeu a expulsar um vizinho do prédio com o mais estranho dos professores, Frank. Tracy levou Jack a envolver-se em mais uma das parvoíces dele, desta vez uma vasectomia, até que ambos decidiram que o melhor da vida eram os filhos (se bem que para Tracy teve que ser com uma alucinação em que ele era o Bill Crosby). MVP do episódio: Dr. Leo Spaceman (aliás, sempre que ele aparece, a cena promete...) Vá, houve alguns one-liners aqui e ali, tipo o de Jenna, «Drama is gay man Gatorade» ou o de Kenneth, «Global warming? Sorry, sir, that's just scientist talk. The same people who say my grandfather was a monkey. If that's true, why was he killed by a monkey?» mas nada de mais. Certamente que este episódio deixou muito a desejar. Só que... um episódio mau de 30 Rock consegue ainda assim ser muito melhor que muitos episódios de séries que andam por aí. Nota: B-



BROTHERS AND SISTERS, Episódio 8 da 4ª Temporada - «The Wine Festival»

Ao oitavo episódio, uma decepção: um episódio totalmente sem discussões. E foi um dos piores episódios desta série (que tem tido muitos maus episódios nos últimos tempos) esta temporada. Núcleo da história: o festival de vinho em que a Ojai/Walker Landing participa com a sua marca de vinho barato e que consegue ganhar o 1º prémio. Claro está que tudo o que é bom acaba depressa, ou não fosse a paupérrima storyline do Ryan ter de fazer com que alguém sabotasse a adega e vertesse o vinho todo. Isto parece novela mexicana mesmo! Histórias secundárias: Gilles Marini e a sua personagem Luc foram de vela este episódio, tudo por culpa da insistência de Sarah em que ele arranjasse um emprego a fazer design de rótulos e marcas. Que problema tão significativo, diga-se de passagem... Rebecca decide não contar a Justin que está grávida e começa a pensar em abortar... Pôxa, a meses de casar e ela não consegue contar ao noivo que está grávida? Bem, como será o casamento, não é? Kitty envergonhada por causa da peruca, também nada de mais, Kevin e Scotty decidem qual a sua barriga de aluguer fazendo uma escolha criteriosa e cheia de pré-requisitos para no final mandarem tudo à fava e atirarem um dardo à sorte. E finalmente Norah. Sally Field tem finalmente uma storyline esta temporada e é uma tão estúpida quanto patética. Arranjaram-lhe um namorado muito mais novo. Uau. Uma actriz, vencedora de dois Óscares e com múltiplas nomeações para Emmy (1 ganho) e Globos de Ouro (1 ganho), a contentar-se com uma história destes. Isto só visto... Só mesmo em Brothers and Sisters. Nota: C





DESPERATE HOUSEWIVES, Episódio 8 da 6ª Temporada - «The Coffee Cup»

Episódio muito bom de Desperate Housewives, com especial atenção para Drea Di Matteo (que me tem impressionado imenso com a sua versatilidade) e para Eva Longoria Parker (que tem sido uma óptima comediante nos últimos episódios e hoje mostrou - de novo, com mestria - a sua variante dramática). Resumindo o episódio, Gabrielle descobre que Lynette está grávida, o que vai levar ao seu despedimento por parte de Carlos; Bree é salva de ser apanhada por Orson com Carl pela pessoa mais surpreendente, Angie, que tem tido problemas com o marido, que acaba por estrangular mais uma mulher; Susan, que terminou o último episódio na prisão, é condenada a serviço comunitário. Para sua sorte, Katherine visita-a e deita lixo para o chão, sendo obrigada ao mesmo castigo - aí, a rivalidade vem ao de cima, com Susan a testar novos limites na sua relação com Mike (e sim, os limites são de teor sexual! :D) Nota: B+




GLEE, Episódio 10 da 1ª Temporada - «Ballad»

Já esgotei todos os adjectivos para caracterizar Glee, mas vou dizer mais uma vez: é uma série genial. Este episódio, em particular, é brilhante de todas as formas. Desde toda a storyline do Sr. Shue com a Rachel, a interacção entre Kurt e Finn, o mash-up que o Sr. Shue cantou a Rachel (e a conclusão que ela tirou, com ajuda de Emma, foi priceless!) a forma como demonstraram que todos abordam a música de forma diferente e aquela música final: os arrepios, o espírito de grupo, os abraços... Meu Deus, que emoção. E hoje nem foi preciso Sue aparecer para tornar o episódio ainda melhor. Seja como for, esta série vai ficar na história. Que bela hora de televisão. Nota: A+




GOSSIP GIRL, Episódio 10 da 3ª Temporada - «The Last Days of Disco Stick»

Melhoria significativa em relação aos últimos episódios, este The Last Days of Disco Stick foi um episódio sério, em conformidade com o estatuto 'teen' que tem mas com a dose certa de drama e comédia. A storyline de Dan-Vanessa-Olivia foi finalmente bem aproveitada (demorou!), Olivia já era (ainda bem!), Serena e Tripp ainda não passaram à história (ponto a menos no episódio a meu ver, nada a ver um com o outro e ainda por cima storyline aborrecida... o que vale é que já houve indício que ela e Nate é só uma questão de tempo...), Jenny numa storyline que não envolve Eric (ponto a favor!) e Constance (mais um ponto a favor!) e o seu «reinado» (ainda mais a favor!) e finalmente (a MVP da série, na minha opinião) Blair numa história não-maligna, para variar. E ainda houve tempo para Lady Gaga surgir no fim. Nada mau, hein? Nota: B





GREY'S ANATOMY, Episódio 10 da 6ª Temporada - «Holidaze»

O pior Grey's Anatomy da temporada. De longe. E ainda por cima num episódio que prometia tanto. O problema é que a bagagem familiar que apareceu foi demais. E pelo que li no blogue dos autores, há lá muitas cenas que foram incluídas pela argumentista responsável, Krista Vernoff, porque estão directamente influenciadas com a vida dela. Como a discussão de Bailey com o pai. Que na série fica totalmente despropositada (apesar de Chandra Wilson dar uma coça à cena). Vamos ver também onde é que a storyline de Mark com a filha dele vai dar, ainda por cima ela grávida. E digo o mesmo do chefe e do alcoolismo e os fantasmas do passado e tal. Pontos fortes do episódio: claramente três, 1. Cenas entre Teddy, Cristina e Owen (são brilhantes), 2. Derek e Arizona são claramente as pessoas mais bestiais à face da Terra e juntam-se a Mark para dar dinheiro para se produzirem instrumentos para salvar um rapazinho e 3. Sara Ramirez a cantar. Que performer ela deve ser (Tony winner, by the way...)! All in all, um bom episódio de Grey's mas há que voltar ao nível já demonstrado nos episódios 6,7 e 8. É que Grey's assim sempre era o máximo. Nota: B





HOUSE M.D. , Episódio 7 da 6ª Temporada - «Teamwork»

Primeira coisa a dizer: Hugh Laurie tem que levar o Emmy para casa esta temporada. Mesmo. Segunda coisa: A storyline do Chase com o Dibala? Ridículo. E isto arrastar-se por mais que 2 ou 3 episódios? Ainda pior. E a Cameron ainda dar apoio e sugerir ir embora? Que estupidez. Mas a storyline de hoje, da estrela pornô... Muito boa. Melhor momento do episódio? O decorrer do diagnóstico com House a perseguir os antigos colaboradores e a introduzi-los no processo, com toda a lógica distorcida que vai - como habitualmente - pela cabeça de House, como se ainda pertencessem ao staff dele. Excelente. De resto, foi um episódio a ritmo acelerado: Cameron perdoa Chase e decidem mudar de emprego, House assume o comando do departamento e rapidamente parte à caça de Thirteen e de Taub, que contrata, e assim também de repente vai Cameron embora. Esta última cena é o clímax do episódio, no qual nos despedimos (será para sempre?) de Allison Cameron após 6 anos, com estas palavras, perfeitamente entregues por Jennifer Morrison, que deixa o hospital, deixa House, deixa Chase e o seu casamento e deixa tudo para trás: «I loved you and I loved Chase - and I feel sorry for you both. Because there's no way back for either of you». Nota: B+





HOW I MET YOUR MOTHER, Episódio 8 da 5ª Temporada - «The Playbook»

Mais um episódio lendário de How I Met Your Mother. Neste, Barney (sempre ele!) é a estrela e introduz-nos mais um livro sagrado: The Playbook. O livro que contém todas as rasteiras para levar as gajas para a cama. E com isto, ele planeia a derradeira jogada: O Mergulhador. Palavras para quê, o melhor mesmo é ver o desenrolar da história. Excelente episódio, já é costume de resto, com Patrick Harris e Allyson Hannigan («You son of a bitch», hilariante!) a grande nível. Nota: B+

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

E Sábado é dia de Taça!





E vai daí que hoje é dia de Taça de Portugal a sério no Estádio Carlos Osório, em Oliveira de Azeméis. Pois é, a Oliveirense recebe o tetracampeão nacional (e segundo ele, único representante digno de Portugal na Europa, no Mundo e na Selecção - até parece que o Meireles e o Bruno Alves jogam sozinhos...) Porto e as coisas não podiam estar mais quentes.

Passou-se a semana a falar do estado lastimável do relvado (que é verdade), da clara falta de segurança do recinto (que é óbvia) e dos problemas de monitorização da área (que também me parece bastante legítimo apontar) mas apesar de tudo ninguém se lembra que é o que temos, e o que temos é aparentemente bom para a Liga Vitalis, para a LPFP e para a FPF. E além do mais, há aí equipas nesta Taça que já jogaram em sítios piores. Agora o Porto é mais que os outros para não jogar aqui?

Esperemos no que vai dar esta história. Uma coisa é certa, a Oliveirense nunca teve tanta publicidade como nestes dias. Jesualdo Ferreira lançou a partida hoje em típica jogada de bastidores, a pedir protecção para a condição física dos seus jogadores (que têm mais competições para participar), a incitar os portistas a não se deslocar ao estádio em protesto e a comparar o jogo de Portugal na Bósnia com este. Enfim. Está com medo de perder? Ou com medo dos Super Dragões os atacarem se não jogarem nada (como, aliás, têm vindo a fazer desde Setembro?)

Nem digo mais nada. Peço a Deus que não chova, que não haja problemas no estádio, que ninguém se magoe, que seja um bom jogo de futebol e que... a Oliveirense possa ganhar, porque não? Podemos sonhar...






Só para deixar aqui uns apartes cinematográficos...

. Saiu o trailer de «Invictus» e um novo trailer de «Nine» que aqui postarei em devido tempo.

. Vi 500 Days of Summer e gostei. Muitíssimo. Dos melhores do ano.
. Também vi 2012. Que miséria. E vai ganhar rios de dinheiro, o que por consequência dará livre arbítrio ao sr. Roland Emmerich de voltar a destruir o cinema.
. Incito-vos a todos a ver MOON para verem o desempenho fenomenal de Sam Rockwell. Merecia mais atenção. Diacho, até merecia ser nomeado para alguns prémios.
. Precious a coleccionar mais um prémio, desta feita do PGA, a juntar aos de Sundance e Toronto. É o claro cabecilha na corrida aos Óscares.
. Carey Mulligan a perder vapor na luta pela estatueta de Melhor Actriz, com agradavelmente Meryl Streep a subir em favoritismo. Gabby Sidibe tem sido quem mais tem ajudado Streep, ao roubar o buzz de Mulligan.
. Já saiu a lista dos 15 documentários finalistas na corrida ao Óscar de Melhor Documentário e as maiores surpresas são a exclusão de Anvil! A Story of Anvil e Capitalism: A Love Story (este de Michael Moore). Esperemos que o nosso João Salaviza possa ter chance de lutar pelo Óscar de Melhor Curta-Metragem. Mais detalhes sobre o assunto quando sair mais informação.
. Agora um assunto que não esquecerei tão rápido: os recipientes dos Óscares honorários este ano são Lauren Bacall, Gordon Willis e Roger Corman e não houve cerimónia transmitida na televisão. É uma vergonha. Era um orgulho eles surgiram na noite dos Óscares, era uma forma de juntar a velha guarda à modernidade, fazer Hollywood salvar com palmas a sua história. Assim... é uma tristeza.
. Saiu o trailer de «Crazy Heart» e tenho de dizer: bem-vindo Jeff Bridges à luta pelo Melhor Actor.
. N.B. para mim: tenho de reservar o filme 4 Months, 3 Weeks and 2 Days para ver. É um dos poucos de 2007 que não vi e preciso de ver pois dizem ser o filme do ano.

Oliveira de Azeméis e Arqueologia

Ora, como aqui referi, há já algum tempo, Oliveira de Azeméis está a ser palco do Workshop sobre prospecção geofísica e arqueologia.. Cá fica uma das primeiras notícias que nos dá conta da ocorrência.. :)
Voltarei a manifestar-me sobre isto no final do workshop.. ;)
[e aguardamos a 2ª postagem das séries do Jorge; o resumo da semana e, brevemente, o comentário à sondagem.. Será ele capaz?!]

Concelho possui 140 locais com potencial arqueológico

O município de Oliveira de Azeméis tem actualmente identificados cerca de 140 locais com potencial arqueológico, revelou hoje a vereadora da cultura, Gracinda Leal.

De um número inicial de 21 locais reconhecidos, o município passou, com o arranque do projecto da Carta Arqueológica em 2008, para quase uma centena e meia de sítios com interesse.

«Os trabalhos de preparação do projecto da carta arqueológica já nos permitiu multiplicar por sete o número de locais com potencial arqueológico», afirmou Gracinda Leal na abertura do workshop «Prospecção Geofísica e Arqueologia – A fábrica de vidro do Covo» que reúne, durante dois dias, meia centena de profissionais e alunos ligados à arqueologia.

Em cima da mesa está a análise das técnicas de prospecção do subsolo aplicáveis à arqueologia e a importância da indústria vidreira, incluindo o caso específico da investigação efectuada na Quinta do Covo.

Os resultados da prospecção nesta antiga unidade vidreira são apresentados este sábado e visaram identificar estruturas associáveis ao fabrico do vidro naquele local, numa parceria que envolveu o Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

O concelho de Oliveira de Azeméis está ligado à história vidreira nacional pela razão dali terem nascido as primeiras fábricas de vidro do país. O Centro Vidreiro do Norte de Portugal foi a última unidade a laborar desde que, em meados do século XV, começou a laborar, em Oliveira de Azeméis, a primeira indústria de vidro do país – a Fábrica do Covo.

«A necessidade de avaliar o potencial arqueológico de um espaço que foi ocupado pela conhecida fábrica de vidro que mais tempo esteve em laboração no território nacional mostrou-se prioritária no quadro da manutenção da memória vidreira no nosso concelho», afirmou a vereadora.

«A integração, em 2008, de um técnico do sector do Museu e Arqueologia marcou o arranque da actividade nesta área e foi decisiva para iniciarmos um percurso de criação de condições necessárias ao desenvolvimento de projectos de investigação arqueológica», disse Gracinda Leal.

«A actividade do sector em 2008 permitiu a celebração de protocolos de colaboração com entidades capazes de nos garantirem o acesso a conhecimentos e a técnicas que, de outra forma, não estariam acessíveis ao município», explicou.

O workshop – uma parceria entre a autarquia de Oliveira de Azeméis, a Associação Profissional de Arqueólogos e as universidades de Aveiro e Porto - termina amanhã com a abordagem ao tema «Dos produtos tradicionais às novas aplicações, o futuro do vidro».

Fonte: http://www.cm-oaz.pt/?lop=artigo&op=c0c7c76d30bd3dcaefc96f40275bdc0a&id=3f088ebeda03513be71d34d214291986

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Regresso..da Música Perdida

Pois bem, o Jorge voltou' (por quanto tempo não sei)..
Dizia ele que não podia pôr as séries todas duma vez, que se tornava aborrecido (não sei se disse aborrecido, mas se não, digo eu..) Nisto, perguntava-se ele sobre o que é que podia falar.. ao que eu muito estupidamente respondi..
"Fala do novo treinador do Sporting ou então, do tempo sinistro que temos, causado provavelmente por uma qualquer frente frontal fria"
Se ele vai ou não aceitar alguma das minhas luminosas soluções, não sei.. mas nisto lembrei-me de acordar duma forma diferente dos outros dias.. E.. porque não voltar à música perdida? Já que toda a gente sabe que Carlos Carvalhal é o novo treinador do Sporting, e que o tempo está terrível e eu só espero que melhore na quarta, porque ir para Conímbriga assim, não puxa carroça a ninguém!

Bem, continuando na minha adorável e já conhecida regularidade, Música Perdida vai ser Jorge Palma :)
Claro que me podia dedicar a Delfins, fruto do belo e amarelo concerto, de sábado, no Coliseu :) Mas talvez essa opção fique para outro dia' [num daqueles em que não me pareça haver tantos demónios interiores].. Assim, e ressuscitando do meu voo nocturno (por sinal, a última música do Palma que cá ficou..)


E, com esta foto, tirada na Pousada da Ria (Torreira) lembrem-se da "Ao passar um navio" ou, peguem na água, e apaguem o fogo da música que se segue ;) [piadas estúpidas de volta]

Jorge Palma - Gosto de brincar com o fogo

Gosto de brincar com o fogo
de jogar com as palavras
adoro coisas perigosas
incómodas e jocosas

Gosto de coisas obscenas
de soltar as fantasias
brincadeiras maliciosas
perversamente gostosas

Nunca peguei numa arma
eu nunca matei um homem
nunca violei mulheres
nunca massacrei crianças

Neste mundo em chamas
neste planeta a arder
neste inferno na terra
temos tudo a perder

Gosto de brincar com o fogo
deitar achas p'rá fogueira
gozar os truques da mente
e confundir toda a gente

Interessa-me a puberdade
excitam-me as pernas das freiras
gosto de provocar danos
nas teias dos puritanos

Mas não se brinca com a fome
nem com a miséria alheia
a vida não vale nada
quando se trafica o sangue

Neste mundo em chamas
neste planeta a arder
neste inferno na terra
temos tudo a perder

Ora, começamos bem, vamos lá brincar com o fogo.. e ver se ninguém [eu] se queima..

Jogar com as palavras é de facto uma coisa fantástica'. Perigosas são de certeza.. mas vai na volta, e não era nada aquilo que se queria dizer' só uma falha de interpretação (e depois há demónios interiores).

Bem, e não escapa o gosto e o desejo pelas indecências.. Coisas obscenas, fantasias.. E que todos as têm, é verdade.. Mas andam muitas oprimidas por aí.. basta ver a cara das gentes modernas..

E, se há perigo ao brincar com o fogo, também há limites.. Alguns crimes são permitidos.. mas não vale a pena abusar.. Matar, violar e massacrar são verbos proibidos..

E lá está a verdade dos tempos modernos (e doidos, em chamas e a arder).. temos tudo a perder [e teremos todos consciência disso?] E não é que o inferno (e o paraíso?) está na terra?

E aproveite-se que o fogo está grande para lá se colocarem mais achas.. hm, então estamos a queixar-nos e a agravar a situação? Claro' o importante é gerar confusão! [e se isto já vai torto, é mais fácil ficarmos nós tortos, do que endireitarmos isto.. Se não consegues vence-los, junta-te a eles..]

E lá voltamos nós às adoráveis prevaricações.. da modernidade.. e ao que a modernidade condena.. ou finge condenar.. porque a moral é uma, e a prática é outra.. [mas não somos todos assim?]

Bem, nisto tudo, estou confusa' :) Qual é o caminho? Não sei'

Sejam modernos e descubram.. mas cuidado, porque têm tudo a perder [perspectiva deveras animadora!]

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sábado, 14 de novembro de 2009

O que está a dar na TV







Olá bom dia! Estou de volta (eu sei, ainda bem, só ver a Sara por cá é demoníaco, não é?) e para instaurar uma nova rubrica semanal neste blogue. Peço desculpa se não posto mais vezes mas tenho tido trabalho a mais (leia-se exames) e tempo a menos para me dedicar a isto e, como não é um trabalho remunerado mas passional, não tenho que cumprir prazos nem responder a ninguém (excepto à Sara mas com ela posso eu bem).

Todas as semanas, vou fazer a revisão dos episódios das séries que venho a acompanhar com assiduidade (são cerca de 20, 10 vejo todas as semanas e as outras 10-12 vou vendo quando tenho tempo – eu sei, como é que faço tudo? Olha, nem eu sei). Como esta é a primeira semana que faço e como isto devia ter sido começado com as season premieres em Setembro (peço desculpa não ter pegado nisto mais cedo), vou fazer um pequeno resumo da minha opinião da temporada de cada série até agora (N.B: esta é a primeira parte dos resumos, não ia colocar todos de uma vez; dentro de dias coloco o resumo das restantes). E portanto vamos lá. A partir da próxima semana faço revisões semanais dos episódios destas séries.

Brothers and Sisters (Irmãos e Irmãs, RTP2/FoxLife)
Uma série que já teve tanta qualidade anda hoje pela rua da amargura. Até as novas histórias parecem saídas de uma novela mexicana. O que é que foram inventar agora para ver se as audiências voltam? Kitty tem cancro. Claro. Tal e qual uma novela da TVI. O que continua na moda na série? As discussões. As tão ridículas discussões que já fazem parte de todos os episódios da série continuam em alta e há que congratular os argumentistas por conseguirem sempre razões novas para os Walker discutirem, semana após semana. Sally Field muito fraca este ano no seu papel de Nora Walker, precisa se calhar de mudar um pouco de ares… Lá se vai a nomeação para o Emmy… Nota: B-

Desperate Houseviwes (Donas de Casa Desesperadas, SIC/FoxLife)
Eu ainda não sei por que razão é que voltei a ver esta série. Não acompanhei a fundo a 4ª e a 5ª temporada, mas voltei a pegar de estaca nesta 6ª temporada. E eu não tinha ideia do quão bestial está a ser os episódios, parecem revigorados, parecem episódios da 1ª temporada. A verdade é que a história das Donas de Casa tinha ficado muito estagnada mas parece que o avanço de 5 anos na história a meio da 5ª temporada lhe fez maravilhas. Nos novos episódios, destaque para a prestação de Dana Delany como a nova – e louca – dona de casa Katherine que consegue dar uma lufada de ar fresco na não tão revigorada storyline do novo casamento de Mike e Susan. De resto, parabenizar ainda Eva Longoria que é de longe, hoje em dia, a dona de casa mais fantástica das quatro iniciais. É maravilhoso ficar pregado ao ecrã para ver o novo sarilho em que Gabrielle se vai enfiar. Nota: B

Glee
Glee é o máximo. Desde a energia positiva à boa disposição ao verdadeiro talento musical das personagens passando ainda pelos maravilhosos números musicais e por um enredo interessantíssimo, esta é uma série que apesar de ter previsivelmente um curto prazo de vida, vai ter enorme sucesso enquanto por cá andar. Tem ainda apenas nove episódios (o último saiu ontem) mas são todos de uma beleza e de uma qualidade ímpar. Espero que ataquem os Emmy em peso e que saiam de lá com alguns prémios. Jane Lynch é particularmente brilhante como a narcisista treinadora do esquadrão de cheerleaders. E só mais uma coisa: como é possível que aquela miúda negra não tenha passado do casting do American Idol, com aquele vozeirão? Números musicais de excelência na série: todos, mas especialmente o «Keep Holding On» adaptado da música da Avril Lavigne do episódio 7 e os 2 números do Mash-Up do episódio 6 (It’s My Life/Confessions e Walking On Sunshine/Halo são impecáveis). Nota: A

Gossip Girl (SIC, Sony Entertainment)
A nova série das tardes de domingo da SIC vai na sua terceira temporada e piora a olhos vistos. O que começou por ser um drama teen de boa qualidade começou a ganhar peso e história e parece hoje em dia uma história péssima de telenovela mexicana, indigna de ser contada. Se tem acompanhado a série desde o início, há que dizer que Blair e Chuck juntos são o núcleo duro que dá substância a esta história que de outro modo é muito… cliché. Serena continua uma burra nesta nova temporada, Dan um otário, Nate um pascácio inocente e Vanessa uma saloia ressabiada. Mas Blair e Chuck são preciosos. Ao menos valha por eles. Na terceira temporada gosto principalmente da forma como têm explorado a diferente adaptação do pessoal do Constance/St. Jude à vida universitária – obviamente que estou a falar do pormenor de Vanessa, que antes não tinha onde cair morta, ser mais popular na NYU que Blair, a Rainha da escola secundária. Nota: C+

Grey’s Anatomy (Anatomia de Grey, RTP2/FoxLife)
Como é que Shonda Rhimes conseguiu a revitalização total de Anatomia de Grey? É a pergunta que se impõe. O que é certo é que uma série que teve duas temporadas e meia péssimas – sim, a 3ª e a 4ª temporada são para esquecer, e mesmo da 5ª temporada, só os últimos cinco, seis episódios são memoráveis. Esta nova temporada, no entanto, começa numa reminiscência aos velhos tempos, aos tempos da 1ª temporada, aos tempos dos Cinco Fantásticos, tudo porque George morre e tudo muda desde aí. Esses dois primeiros episódios, que lançam a nova temporada, ficaram muito aquém do expectável para uma série que terminou tão bem no ano passado. Não obstante, tem vindo a melhorar desde então e o sexto e o sétimo episódio – o sexto é um episódio digno de um Emmy para Melhor Série, em que o episódio se foca todo num paciente e nas 12 perspectivas diferentes dos médicos nas Urgências. Alguém matou aquela paciente e as peças vão-se todas encaixando até se descobrir a verdade. Intriga à Grey’s q.b. e um grande argumento tornam este episódio notável. Outro ilustre episódio é o episódio 7, todo focado em Derek. Patrick Dempsey tem finalmente um episódio digno da sua qualidade e do seu contributo à série e é também um dos melhores episódios deste drama médico de grande sucesso nos EUA mas que tem vindo a perder audiência (e ainda por cima para CSI, vá-se lá saber porquê!). Concluindo, Grey’s está de volta aos tempos ilustres e ainda bem que assim é – as grandes séries querem-se sempre excelentes, não perdidas no meio do oceano. Nota: B+

How I Met Your Mother (Foi Assim que Aconteceu, FoxLife)
Série bem em alta depois das nomeações para os Emmy, começou a temporada da melhor forma com a nova história, Robin e Barney apaixonados. E que história promete ser esta que dá o mote da nova temporada. É que se há coisa que no mundo nos estranharia era ver estes dois como um casal, apaixonados. Ted continua na busca da sua mulher perfeita para ser a mãe dos seus filhos (a ‘mãe’ que dá o título à série, claro está) e Lily e Marshall seguem trilhando a luta diária da vida de casados. A não perder porque esta série pode ter um ou outro episódio mais fraco mas no cômputo geral é muito inteligente, sagaz e muito, muito divertida. Nota: B+

House
A melhor temporada de todas de House, é o que esta 6ª temporada está a ser. Se Hugh Laurie não ganhar o Emmy de Melhor Actor – Drama só pelo primeiro episódio desta temporada, o mundo é injusto. A história desta 6ª temporada começa no hospital psiquiátrico onde House se internou e começa com a luta interna deste em contornar as regras e conseguir sair do hospício sem ter que atravessar as fases de recuperação que os doentes mentais do sítio normalmente atravessam. A sua perseverança é posta ao limite pelo director do hospital que o consegue submeter – coisa rara – ao seu tratamento e sucumbir na sua tentativa de se curar sem ajuda. House torna-se um médico e uma pessoa melhor, como se pode constatar ao longo dos primeiros 4 episódios da temporada (a série parou para descanso, voltou esta semana). O melhor que tem esta nova temporada? A reunião de Chase, Cameron e Foreman com House. Épico. Nota: B+

Mad Men (RTP2)
A terceira temporada deste drama clássico da AMC sobre as agências publicitárias dos anos anteriores à Primeira Guerra Mundial termina de forma fantástica esta semana com o seu season finale. A série de Matthew Weiner já nos habituou a grandes momentos e esta temporada não é excepção, Don Draper continuando a ser um papel ímpar na carreira de Jon Hamm (que ele interpreta sem mácula, diga-se também de passagem; provavelmente será o papel da vida dele, tal como House é o de Hugh Laurie) mas quem vem a surpreender na nova temporada são as mulheres, January Jones, Christina Hendricks e Elizabeth Moss. A seguir a nova temporada atentamente no próximo ano, mas para já, há que fazer um brinde a mais uma temporada recheada de sucesso e de muita, muita qualidade. Nota: A-

30 Rock (Rockefeller 30, RTP2/FoxLife)
Esta belíssima série de comédia da NBC, cá conhecida como Rockefeller 30 (tradução muitíssimo incorrecta mas pronto, é Portugal, o que é que se pode esperar mais, não é?), começou a sua quarta temporada em boa forma, com um episódio que apesar de não ser nada de extraordinário (a série já teve bem melhores, aliás, encerrou com um dos seus melhores episódios de sempre, Kidney Now!), introduz-nos à ideia-base da nova temporada: crise e cortes no orçamento, rejuvenescimento do show e novos sarilhos para Liz Lemon e Jack Donaghy. Os episódios que o seguem são bem melhores, incluindo o último, com cenas de comédia protagonizadas por Alec Baldwin do mais alto quilate. Ficamos à espera para ver o que vem a seguir. Seja o que for, será imprevisível. 30 Rock é sempre assim. Nota: B+

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O que ficou por dizer..

Pois bem, parece que o mundo perdido se perdeu de vez..

A mim, cabe-me dizer que no intenso mergulho entre Tordesilhas, pontes, ritos e mitos, o tempo e a disposição para escrever torna-se reduzido..

Depois, gostava publicamente de "mandar vir" com o Jorge.
O Jorge é um pantumineiro (aconselho a leitura do Manifesto Anti- Dantas ;p).
O Jorge é um político nato.
O Jorge promete e não cumpre.
O Jorge vai ter que falar da Gripe A.
O Jorge ia escrever sobre séries.
O Jorge não escreveu sobre séries, nem sobre coisa nenhuma, nem sobre o Paulo Bento, ou o vento do tempo de Inverno em que estamos.

Nada!

Bem, passado este momento sinistro.. hoje, o que me trás por cá..
Há 20 anos, a queda do muro de Berlim..


Mais do que dizer o que foi.. esta minha referência visa apenas a reflexão..
E enquanto se comemora o derrube de um.. outros protestam contra os muros que ainda existem.. e não são pouco.. Ocidentais dicotómicos, somos peritos em criar muros.. E, nem precisamos de obras de engenharia..

Outra das ocorrências que ainda aqui não foi referida..
Paulo Bento deixa o comando do Sporting.. E a culpa era tanto dele, que o Sporting não ganhou ontem..
Ora, mais um assunto para reflexão.. mais prós sportinguistas'


E, finalmente, que também acho que não foi falado..
Oliveirense - Porto. O jogo da Taça, no próximo dia 21 Novembro.. Ao que parece, sempre se vai realizar no Carlos Osório (mau era se não fosse), pelas 21 horas..
Pois é, vamos lá ser o David desta edição.. O Sertanense é sempre a vítima do FCP, nos vamos ser o tomba gigante :) - ok, eu sou crente ;)
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