domingo, 16 de novembro de 2008
Sessão II - Ensino e Carreiras, versão I
Bem, à semelhança do que sucedeu com a sessão I, vão cá ficar, parcialmente, as minhas impressões sobre esta sessão :)
E.. pra não ser muito muito desagradável, em vários posts..
em linhas gerais, a coisa começou por volta das 10 e qualquer cpisa.. pausa para almoço as 13.40.. Inicio da sessão da tarde prevista para as 14.30, o que na realidade veio a acontecer cerca das 15.15.. só sei que sai de lá às 20.15 (+/-). Pelo que nada do que eu possa escrever vai recriar completamente o que por lá se passou..
Carlos Fabião, FLUL - alguns comentários..
- Formação em Arqueologia é dotar alguém de responsabilidades sociais. Os profs têm esse dever e essa responsabilidade.
Acontece? Tenho as minhas dúvidas..
O património é de todos, daí essa responsabilidade..
- Bolonha: é ou não um problema?
Objectivo: pegar no diploma dum aluno e saber que conhecimentos adquiriu. Ou que devia ter adquirido?
O curso tem que ser da responsabilidade dos alunos, depende do seu investimento.. mas.. e os professores? Não têm responsabilidade nenhuma? ok.. então, podemos seguir o modelo "os alunos dão as aulas" e, nesse caso, podiamos dispensar várias personagens do ensino - poupavamos dinheiro, era bom pra economia.. não?!
Bem, mas voltando ao diploma.. provavelmente diz o que o aluno devia ter aprendido, o que devia saber.. mas não é isso que necessáriamente acontece..
Não é por ter feito uma cadeira que domino o que do seu nome se poderia deduzir..
Também não é por ter assistido a determinadas aulas que os professores cumpriram aquilo que disseram que iam dar no programa..
Ou.. também não é por uma cadeira ter um nome que os conteúdos que lá se adquirem correspondem efectivamente, ao que inicialmente poderia parecer..
- CF disse: "modelo implica maior envolvência do docente" (salvaguardado o problema da falta de pessoal) - agora digo eu.. nós conhecemos todos casos brilhantemente elucidativos disso..
Mas.. vamos continuar a acreditar que as coisas funcionam mesmo assim..
Como deve haver quem seja feliz ao pensar assim, vamos lá manter essa felicidade..
- Outro dos aspectos referidos: Os alunos devem ser munidos dum conjunto de técnicas universais.. O que se verifica claramente.. mas.. são técnicas de fazer buracos ou técnicas de invenção de interpretações de sitios?
- A competência dum técnico é: " executar tarefas de produção de registo de campo, não lhe competendo a interpretação dos dados"
Vamos lá ver.. com Bolonha, o 1ºciclo confere um grau de técnico.. e, deveria também conferir um meio de entrada no mercado de trabalho.. pergunto-me eu.. algum licenciado da flup, com bolonha, adquire, ao longo da sua formação, este tipo de competências? Então, ou mudariamos a abrangência do conceito de técnico dizendo que é uma qualquer criatura que conclui um período de estudos numa área da qual não percebe nada.. E é extremamente incompetente para o desempenho dessas funções..
Para mim, o grave está em haver quem tendo conhecimento e meios para mudar, não faz nada.. E subscreve este tipo de diplomas..
- Mas.. parte da formação deve ser autónoma.. Para os três primeiros trabalhos conta o Curriculum, para o outros, conta o desempenho nos primeiros..
Desempenho esse que deve ser extremamente desenvolvido, tendo em conta a aplicação do conhecimento que não se adquiriu..
- Mas, para o mercado, o 1º ciclo é insuficiente, os técnicos estão impreparados e a formação é inadquada às necessidades do exercício da profissão.
-Para ultrapassar estas lacunas.. É preciso:
.. intensificar a interacção de entidades empregadores e universidades (também há as que dizem "chega pra lá")
.. empresas e autarquias devem intervir, a vários níveis, com as universidades
.. diversificar a formação ao nível do 2ºciclo: ou se consolida a formação em arqueologia ou diversifica-se para outras áreas
Mas, ainda antes se tinha dito que o 1º ciclo era suficiente para a entrada no mercado..
*fim da 1ª intervenção
A única conclusão que eu tiro disto: "A tutela demitiu-se!" e quem quiser que se amanhe..
E.. pra não ser muito muito desagradável, em vários posts..
em linhas gerais, a coisa começou por volta das 10 e qualquer cpisa.. pausa para almoço as 13.40.. Inicio da sessão da tarde prevista para as 14.30, o que na realidade veio a acontecer cerca das 15.15.. só sei que sai de lá às 20.15 (+/-). Pelo que nada do que eu possa escrever vai recriar completamente o que por lá se passou..
Carlos Fabião, FLUL - alguns comentários..
- Formação em Arqueologia é dotar alguém de responsabilidades sociais. Os profs têm esse dever e essa responsabilidade.
Acontece? Tenho as minhas dúvidas..
O património é de todos, daí essa responsabilidade..
- Bolonha: é ou não um problema?
Objectivo: pegar no diploma dum aluno e saber que conhecimentos adquiriu. Ou que devia ter adquirido?
O curso tem que ser da responsabilidade dos alunos, depende do seu investimento.. mas.. e os professores? Não têm responsabilidade nenhuma? ok.. então, podemos seguir o modelo "os alunos dão as aulas" e, nesse caso, podiamos dispensar várias personagens do ensino - poupavamos dinheiro, era bom pra economia.. não?!
Bem, mas voltando ao diploma.. provavelmente diz o que o aluno devia ter aprendido, o que devia saber.. mas não é isso que necessáriamente acontece..
Não é por ter feito uma cadeira que domino o que do seu nome se poderia deduzir..
Também não é por ter assistido a determinadas aulas que os professores cumpriram aquilo que disseram que iam dar no programa..
Ou.. também não é por uma cadeira ter um nome que os conteúdos que lá se adquirem correspondem efectivamente, ao que inicialmente poderia parecer..
- CF disse: "modelo implica maior envolvência do docente" (salvaguardado o problema da falta de pessoal) - agora digo eu.. nós conhecemos todos casos brilhantemente elucidativos disso..
Mas.. vamos continuar a acreditar que as coisas funcionam mesmo assim..
Como deve haver quem seja feliz ao pensar assim, vamos lá manter essa felicidade..
- Outro dos aspectos referidos: Os alunos devem ser munidos dum conjunto de técnicas universais.. O que se verifica claramente.. mas.. são técnicas de fazer buracos ou técnicas de invenção de interpretações de sitios?
- A competência dum técnico é: " executar tarefas de produção de registo de campo, não lhe competendo a interpretação dos dados"
Vamos lá ver.. com Bolonha, o 1ºciclo confere um grau de técnico.. e, deveria também conferir um meio de entrada no mercado de trabalho.. pergunto-me eu.. algum licenciado da flup, com bolonha, adquire, ao longo da sua formação, este tipo de competências? Então, ou mudariamos a abrangência do conceito de técnico dizendo que é uma qualquer criatura que conclui um período de estudos numa área da qual não percebe nada.. E é extremamente incompetente para o desempenho dessas funções..
Para mim, o grave está em haver quem tendo conhecimento e meios para mudar, não faz nada.. E subscreve este tipo de diplomas..
- Mas.. parte da formação deve ser autónoma.. Para os três primeiros trabalhos conta o Curriculum, para o outros, conta o desempenho nos primeiros..
Desempenho esse que deve ser extremamente desenvolvido, tendo em conta a aplicação do conhecimento que não se adquiriu..
- Mas, para o mercado, o 1º ciclo é insuficiente, os técnicos estão impreparados e a formação é inadquada às necessidades do exercício da profissão.
-Para ultrapassar estas lacunas.. É preciso:
.. intensificar a interacção de entidades empregadores e universidades (também há as que dizem "chega pra lá")
.. empresas e autarquias devem intervir, a vários níveis, com as universidades
.. diversificar a formação ao nível do 2ºciclo: ou se consolida a formação em arqueologia ou diversifica-se para outras áreas
Mas, ainda antes se tinha dito que o 1º ciclo era suficiente para a entrada no mercado..
*fim da 1ª intervenção
A única conclusão que eu tiro disto: "A tutela demitiu-se!" e quem quiser que se amanhe..
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Arqueologia,
Conferências,
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3 comentários:
[c=30]ui ui q andaste a mudar a cor de algumas frases :D[/c=29]
ahahahah aqelas coisas esquesitas q ali apareçe no meu comentario é supostamente um tag html se eu soubesse q merda é essa lol
Do que um homem é capaz
As coisas que ele faz
Para chegar onde quer
É capaz de dar a vida
Pra levar de vencida
Uma razão de viver
A vida é como uma estrada
Que vai sendo traçada
Sem nunca arrepiar caminho
E quem pensa estar parado
Vai no sentido errado
a caminhar sozinho
Vejo gente cuja vida
Vai sendo consumida
Por miragens de poder
agarrados a alguns ossos
No meio dos destroços
Do que nunca onde fazer
Vão poluindo o percurso
Co’ as sobras do discurso
Que lhes serviu pr’ abrir caminho
À custa das nossas utopias
Usurpam regalias
P’ra consumir sozinho
Com políticas concretas
Impõem essas metas
Que nos entram casa dentro
Como a Trilateral
Co’ a treta liberal
E as virtudes do centro
No lugar da consciência
A lei da concorrência
Pisando tudo pl’o caminho
P’ra castrar a juventude
Mascaram de virtude
O querer vencer sozinho
Ficam cínicos, brutais
Descendo cada vez mais
P’ra subir cada vez menos
Quanto mais o mal se expande
Mais acham que ser grande
É lixar os mais pequenos
Quem escolhe ser assim
Quando chegar ao fim
Vai ver que errou seu caminho
Quando a vida é hipotecada
No fim não sobra nada
E acaba-se sozinho
Mesmo sendo os poderosos
Tão fracos e gulosos
Que precisam do poder
Mesmo havendo tanta gente
P’ra quem tudo é indiferente
Passar a vida a morrer
Há princípios e valores
Há sonhos e amores
Que sempre irão abrir caminho
E quem viver abraçado
À vida que há ao lado
Não vai morrer sozinho
E quem morrer abraçado
À vida que vai ao lado
Não vai viver sozinho
JOSE MARIO BRANCO.
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