segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Óscares 2009: 22 de Dezembro

Daqui a precisamente um mês temos as nomeações para os Óscares 2009, cerimónia que honrará e distinguirá os melhores filmes e melhores prestações de 2008, marcada para 22 de Fevereiro no Kodak Theather, em Los Angeles, CA, Estados Unidos da América. E assim faço as minhas primeiras GRANDES previsões.



Melhor Filme (Best Picture)


1) Slumdog Millionaire
2) Milk
3) The Curious Case of Benjamin Button
4) The Dark Knight
5) Frost/Nixon
Maiores ameaças:
6) Wall-E
7) Doubt
8) Revolutionary Road
9) The Reader
10) The Wrestler

Nesta categoria parece-me a mim que os três primeiros lugares estão fechados. Slumdog Millionaire conseguiu vencer e ser nomeado para tudo (incluindo uma ridícula nomeação para melhor elenco nos SAG, prémios dos actores, ultrapassando The Dark Knight ou Rachel Getting Married que têm de facto melhor ensemble mas enfim… Loucura pelo filme às vezes dá nisto, porque de elenco não tem nada de especial) além de ter sido o escolhido dos críticos na maioria das cidades – Dallas, San Diego, Detroit, Boston, Florida, Phoenix, Washington DC. Não o acho um grande filme mas acho que tem tudo à partida para ganhar. O filme com o qual acho que Slumdog vai corajosamente disputar o prémio é The Curious Case of Benjamin Button, filme muito bonito e muito interessante com Brad Pitt e Cate Blanchett. Também a fazer o seu trabalho na época dos precursores dos Óscares, conquistou alguns prémios (de críticos só St. Louis e Boston mas carimbou nos Globos a nomeação para melhor filme dramático e depois foi nomeado no top 10 do AFI e no NBR (onde por exemplo Slumdog não consta) e nomeação no top 10 do BFCA e conseguiu nomeação para melhor elenco nos SAG como Slumdog. A seu favor tem o facto de ser um filme rico em efeitos especiais – o protagonista (Brad Pitt) rejuvenesce por assim dizer – nasce idoso e termina jovem adulto (porque como diz, «nasceu em circunstâncias anormais») e por isso a AMPAS (Academia das Artes e Ciências Cinematográficas – Academy for Motion Picture and Art Sciences) inteira poderá votar nele – não esquecer que a AMPAS é composta por técnicos, actores, realizadores, produtores… Enquanto que Slumdog terá de contar com o agrado geral das pessoas para ser votado. Milk é o outro que de certeza é nomeado. Apesar do esquecimento nos Globos (não nomeado, tal como The Dark Knight) parece-me que tem feito bem nos precursores (nomeado para top 10 do BFCA, AFI e NBR, nomeação nos Satellites e para melhor elenco do SAG). É um filme IMENSAMENTE gay – talvez a sua maior contrapartida. De resto é um excelente filme. Ganhou os prémios dos críticos de San Francisco e de Nova Iorque (além do prémio de melhor elenco para os críticos de Nova Iorque e para os de San Francisco). Agora a seguir é que a coisa aperta. O filme do ano deverá conquistar um dos cinco lugares. The Dark Knight tornou-se uma lenda com a morte de Heath Ledger. Sem dúvida. Ganhou o lugar na história como o filme com maior receita de bilheteira do dia de abertura, do fim de semana de abertura e do mês de abertura e tornou-se imortal ao ser o #2 no ranking de filmes com maior box office de sempre nos EUA. Depois é Nolan que o dirige e a Academia gosta dele e está atenta ao seu trabalho. Excelente elenco. Prémios dos críticos em Austin e Utah e ainda nomeação para top 10 do AFI, NBR e BFCA. Assim acho que tem lugar assegurado. Poderá sofrer de discriminação devido ao género do filme (filme de superherói). Ainda assim a Academia já mostrou que gosta do Batman mais do que dos outros superheróis. O género tem ainda vindo a ganhar força e o Spiderman de Raimi (em especial o terceiro), o Iron Man de Favreau e os X-Men de Singer têm mostrado quão bons podem ser estes filmes e estas histórias se bem aproveitados. E além disso acho que a AMPAS ia perder muito (e muito é dizer pouco!) nas audiências se não nomearem este filme. Agora o último lugar do top tem-me feito pensar muito. Nos últimos meses o meu top não tem sofrido muitas variações, à excepção do último lugar. Desde Junho que venho a prever que Milk e The Dark Knight estariam no top 5 da Academia. Em Outubro adicionei Slumdog Millionaire que surgiu um pouco do nada depois de ganhar em Toronto e de facto tomou rédeas da situação. Inicialmente vinha prevendo que Australia de Luhrmann e Defiance iriam estar no top 5. Defiance ficou no meu top pouco tempo, trocando-o em Agosto por Doubt. Mantive este último até há bem pouco tempo em que decidi trocá-lo por Revolutionary Road, mesmo antes dos precursores começarem a sério. Mas nos precursores o filme de Winslet & Di Caprio perdeu-se. Só os Globos apostaram a sério nele. Daí que decidi retirá-lo agora e incorporar no meu top 5 Frost/Nixon. Se dependesse da minha vontade e até da vontade geral, Wall-E estaria no top 5. É fantástico, é lindo, tem ganho até muitos prémios (óbvia nomeação para melhor filme animado nos Globos, top 10 do BFCA, AFI e NBR, vitória em Los Angeles, Chicago e Boston). Por isto tudo seria uma surpresa muito agradável ver na noite dos Óscares dois filmes tipicamente de género (Batman e Wall-E) entre os cinco melhores do ano. Mas com a mais do que óbvia vitória do Óscar de Melhor Filme Animado não sei se não é puxar de mais a brasa à sardinha. Australia de Luhrmann saiu em Novembro para dar lugar a The Curious Case of Benjamin Button que desde então continua. É difícil para mim gostar de Frost/Nixon mas consigo ver claramente por que razão vai estar entre os cinco melhores. Peça da Broadway carregada de Tonys inclusive com o actor principal da peça – Frank Langella, que faz de Nixon – na mesma personagem na película cinematográfica, fala de uma entrevista célebre entre David Frost (Michael Sheen) e Richard Nixon (Langella). É um bom filme, dirigido por Ron Howard (não é um grande realizador mas sabe aproveitar o que tem) e com duas grandes interpretações. É um biopic, isto é, um filme biográfico (fala de um acontecimento real). Desvantagens: a entrevista real está disponível em DVD e em cassetes antigas que qualquer um pode ver, fica melhor talvez no teatro, parece muito leve e com pouco ar de concorrente a um Óscar de Melhor Filme. Ainda assim está na corrida. E foi nomeado para melhor filme dramático nos Globos, consta do top 10 do AFI, NBR e BFCA, nomeado para melhor elenco dos SAG e para os Satellites. Ganhou em Las Vegas e o prémio de melhor elenco em Detroit. Além de Wall-E, Revolutionary Road e de Doubt (peça que ganhou TODOS os Tonys e ainda um Pulitzer, com um elenco fenomenal – Adams, Streep, Davis, Hoffmann – e com um grande argumento, com o problema de ficar melhor no palco que no grande ecrã e que tem maior probabilidade de dar prémios aos actores que ao filme em si) também The Reader (filme de Stephen Daldry – foi sempre nomeado para os Óscares – The Hours e Billy Elliot – com Winslet e Fiennes mas que sofre de uma má pós-produção, de uma má escolha de lançamento mas que tem uma excelente interpretação – de Winslet, claro) e The Wrestler (filme muito consistente e interessante de Aronofsky com Rourke e Tomei nos principais papéis mas que sofre de ser um filme de pequena dimensão e de uma má gestão de campanha e de lançamento nos cinemas).


Melhor Actor (Best Performance by an Actor in a Leading Role)


1) Sean Penn (Harvey Milk, Milk)
2) Mickey Rourke (The Ram, The Wrestler)
3) Frank Langella (Nixon, Frost/Nixon)
4) Leonardo Di Caprio (Frank Wheeler, Revolutionary Road)
5) Clint Eastwood (Walt Kowalski, Gran Torino)

Maiores ameaças:
6) Brad Pitt (Benjamin Button, The Curious Case of Benjamin Button)
7) Richard Jenkins (Professor Vale, The Visitor)
8) Michael Sheen (Frost, Frost/Nixon)
9) Dustin Hoffman (Harvey Shine, Last Chance Harvey)
10) Josh Brolin (George W. Bush, W.)


Tudo decidido nas três primeiras posições. Sean Penn e Frank Langella decidiram ambos presentear-nos com uma grande interpretação e num filme biográfico (biopic). Sean Penn surge-nos como Harvey Milk num filme que relata eventos memoráveis para os californianos (hello, Hollywood = California) e que ainda para cima é um grande concorrente para melhor filme. Sean Penn tem limpo todos os prémios possíveis (praticamente todos os críticos votaram nele e ganhou ou foi nomeado para tudo (!)). Langella é Nixon na peça que relata a entrevista célebre de David Frost e Richard Nixon. Papel memorável, interpretação à altura que já lhe valeu um Tony e alguma atenção pelo desleixe do ano passado em que se esqueceram dele apesar do magnífico papel em Starting Out in the Evening. Mickey Rourke protagonizou o retorno do ano num grande filme com uma excelente interpretação. Chora imenso (bonificação), agradou aos críticos (bónus) e conduz TODO o filme. Estes três estão seguríssimos. A batalha principal: Penn / Rourke. A não ser que Eastwood se intrometa nas contas. É que ele nunca ganhou um Óscar como actor. E aparentemente precisa de um. A Academia é como uma droga viciante para Eastwood e Eastwood é como mel para a Academia. O papel não é nada de especial, a interpretação não é má mas não é brilhante mas enfim, é Clint Eastwood (que ainda compete este ano para melhor realizador, para melhor canção original – sim, ele canta! – e para melhor banda sonora) e pode levar para casa o Óscar que lhe falta para a consagração final. E Eastwood sabe bem como piscar o olho à Academia. O último lugar deste top vai para Di Caprio. A última vez que se encontrou com Kate Winslet (Titanic) valeu rios de estatuetas mas a aclamação dos críticos foi para a protagonista feminina. Di Caprio ficou na sombra mas lutou (e bem!) para subir na vida. E ganhou o seu lugar na história de Hollywood. Falta um Óscar. Pelo filme The Aviator esteve perto. E depois o ano passado por Blood Diamond. E provavelmente já ninguém de lembra da sua nomeação para Óscar por What’s eating Gilbert Grape? em 1994. Mas ele foi nomeado. E eu espero que volte a ser. Desta vez ele é melhor que Kate Winslet no filme. E apesar do filme ter fracassado quase por completo os dois actores serão na minha opinião capazes de sobreviver ao fiasco. Na luta por um lugar neste top está Richard Jenkins (que devia ser nomeado pelo seu Professor Vale em The Visitor que é simplesmente perfeito mas devido ao seu low-profile e devido à pequena dimensão do filme não sei se chegará ao pódio – merecia e até trocaria de bom grado Eastwood por ele; mas tentando adivinhar o que pensará a Academia acho que Jenkins tem menos chances de estar no top 5 que Eastwood ou que Di Caprio apesar da performance ser recordada todo o ano e ter apoio dos críticos e dos precursores) e Brad Pitt (até tem tido sucesso nas críticas e está-lhe a faltar também um Óscar – ou pelo menos nomeações – porque é um actor extraordinário; mas a mim também me parece que este é um actor para ganhar Óscares quando for mais velho ainda e além disso o filme não parece ser um local para os actores brilharem estando cheio de efeitos visuais e sendo de facto muito bonito; mas que ele tem reunido alguns prémios e nomeações interessantes até tem). Michael Sheen é fantástico e mais uma vez brilhante como David Frost mas falha de novo – tal como em 2006 ajudou Helen Mirren a brilhar aqui também ajuda Langella a brilhar; e se os votantes tiverem de escolher entre os dois, Sheen está fora. Josh Brolin tem um grande ano de 2008 mas provavelmente será recompensado com a nomeação para melhor actor secundário pela sua prestação em Milk. Este W. é bom mas material de Óscar? Não… E a personagem que interpreta também não é propriamente amigável nos dias que correm. Os americanos não querem ser lembrados de George Bush tão cedo. Sobra Dustin Hoffman, o provável vencedor do Globo de Melhor Actor em Comédia. Ele é esplêndido no papel de Harvey Shine mas o filme é muito leve e foi lançado muito tarde para poder provar alguma coisa. Ao longo do ano tive sempre Sean Penn e Frank Langella nas minhas previsões. Comecei com Daniel Craig mas com as primeiras ante-estreias de Defiance percebeu-se logo que não ia dar nada e daí troquei-o por Mickey Rourke que surgiu do nada com o seu filme independente The Wrestler em Agosto. Brad Pitt também começou comigo mas entretanto troquei-o por Di Caprio. O último lugar que eu tinha no meu top era o de Viggo Mortensen pelo seu papel em The Road que mudou para 2009. O filme não estreou este ano mas acredito que lhe dará nomeação para Óscar para o ano que vem. Dustin Hoffman veio-me à cabeça em Setembro (nem sei bem porquê) mas a partir de Outubro ficou Eastwood na minha lista até agora. A vitória de Rourke na noite dos Óscares seria uma surpresa interessante mas não imprevisível porque acho que Penn e Langella vão dividir votos devido ao carácter biográfico das duas películas. Ainda tenho certeza que Penn vai ganhar mas Rourke ganhar de repente também não seria mau de todo.

Melhor Actriz (Best Performance by an Actress in a Leading Role)

1. Anne Hathaway (Kym, Rachel Getting Married)
2. Meryl Streep (Sister Aloysius, Doubt)
3. Sally Hawkins (Poppy, Happy-go-lucky)
4. Angelina Jolie (Christine Collins, Changeling)
5. Kate Winslet (April Wheeler, Revolutionary Road)
Maiores ameaças:
6) Melissa Leo (Ray Eddy, Frozen River)
7) Kristin Scott-Thomas (Juliette Fontaine, Il y a longtemps que je t’aime)
8) Cate Blanchett (Daisy, The Curious Case of Benjamin Button)
9) Kate Beckinsale (Rachel Armstrong, Nothing But the Truth)
10) Michelle Williams (Wendy, Wendy and Lucy)



Aqui as três primeiras estão seguras acho eu. Meryl Streep não faz DE TODO a melhor interpretação de sempre mas enfim, é Meryl Streep e quer uma nova estatueta. Mas também quando se é Meryl Streep que é praticamente uma lenda imortal e símbolo nacional é muito difícil fazer o seu melhor trabalho de sempre. E ela este ano deu cartas: cantou (e não ficou mal) em Mamma Mia! e de facto a sua Sister Aloysius não consegue ser tão boa como a da Broadway mas é igualmente assustadora e forte. Anne Hathaway fugiu para bem longe das histórias lamechas e dos pequenos filmes como Princess Diaries, Devil Wears Prada e Get Smart para uma interpretação cinco estrelas de uma toxicodependente cheia de problemas que sai da prisão para o casamento da sua irmã e no seio da sua família disfuncional cria mil e um sarilhos (daí que se perceba o desprezo dos seus pares) até que a sua irmã Rachel (De Witt) se decide a ajudá-la. O filme é fenomenal e o elenco não podia ser melhor. Sobretudo porque a fazem brilhar a um nível muito alto. Altura de a Academia a carimbar como potencial candidata a Óscares, não acham? E que bem que ela não fica na carpete vermelha, não é? Sally Hawkins para mim foi a melhor interpretação de comédia do ano. A sua Poppy, por muito irritante que pode ser, dá-nos uma engraçadíssima perspectiva de vida. E o papel parece ser feito à medida dela. Ela dá tudo o que tem e nota-se isso no ecrã. O apoio dos precursores e dos críticos tem sido direccionado para estas três, em especial para Hawkins e Hathaway que repartem as cidades com prémios de críticos cinematográficos. A elas juntam-se, para mim, Winslet e Jolie. Winslet é todos os anos (bem, quase todos!) candidata ao Óscar mas não ganhou. Se for nomeada aqui e por The Reader como actriz secundária será a actriz com MAIS nomeações sem ganhar um Óscar. É uma default nominee. Poderá ter problemas com o facto de os votantes acharem que a devem honrar por uma só prestação – e ela é BEM melhor em The Reader – e com o facto de Di Caprio ser melhor que ela no filme. Mas bem feitas as contas, ela é Kate Winslet. E isso chega para estar no top. Angelina Jolie e o seu starpower não se têm dado bem. Há DEMASIADA gente que não gosta dela por isso e só assim se explica que a brilhante performance em A Mighty Heart o ano passado não lhe valeu uma nomeação. Este ano tentou uma perspectiva diferente, mais arriscada mas com maior probabilidade de sucesso. A interpretação não é magnífica como a de 2007 e o papel não é nada de novo mas Eastwood + Jolie + mãe nos subúrbios em luta interior + rios de lágrimas = Óscar (ou assim normalmente seria). Também tem alguns prémios nos precursores e está, neste momento, em boa posição para garantir uma nomeação. Pode-lhe ser roubada essa pretensão tanto por Melissa Leo como por Kristin Scott-Thomas. A primeira entrega-nos uma performance extraordinária, repleta de paixão e talento e que foi falada todo o ano e tem sido das mais apoiadas por críticos e nos precursores. O filme é de pequena dimensão e a actriz pouco conhecida o que a faz perder pontos em comparação com Winslet e Jolie. Mas a performance é bem melhor. Scott-Thomas é linda e versátil, actuando tanto nos EUA como em França e na Grã-Bretanha. O papel é poderoso e a interpretação charmosa. Não tem tido muito apoio nos precursores mas os Globos chamaram-na de novo à cena. Parecia morta mas vamos a ver. De qualquer forma a nomeação funcionará como um prémio para quem trabalha em tanto sítio diferente porque a vitória está fora de questão. Poderia esperar-se que Cate Blanchett de repente surgisse e atacasse o top 5 mas ela arrefeceu. O filme é de facto TODO sobre Button (Pitt) e ela não é assim nada de especial nele. Mas cuidado porque ela também é uma default nominee e se Jolie ou Hawkins ou Winslet não agradarem muito eles podem ir para uma coisa já muito habitual nos tempos recentes (alguém se lembra e pode explicar como é que Blanchett voltou a ser nomeada o ano passado por Elizabeth, The Golden Age? – ah que filme horrível!) As minhas previsões começaram com Streep, Winslet, Hathaway e Jolie logo de início e acompanhadas por Kidman. Com o flop de Australia troquei-a por Scott-Thomas em Outubro para trocar esta por Hawkins em Novembro tendo-se mantido assim desde então. A vitória será discutida por Winslet e Streep que são duas powerhouses fabulosas e precisam aparentemente de um Óscar. Mas como eu acredito que elas vão dividir votos (e não acredito em muitos votos em primeiro lugar para qualquer uma delas apesar de já terem muitos fãs fixos) é Hathaway quem pode beneficiar (porque tem das cinco do top a melhor performance e irá certamente reunir muitos #1).


Melhor Realizador (Best Achievement in Direction)

1. Danny Boyle (Slumdog Millionaire)
2. Christopher Nolan (The Dark Knight)
3. David Fincher (The Curious Case of Benjamin Button)
4. Gus Van Sant (Milk)
5. Stephen Daldry (The Reader)
Maiores ameaças:
6) Ron Howard (Frost/Nixon)
7) Andrew Stanton (Wall-E)
8) Darren Aronofsky (The Wrestler)
9) Sam Mendes (Revolutionary Road)
10) Woody Allen (Vicky Cristina Barcelona)


Bastante seguro pelos quatro primeiros. Danny Boyle estará sem dúvida lá, tendo recebido TODOS os prémios possíveis e imagináveis pelo filme e pela sua realização tendo deixado fugir apenas dois ou três para a concorrência. Boyle não é de todo um bem-amado pela AMPAS e não é muito conhecido (mais mediático dos seus filmes é Trainspotting de 1999) mas o filme é de facto um crowd pleaser sensacional. Fincher tem nas suas mãos uma maravilha, uma jóia, um clássico que se tudo correr bem (sai nos cinemas americanos a 26 de Dezembro) lhe dará a nomeação para o Óscar. O seu trabalho é conhecido e tem sido seguido com atenção (Zodiac, Fight Club, Se7en) mas se o filme falhar ele é o primeiro a cair. Isso de certeza. Mas não acho que vá falhar. Chistopher Nolan é de todos estes o mais conhecido e também aquele cuja filmografia deixa muita gente invejosa, tendo conhecido sucesso com Memento, Insomnia e The Prestige e sendo o principal responsável pelo megasucesso desta ressurreição (ou redenção, palavra que se adequa melhor) da franchise do Batman com Begins e The Dark Knight. E parece que é este segundo, pela sua magia, pelo espectáculo e satisfação que dá, por ser o filme do ano e por ter de facto uma história terrífica, que lhe vai dar a sua nomeação para o Óscar. Gus Van Sant tem nas mãos um grande filme e geriu bem a campanha e os precursores para chegar a este momento bem colocado – não esperava era o surgimento de Boyle e de Slumdog que lhe vão roubar os dois Óscares (em teoria). O realizador de Paranoid Park, Psycho e Good Will Hunting («Tudo bons rapazes», nomeado para várias estatuetas em 1998) parece seguro para estar no meu top. Agora para a última vaga é que a coisa dificulta: em condições normais, Ron Howard estará no top 5 se o seu filme estiver (o que é provável) mas eu não acho que o filme seja bom devido à sua realização por isso pu-lo fora; Aronofsky cria uma obra de arte com The Wrestler mas o filme é maioritariamente recordado pela performance dos dois actores (Tomei e Rourke) sendo o realizador esquecido na maioria dos casos (nenhum precursor o apoiou até agora); Stanton é o responsável pela nova fasquia a que a Pixar se colocou com Wall-E – se o filme aparecer no top 5 este realizador também surge mas como dificilmente lá estará…; Woody Allen é parecido com Eastwood para a AMPAS – parece mel – mas o filme não é assim tão extraordinário para ele ser nomeado por isso, out; Sam Mendes foi ressuscitado dos mortos pelos Globos mas será isso suficiente para o colocar no top? Não me parece, acho que o filme resulta na teoria mas na prática não além de que o seu American Beauty não teve sequência e ele se perdeu um pouco no tempo e no espaço com filmes menores; Daldry foi nomeado pelos seus dois filmes anteriores, Billy Elliot e The Hours, é apreciado pela AMPAS e o sucesso (razoável) do filme deve-se mais a ele e a Winslet que a outra coisa. Os Globos nomearam-no quando ninguém o esperava. Será que os Óscares vão continuar a tendência e fazer 3 em 3? Desde o início que venho apostando em Van Sant, Fincher e Nolan. Tinha também Eastwood (que tinha feita furor em Julho em Cannes) e Mendes. Com Outubro mudei radicalmente e saiu Fincher, Eastwood e Mendes para entrar Boyle, Demme e Luhrmann. Australia falhou e por isso Luhrmann saiu por troca com Aronofsky que tinha acabado de lançar The Wrestler. Demme também saiu em Novembro por troca com Fincher que voltou ao top. Até hoje este era o meu top mas decidi que Daldry era capaz de ter mais hipóteses que Aronofksy – acho mesmo que Howard poderá ter mais hipóteses que Daldry mas como não gosto do primeiro… A batalha pela vitória será entre Fincher e Boyle mas o segundo tem tudo praticamente ganho daí que está tudo arranjado à partida para uma noite de underdogs (apesar do filme ter surgido assim não lhe podemos atribuir tal característica uma vez que o realizador e o filme ganham tudo). Gostava que Fincher ou Nolan pudessem ganhar mas Boyle dificilmente fica sem o prémio.

Melhor Actor Secundário (Best Performance by an Actor in a Supporting Role)

1. Heath Ledger (The Joker, The Dark Knight)
2. Phillip Seymour Hoffmann (Father Flynn, Doubt)
3. Josh Brolin (Dan White, Milk)
4. Robert Downey Jr. (Kirk Lazarus, Tropic Thunder)
5. Dev Patel (Jamal Malik, Slumdog Millionaire)

Maiores ameaças:
6) Michael Shannon (John Givings, Revolutionary Road)
7) Michael Sheen (David Frost, Frost/Nixon)
8) James Franco (Scott Smith, Milk)
9) Bill Irwin (Paul, Rachel Getting Married)
10) Ralph Fiennes (Duke of Devonshire, The Duchess)

Ledger certo com 100% de certeza. Papel imortal – The Joker – num filme lendário e um clássico do cinema – The Dark Knight, ganhou TODOS os prémios de críticos e precursores (só falhou um para Josh Brolin) e tem lugar na história do cinema com vários filmes de renome sendo o cabeça de cartaz Brokeback Moutain. A nomeação é 100% certa, a vitória sê-lo-á também – a não ser que a AMPAS não ache adequado atribuir a vitória depois da sua morte. Porque ELE é o melhor – e é o protagonista da história. A partir daqui tudo muito nublado porque a maioria dos papéis são fraudes, isto é, são papéis de protagonistas que são como que disfarçados de papéis secundários. Hoffmann é protagonista de Doubt – ainda assim tem sido vendido como secundário e como não há assim grandes papéis ganha o seu lugar aqui. O seu padre Flynn é monstruoso – brilhante mas monstruoso. É também nestes termos que se adequa a suposta nomeação de Dev Patel – é o protagonista de Slumdog Millionaire, a história gira toda em torno da sua personagem mas como as analepses não o contêm a ele mas a crianças o estúdio disfarçou esta performance de secundária porque não podia de nenhum modo competir com os tubarões nos Melhores Actores (Principais) apesar de eu achar que isto não faz sentido nenhum. Por mim Michael Shannon será o verdadeiro último lugar do pódio mas pronto com o furor em torno do filme e com a nomeação de Patel nos SAG tudo é possível (os colegas actores são a força maior da AMPAS e se o votaram uma vez…). Downey Jr. ganha um lugar no top 5 com um papel que à partida ninguém esperava que obtivesse reconhecimento. Mas ele é de facto genial como Kirk Lazarus e pode ser que a AMPAS decida pela sua nomeação para honrar o bom trabalho dos últimos dois anos. E o sucesso de Iron Man também pode ajudar. Josh Brolin e o próprio Milk foram esquecidos pelos Globos mas acho que tal não vai prejudicar as hipóteses do mais aguerrido concorrente de Ledger. O papel é bom, reconhecidamente bem interpretado e ele tem trabalhado muito. De Milk podem vir mais duas boas interpretações secundárias, Hirsch e Franco. A segunda delas pode mesmo surpreender e ganhar um lugar no top 5 porque James Franco, apesar de ter uma carreira um pouco estranha para quem quer lutar por estatuetas, é muito bom no filme e teve um ano muito enriquecedor (boa performance em Pineapple Express até ganhando nomeação para os Globos). Contudo, analisando a concorrência interna e se os votantes se tiverem de decidir por um, Brolin ganha aos outros dois. Bill Irwin também tem uma performance daquelas que não se esquece em Rachel Getting Married e é de facto uma figura paternal soberba para Kym (Hathaway). No entanto, o filme é pequeno e tem sido subvalorizado (com muita pena minha) e ele tem sido menosprezado. Não vejo grandes hipóteses para este vencedor de Tonys. Os Globos surpreenderam um pouco com a nomeação de Tom Cruise (por uma piada de 1 minuto em Tropic Thunder!) e pela nomeação de Ralph Fiennes mas esta até não acho muito mal. Quer dizer, acho mal neste papel em The Duchess que ele é bom mas não é bom como já o foi noutros papéis (English Patient, Constant Gardener…) mas é de facto uma boa maneira de honrar The Reader (o estúdio decidiu inverter os papéis e a sua personagem que é secundária passou a protagonista para Winslet poder lutar por um Óscar como actriz secundária que não o é no filme). Finalmente, uma palavra para Michael Sheen. Todo o ano tive Ledger, Brolin e Sheen nos meus escolhidos. Só que o estúdio decidiu uma campanha com dois protagonistas (que o são de facto) o que me deixou com muita pena porque ele podia ser nomeado como em 2006 por The Queen. Ele não tem o starpower de Langella e de Mirren e daí perde para os dois em termos de separação de votos. E como protagonista não tem grandes hipóteses. Ainda assim continuou na minha lista até inícios de Dezembro. De início Brad Pitt (Burn After Reading) e Smitt Mc-Phee (The Road) completavam o top. Com a mudança de The Road para 2009 Mc-Phee e Mortensen (protagonista) saíram do top e para o lugar de Mc-Phee entrou em Outubro Michael Shannon. Já em Setembro troquei Pitt por Hoffmann porque previ a fraude na categoria. A vitória será em princípio de Ledger apesar de achar que Hoffmann e Brolin terão uma palavra a dizer porque a AMPAS por vezes não é justa. Se Ledger não ganhar, Hoffmann ganha (prestígio + Óscar em 2006)

Melhor Actriz Secundária (Best Performance by an Actress in a Supporting Role)

1. Penélope Cruz (Maria Elena, Vicky Cristina Barcelona)
2. Viola Davis (Mrs. Muller, Doubt)
3. Marisa Tomei (Cassidy/Pam, The Wrestler)
4. Kate Winslet (Hannah Schwitz, The Reader)
5. Rosemarie De Witt (Rachel, Rachel Getting Married)
Maiores ameaças:
6) Amy Adams (Sister James, Doubt)
7) Taraji P Henson (Queenie, The Curious Case of Benjamin Button)
8) Vera Farmiga (Erica Van Doren, Nothing But the Truth)
9) Debra Winger (Abby, Rachel Getting Married)
10) Cate Blanchett (Daisy, The Curious Case of Benjamin Button)

Aqui estão os quatro primeiros lugares decididos. Penelope fabulosa como Maria Elena, Woody Allen trabalhou bem o ouro que lhe deram e ela entregou-lhe uma excelente prestação. Vitória quase assegurada nesta categoria até porque ela limpou todos os prémios que existiram à excepção de alguns prémios de críticos que foram para ajudar Tomei na sua campanha pró-Óscar. E parece que está a dar resultado porque é a outra performance da qual mais se fala num filme que parecia ser só sobre Mickey Rourke. O seu talento é sobejamente reconhecido mas vinha-lhe faltando um bom papel. Pode ser que seja este que a faça voltar à ribalta onde antes já tinha estado. Viola Davis tem uma única cena de renome em Doubt mas nessa cena Meryl Streep desaparece – o que é bastante impressionante. Mas é verdade. Tem lugar assegurado neste top. A fraude de categoria de Winslet poderá ser a única forma de finalmente (!) lhe concederem uma estatueta. Esta performance excepcional é a de uma protagonista mas que o estúdio decidiu passar para secundária. Assim, se for nomeada pelos dois filmes, é a nomeada com maior número de nomeações sem ganhar. O último lugar do top sairá da acesa luta entre De Witt/Winger/Adams/Henson. Os Globos preferiram Amy Adams, De Witt é a mais consensual (e talvez a melhor performance) – mas terá de ter atenção à competição interna pelo nome de Winger que tem mais sucesso e é mais reconhecida que ela, Henson tem uma prestação adorável em Benjamin Button mas não é suficiente para ser considerada decisivamente como constando do top. Vera Farmiga poderá assim espreitar uma remota possibilidade de ascender ao último lugar do top embora não seja muito provável – é uma boa interpretação mas o filme não tem buzz suficiente para fazer valer a prestação. E depois temos Blanchett que tem sido vendida como protagonista em Button mas se a sua base de fãs decidir que ela tem de surgir nalgum lado este ano a categoria secundária poderá ser uma boa alternativa. Ela não faz nada de particular protagonismo no filme e é mais uma acompanhante de Pitt – o que poderia explicar a sua nomeação. Já vi nomeações de Óscar que valeram por menos que isso. E se Winslet pode tentar, então… A vitória será de Cruz quase sem dúvidas. Winslet e Tomei poderão dar luta mas Cruz tem tudo para ganhar (tal como Ledger, aliás). Só não tem hipóteses se a AMPAS achar que pode dar a Streep a estatueta de Melhor Actriz e a Winslet a de Melhor Actriz Secundária. Aí, Cruz perde. Durante o ano, Cruz, Henson, Basinger, Winger e Davis começaram, depois troquei Winger por De Witt e Basinger por Tomei e claro, coma entrada de Winslet teria de tirar alguém e achei que Henson fosse cair.

Melhor Filme Estrangeiro (Best Foreign Film)

1. Gomorra / Gomorrah (Itália)
2. Entre Les Murs / The Class (França)
3. Waltz with Bashir (Israel)
4. Maria Larsson’s Evigia Ögonblick / Maria Larsson’s Everlasting Moment (Suécia)
5. Der Baader Meinhof Complex (Alemanha)
6. O’Horten / Reprise (Noruega)
7. Los Girasoles Ciegos / The Blind Sunflowers (Espanha)
8. Última Parada 174 / Last Stop 174 (Brasil)
9. Revanche (Áustria)
10. Sangre de mi sangre / Blood of my blood (Argentina)


A luta será entre Gomorra e Entre Les Murs para vencer apesar de Waltz with Bashir de Israel, provável nomeado também na categoria de Melhor Filme Animado e provável perdedor face a Wall-E, poder ser recompensado com uma vitória aqui. Mas eu acho que Gomorra tem tudo para vencer.

Melhor Argumento Original (Best Original Screenplay)


1. Wall-E (Andrew Stanton)
2. Rachel Getting Married (Jenny Lumet)
3. Milk (Lance Black)
4. Vicky Cristina Barcelona (Woody Allen)
5. The Visitor (Thomas McCarthy)
6. Happy-Go-Lucky (Mike Leigh)
7. Synechdoche, New York (Charlie Kauffman)
8. Frozen River (Courtney Hunt)

Aqui não há grande ajuda para escolher os nomeados, por isso eu vou-me seguir pelo teor da história e pelo que se tem falado nos últimos tempos. Os Globos não ajudam porque para Melhor Argumento só elegeram argumentos adaptados. A maioria dos bloggers concorda em Milk, Wall-E, Rachel Getting Married e Vicky Cristina Barcelona. O primeiro porque é uma história interessante e comovente, o segundo porque é extraordinariamente belo (até parece mentira), o terceiro porque a família, os laços enraizados em cada um deles e a história em si e o caminho que os guia ao longo do filme parece ser muito bem estruturado e explorado e o derradeiro porque é Woody Allen e porque a prestação dos três actores é muito boa. The Visitor parece também estar a ter boas críticas quanto ao que o argumento diz respeito e parece ser neste momento o último candidato. Mike Leigh, Kauffman e Courtney Hunt escreveram boas histórias, tal como Seigel (The Wrestler) mas não sei se é suficiente. Poderão depender dos seus actores serem nomeados (Leigh com Hawkins e Hunt com Leo e Kauffman com Hoffmann). Vitória entre Wall-E e Milk (acho eu) com Rachel na luta.

Melhor Argumento Adaptado (Best Adapted Screenplay)

1. Slumdog Millionaire (Simon Beaufoy)
2. John Patrick Shanley (Doubt)
3. The Curious Case of Benjamin Button (Eric Roth)
4. The Reader (David Hare)
5. Frost/Nixon (Peter Morgan)

6. The Dark Knight (Jonathan Nolan)
7. Revolutionary Road (Justin Hayte)
8. Elegy (Nicholas Meyer)

Todos a apostar em Slumdog Millionaire com Simon Beaufoy a fazer a história do provável vencedor do Melhor Filme de 2008. Além deste só mesmo Shanley (ganhou Pulitzer e Tony) a adaptar a sua própria peça e Eric Roth a adaptar a obra de Scott Fitzgerald podem ter algum sucesso. Depois torna-se complicado de prever mas se formos pelos Globos Peter Morgan (também a adaptar a sua própria peça e nomeado em 2007 com The Queen) e David Hare (a adaptar o romance de Schlink) são os outros nomeados. Ainda assim eu tenho um palpite que ou Hayte de Revolutionary Road (adaptação do romance de Yates) ou Nolan de The Dark Knight (adaptação das BD da DC Comics) vão estragar as contas a um dos cinco nomeados dos Globos. A minha aposta é que Peter Morgan vai naufragar e permitir que a excelente história de Nolan não passe ser o devido reconhecimento. Elegy foi colocado em 8º lugar mas é só para fazer número. Não estou a ver mais nada a meter-se no caminho dos sete primeiros.

Melhor Filme Animado (Best Animated Feature)

1. Wall-E
2. Kung-Fu Panda
3. Waltz with Bashir
4.
Bolt
5. Dr. Seuss’ Horton hears a Who!

Alguma dúvida? Wall-E. Os outros devem festejar a nomeação. Nada mais.

Melhor Documentário (Best Documented Feature)

1. Man on Wire
2. Trouble the Water
3. Standard Operating Procedure
4. American Teen
5. Encounters at the End of the World

6. Dear Zachary
7. At the Death House Door
8. IOUSA

Um pouco à deriva aqui. Acho que os três primeiros serão nomeados. Man On Wire limpou a maioria dos prémios para melhor documentário. Trouble the Water tem surpreendido pela positiva. Standard Operating Procedure recebeu nomeação pelos críticos de Chicago. Agora os outros dois… mais difícil saber. Como os outros três documentários de Hertzog foram nomeados, espero que Encounters at the End of the World também o seja mesmo que não seja tão bom. E depois American Teen é o que eu acho mais parecido com as escolhas da AMPAS dos últimos anos. Mas as minhas outras três escolhas também foram nomeadas pelos críticos de Chicago (que ao fazerem uma lista de nomeados me dão uma ajudinha a escolher aqueles que acho que vão a prémio). Para a vitória? Man on Wire tem grande probabilidade de vencer.

Melhor Guarda-Roupa (Best Achievement in Costume Design)

1. The Curious Case of Benjamin Button (Jacqueline West)
2. Revolutionary Road (Albert Wolsky)
3. Australia (Catherine Martin)
4. Changeling (Deborah Hopper)
5. The Duchess (Michael O’Connor)
6. The Dark Knight (Lindy Hemming)
7. The Reader (Ann Roth)
8. Brideshead Revisited (Eimer Ni Mhaoldomhnaigh)

À partida são os cinco nomeados. The Dark Knight e The Reader podem estragar as contas mas não devem causar grandes danos daí que me mantenha nas minhas decisões.


Melhor Filmagem (Best Achievement in Cinematography)

1. The Dark Knight (Wally Pfister)
2. Slumdog Millionaire (Anthony Mantle)
3. Revolutionary Road (Roger Deakins)
4. Australia (Mandy Walker)
5. The Curious Case of Benjamin Button (Claudio Miranda)

6. The Reader (Chris Menges)
7. Milk (Harry Savides)
8. Vicky Cristina Barcelona (Javier Aguirre)

Pfister e Deakins quase certos, algumas nomeações e reconhecimento dentro da AMPAS. Mandy Walker, Claudio Miranda e Anthony Mantle são novatos sem nomeações e podem sofrer com isso não importa a qualidade do seu trabalho ou a qualidade do seu filme. Não acredito que sejam prejudicados por isso porque Slumdog é amado pelo público, Australia tem como único ponto positivo as paisagens e o encanto natural que nos é passado pela tela e Benjamin Button beneficia muito do bom olho do seu camera man. Se no entanto eles se sentirem mal por dar uma nomeação a um novato, o prémio pode cair em Menges que já foi nomeado e vencedor (3 nomeações, 2 vitórias) ou a qualquer cinematógrafo noutro filme conhecido, mais provável Savides de Milk.

Melhor Direcção Artística (Best Achievement in Art Direction)

1. The Dark Knight (Nathan Crowley)
2. The Curious Case of Benjamin Button (Donald Burt)
3. Australia (Karen Murphy)
4. Revolutionary Road (Kristi Zea)
5. Doubt (David Gropman)

6. The Reader (Brigitte Boch)
7. Slumdog Millionaire (Mark Digby)
8. Changeling (James Murakami)


Confiante neste alinhamento. Só temendo que a febre e furor de Slumdog Millionaire leve também a uma nomeação nesta categoria. Nesse caso, acho que quem ia sofrer com isso seria talvez Doubt ou Australia. Se Revolutionary Road não parecer muito artístico na sua essência talvez Boch poderá ter hipótese de entrar com o seu The Reader.


Melhor Edição (Best Achievement in Editing)

1. Slumdog Millionaire (Chris Dickens)
2. The Dark Knight (Lee Smith)
3. Frost/Nixon (Daniel Hill)
4. The Curious Case of Benjamin Button (Baxter & Wall)
5. Revolutionary Road (Tariq Anway)

6. Iron Man (Dan Lebental)
7. Milk (Elliot Graham & Van Sant)
8. Defiance (Steven Rosenblum)


Aqui quase atirado à sorte. De edição não percebo muito. Quem perceber que me ajude. Na maioria dos casos os nomeados para Melhor Filme são premiados aqui também. Daí que baseei a minha aposta em quatro dos nomeados (Slumdog e Frost/Nixon que são fáceis de editar; The Dark Knight que tem uma edição razoável mas que precisa dessa nomeação nas categorias técnicas; The Curious Case of Benjamin Button porque o filme está muito consistente, mesma razão pela qual escolho Revolutionary Road ao invés de Milk). Se houver alguma troca, é Milk no lugar de Revolutionary Road ou The Dark Knight.

Melhores Efeitos Visuais (Best Achievement in Visual Effects)
1. Iron Man
2. The Curious Case of Benjamin Button
3. The Dark Knight
4. Australia
5. Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull

Dos quinze já pré-seleccionados estes cinco parecem ser os maiores candidatos. O flop de Australia e o sucesso geral de The Dark Knight parecem dar um incentivo a que este último ocupe o pódio ao lado dos outros dois grandes concorrentes à vitória.

Melhor Maquilhagem (Best Make-Up)

1. The Curious Case of Benjamin Button
2. The Dark Knight
3. Chronicles of Narnia: Prince Caspian

4. The Reader
5. Changeling


A maquilhagem é sempre interessante de prever. The Joker ficou imortalizado como um génio maquiavélico muito graças à sua nova maquilhagem (bónus!). Brad Pitt tem 45 anos mas vai ter de fazer tanto de jovem de 20 como de velho de 70. Deve ser impressionante o suficiente para valer a Benjamin Button a nomeação. E Crónicas de Nárnia, bem, se não ganhar uma nomeação aqui…


Melhor Banda Sonora (Best Score)

1. Changeling (Eastwood)
2. The Curious Case of Benjamin Button (Desplat)
3. Slumdog Millionaire (Rahman)
4. The Dark Knight (Zimmer/Newton Howard)
5. Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull (Williams)

6. Milk (Elfman)
7. Defiance (Newton Howard)
8. Frost/Nixon (Zimmer)
9. Wall-E (Newman)
10. Revolutionary Road (Newman)


Aqui também em termos de ajuda não há muita. Os Globos e os BFCA nomearam ambos Changeling, The Curious Case of Benjamin Button e Slumdog Millionaire por isso aposto que estarão na corrida pela estatueta. Depois, os BFCA escolheram The Dark Knight e Milk e os Globos optaram por Frost/Nixon e Defiance. Mas como nenhum dá para prever na exactidão as escolhas da AMPAS… John Williams e o seu Indiana Jones não foram nomeados por ninguém mas a verdade é que não houve um Indiana Jones que não o fizesse ser nomeado – e se formos pelo amor da Academia, Williams está dentro (45 nomeações e cinco vitórias!). Também Newman poderá estar dentro, quer por Wall-E (mais provável) quer por Revolutionary Road. Apostei em The Dark Knight porque entre a banda sonora que Zimmer fez para este e Frost/Nixon e a banda sonora de Newton Howard para Defiance e esta acho que a Academia vai preferir a do guerreiro encapuzado. É só um palpite. E o outro lugar do top 5 é ocupado por Williams porque, enfim, apesar de não ser nada de especial ele foi sempre nomeado quando tinha uma banda sonora elegível. Se não optarem por ele, entra Elfman com a sua banda sonora.

Melhor Canção Original (Best Original Song in a Motion Picture)

1. The Wrestler (Bruce Springsteen, The Wrestler)
2. Down to Earth (Peter Gabriel, Wall-E)
3. I Thought I Lost You (Miley Cyrus & John Travolta, Bolt)
4. Jai-Ho (A. Rahman & Gulzar, Slumdog Millionaire)
5. Gran Torino (Clint Eastwood, Gran Torino)

6. Once in a Lifetime (Beyoncé Knowles, Cadillac Records)
7. Another Way to Die (Jack White & Alicia Keys, 007 Quantum of Solace)
8. The Call (Regina Spektor, Chronicles of Narnia: Prince Caspian)
9. I Want It All (Zac Effron & Vanessa Hudgens, High School Musical 3)
10. Up to our Nex (Robyn Hitchcock, Rachel Getting Married)


A luta deverá estar com 100% de certeza entre Springsteen e Gabriel porque é impensável nesta altura que as suas canções não estejam na cerimónia a 22 de Fevereiro. E se actuarem ao vivo então… Lindo! Muitas vezes a Academia não sabe se terá apenas três nomeados ou cinco (o ano passado e em 2006 foram cinco, há dois anos só três) e isto varia dependendo da qualidade das interpretações, da qualidade geral da música no filme e até na quantidade de canções elegíveis. Acho que este ano até há grandes canções mas acho também que a AMPAS vai ter apenas três nomeados. As canções de Wall-E e The Wrestler estão seguras. O último lugar do pódio vai pertencer a quem ganhar a guerra Eastwood/Cyrus/Rahman. Se o ramo musical da AMPAS for por atracção geral do público, o nomeado é Rahman por Slumdog Millionaire. Se a AMPAS optar pelo artístico e pelo mais “parecido com Óscar” vai escolher Miley Cyrus e Travolta (até porque para actuar em directo só isso já aumentaria as audiências). Se os Óscares forem pela maluqueira do costume, Eastwood – porque nunca foi nomeado nesta categoria e até pela atracção de o ver actuar ao vivo – pode ser o nomeado. Não sei. Se forem cinco nomeados, está aqui o alinhamento principal. Quase de certeza. Se a maluqueira por Eastwood não se confirmar, Beyoncé ou Alicia Keys poderão ter lugar.

Melhor Edição de Som (Best Achievement in Sound Editing)

1. The Dark Knight
2. Iron Man
3. Wall-E
4. The Curious Case of Benjamin Button
5. Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull

6. Defiance
7. Slumdog Millionaire
8. Quantum of Solace, 007

Melhor Mistura de Som (Best Achievement in Sound Mixing)

1. The Dark Knight
2. Iron Man
3. Wall-E
4. The Curious Case of Benjamin Button
5. Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull

6. Defiance
7. Slumdog Millionaire
8. Quantum of Solace, 007


Aqui as minhas escolhas são iguais. Os quatro primeiros lugares estão praticamente assegurados. O último lugar vai vir do duelo entre Indiana Jones e Defiance. Só se a febre de Slumdog aqui também pegar. Se tudo correr bem o vencedor vai sair do duelo entre The Dark Knight e Iron Man. A avaliar pela qualidade de um e de outro no que concerne estas categorias, o vencedor provável seria Iron Man. Mas se formos pelo furor e pelo buzz de Melhor Filme, The Dark Knight poderá sair vencedor.

1 comentário:

Anónimo disse...

Perante tal post, pouco há a comentar:D

Apenas na categoria de melhor canção, eu gostava muito que "The Call" (Regina Spektor) fosse nomeada (a letra, as interpretações…), mas sem dúvida que The Wrestler (Bruce Springsteen) bate qualquer uma, é fabulosa, simplesmente contagiante:)

Comentadora não secreta...;)
Joana Vaz