Liberdade?

Bem, sinceramente estou um bocadinho chateada, portanto perdoem-me se, por alguma vez, exagerar na minha redacção..

(Villa Romana Rabaçal, Maio 2009)

Não sei se o título é o ideal mas, a liberdade tornou-se um dos meus demónios interiores, dai, que vou ter que lhe falar com muita franqueza..

Toda a gente estará farto de ouvir a dita frase “a minha liberdade acaba quando começa a do outro”.
Ora, se eu sou livre, posso vir para aqui dizer mal de a,b,c porque me apetece.. E quando alguém ousar perguntar-me o motivo que me levou a tal coisa a minha resposta será “apeteceu-me”..
E posso eu fazer isso porque me apetece?
Não me parece.. A liberdade do outro começou, e não posso andar por aí a fazer coisas sem motivo justificado..
Se acuso alguém, tenho que ter provas.. ou, pelo menos reconhecer que “parece-me” desta ou daquela forma..
Obviamente, se alguém me chamasse a atenção e dissesse, “parece-te, mas não é bem assim”, aí, teria que reconhecer o meu erro e pedir desculpas ao lezado.. Não lhe chamaria ditador por isso..
A mesma situação verifica-se com os nossos actos, mesmos que estes não se destinem a ninguém em concreto.. mesmo que sejam “coisas” colocadas aqui ou ali.. Não devemos fazer o que nos apetece, só por fazer, sabendo que podemos estar a “incomodar” alguém.. Mais grave será se a situação já se tiver anteriormente verificado..

Poderei eu fazer tudo o que quero porque me apetece? Ou há algo que me diz que há coisas, que limitando a liberdade dos outros, não deverei fazer, se para isso não tiver um motivo fundado?

Parece-me que liberdade claro..
Sugestões? Sim..
Agora.. ditadores e insistências? Não..

Mas cuidado.. porque o outro, é tão livre quanto nós..
Cuidado com as tentações da liberdade..
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