O que voltamos a ver neste programa eleitoral, é que a cultura não é uma prioridade..
A questão da transversalidade entre ministérios - Economia - Educação - Cultura estão presentes. ( à semelhança do que sucede nos do BE e CDS)
No que concerne à preservação do património (a que o BE não se dedica) diz-se que pode ser feito em "parceria com entidades interessadas". Daí se depreende a participação dos mecenas privados (que o CDS diz não puderem substituir o Estado, mas ajudá-lo).
Deve ser feito Investimento Público nos centros históricos e no património cultural, tendo em vista a sua preservação.
Defesa de igualdade de oportunidades no acesso aos bens culturais. Descentralização da oferta.
"Numa visão descentralizadora, partilharemos as responsabilidades e o poder de decisão no domínio cultural com os agentes e criadores culturais e com as autarquias locais, universidades, fundações, empresas e outras instituições, bem como com os privados e outras entidades, quer na conservação e manutenção do património, quer no estímulo à criação cultural." E desta bela citação do programa depreendo eu que.. obrigações deste género não são para o Estado.. São inúmeras as entidades para partilhar as obrigações.. portanto, o Estado está limpo.. :s
Financiamento público com relação directa com os objectivos dos programas e instituições.
Apoio à criação artística contemporânea (tal qual como defende o BE), divulgação do que é feito e produzido (BE e CDS também falam disto), com recurso a mecenas. (o CDS refere que deve ser revista a lei do mecenato.. mas que o Estado não pode fugir às suas obrigações - neste programa, o que parece é que há uma responsabilização dos privados em detrimento da acção estatal)
Necessidade de definir os equipamentos culturais estruturantes para o país, dialogando com os responsáveis das áreas intervenientes. Eu só não sei, é o que é que significa "equipamentos culturais estruturantes" :)
À semelhança do que refere o BE, o PSD defende o reforço dos meios humanos em arquivos.
Defende-se também uma expansão da rede de bibliotecas (CDS e BE), com catálogo único e conteúdos digitalizados; a continuidade do Plano Nacional de Leitura (CDS); a expansão da língua portuguesa na CPLP (CDS - defende expansão e divulgação, principalmente nos PLOP).
À semelhança do defendido por CDS e BE, o PSD também aposta na internacionalização da cultura portuguesa. É ainda pretendido criar uma rede de turismo cultural em todo o país, tendo em vista o seu desenvolvimento. Turismo cultural este que surge nos outros dois programas já analisados, em perspectivas diferentes.
E, finalmente, vemos o PSD defender que a televisão pública deve ser um meio de difusão cultural.
Ora, com algumas ideias não referidas pelos outros dois partidos já aqui referidos, como esta última, o PSD faz uma aposta modesta na cultura, parecendo "empurrar" grande parte das obrigações de investimento para os privados.
Assim sendo, e nesta temática, faltam analisar dois planos de esquerda - PS e CDU.
1 comentário:
Epa que eu não tenho tempo quase nenhum para andar a passear por blogues... mas anyway tinha de vir cá.
De novo, leitura muito incisiva do programa do PSD e das suas políticas, acho que explicaste bem o teu ponto e portanto CDS a ganhar na Cultura, né? :)
E ela surpreendeu-me no programa dos Gato. Mesmo. Nunca pensei que os cadáveres tivessem piada.
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