sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Política Perdida

Bem, tinha que rapidamente tirar a cara da Manuela Moura Guedes desta posição :)

Ora, como sabem, estamos em ano eleitoral, e assim sendo, como eu acho que a política é uma área crucial para nós, vou "perder" algum tempo a debater as próximas eleições legislativas e autárquicas.. Sim, já sei, mas que grande seca.. :p

Na realidade, tendo em conta que é quase impossível, para quem tem mais que fazer da vida, ler na integra todos os programas eleitorais, vou apenas debruçar-me sobre alguns temas, alguns partidos..

Nesta temática, é complicado não tomar posições.. vou tentar não ser muito parcial nalguns assuntos, mas..

Tendo também em conta que não sou nenhum sabe tudo do assunto, isto são só opiniões e comentários, que visam uma melhor reflexão e conhecimento para os futuros actos eleitorais.

Acho que feita a declaração inaugural desta "crónica", posso partir aquilo que é realmente importante, e falar de políticas..

Para começar, o MEP - Movimento Esperança Portugal.
É o primeiro, porque foi o primeiro a chegar à caixa de correio ;)
Para mais informações, basta clicar aqui.


"Para renovar a política" "Para ajudar a construir Portugal"
Ora, o MEP é, depois das eleições europeias, a 6ª força política portuguesa, e é possível que venha a eleger deputados se obtiver um nº de votos similar ao que conseguiu nas últimas eleições.

As propostas do Mep giram muito à volta de questões sociais - crianças, idosos, desempregados, apoio à família.
No que concerne às questões de saúde - aposta nos cuidados paliativos [corrigido o erro] e num aumento do nº de médicos de família, em sistema de USF (Unidades Saúde Familiar).
Nas questões de educação - forte aposta no pré-escolar gratuito e numa "escola melhor".
Financeiramente, a aposta seria no micro-crédito e os impostos para manter.
Acrescentar ainda o incremento da rede de transportes públicos, o projecto cultural, Articultura e o incremento do policiamento, em questões de segurança.

Embora não seja referida nas propostas do folheto, há um objectivo referido no mesmo "A nossa identidade: cuidar da memória e da herança para o futuro" - portanto, caminhamos para a cultura.

Um aspecto que achei curiosamente estranho foi o "factoring" do estado e reciprocidade do estado com cidadãos e empresas.
Se bem percebi, um conceito de igualdade na questão das dívidas e juros entre os três elementos. O que é bem visto, o estado pagar o mesmo que os outros.. mas.. quando juntamos a questão do factoring, quem iria pagar as dívidas seria a Caixa Geral de Depósitos..
Parece-me.. estranho..
Quem souber mais, que se manifeste ;)

Sendo o Mep uma das forças políticas excluidas de toda aquela divulgação mediática, achei por bem fazer este apanhado..
As próximas reflexões não se assemelham a esta.. Portanto, teremos comparações a nível de programas eleitorais. (Cultura será o primeiro assunto em debate - e aí, não vou ser tão pacífica nos comentários)
*

7 comentários:

Jorge Rodrigues disse...

Remeto-te para um artigo brilhante no Inimigo Público, parte integrante do Público de hoje, sobre as coligações de um possível governo.

Genial.

Jorge Rodrigues disse...

E escreve-se PALIATIVOS

Jorge Rodrigues disse...

Espero que fales sobre o programa da Saúde dos vários partidos. E também podemos analisar os debates que têm decorrido.

Sara Almeida Silva disse...

Ahah Sara super heroina, sim?

A saúde não me interessa particularmente, portanto não vai ser dos meus primeiros temas.

Falar dos debates é complicado, só vi o Sócrates-Portas.

Jorge Rodrigues disse...

Só houve 2 lol. E tu viste o melhor. Tipo o debate Louçã-Jerónimo foi literalmente um bater palmas um ao outro, as políticas batiam todas na mesma tecla, a única diferença foi quando tiveram que explicar o porquê de votar PCP ou BE. Aí foi o Carmo e a Trindade. Mas o Louçã ganhou ao Jerónimo facilmente.


Amanhã há outro, Jerónimo-Sócrates e tens Louçã-Ferreira Leite no Domingo.

Sara Almeida Silva disse...

Hm.. E a mim pareceu-me que o Portas ganhou..
Sócrates passou o debate todo a dizer "e quando o sr teve no governo isto, e aquilo". Como se o Portas lá tivesse tado sozinho, e fosse o titular de todas as pastas..

Deve ter sido como o que vai opor Leite - Portas.. :p

*Ate manha

Rui MCB disse...

Olá. Sou candidato ao MEP pelo distrito de Lisboa tenho muito gosto em tentar aprofundar um pouco mais a medida relativa ao factoring que levantou dúvidas. O factoring é um contrato em que o detentor de um direito (de uma dívida que outrem tem para com ele) acorda com uma instituição financeira a entrega do montante por troca com o direito de cobrar a dívida. O ganho da instituição financeira é uma comissão.
O Estado deve-me 100€, eu levo a prova da dívida ao Banco, recebo os 100€, o Banco fica com o titulo e (na nossa proposta) receberá a comissão paga pelo devedor quando este for pagar a dívida. O devedor é o Estado o accionista da CGD. Em todo o caso, esta medida pode ser alargada a outras instituições financeiras.

Espero ter ajudado. Qualquer dúvida disponham.
http://twitter.com/RuiMCB
ruicerdeirabranco@gmail.com
http://mep.pt