domingo, 10 de maio de 2009

A Chama Imensa

Domingo, 26 de Abril de 2009

O árbitro dos jogos do Sporting devia ser o Paulo Bento

Ninguém pode acusar o Paulo Bento de ser incoerente: quando o Sporting é prejudicado, critica a arbitragem; quando o Sporting não é prejudicado, também critica a arbitragem. Na dúvida, critica sempre a arbitragem.
Se os árbitros não cumprem as regras, fica furioso; se cumprem, fica possesso.
A razão parece-me evidente: Paulo Bento, na verdade, não sabe as regras.
Por exemplo, quando se queixa de que João Moutinho viu um amarelo logo à primeira falta, em Guimarães, revela desconhecer que o critério para a exibição do amarelo é a gravidade da infracção, não o facto de ser a primeira, a quinta ou a décima nona.
Quando diz que o golo do Sporting não deveria ter sido invalidado, mostra que ignora a existência de uma infrcção chamada pé em riste.
Só tem razão quando estranha que Derlei tenha visto o cartão amarelo. De facto, devia ter visto o vermelho por acumulação: se o árbitro tivesse feito o seu trabalho, Derlei já estaria amarelado desde a primeira parte, depois de ter protagonizado uma das mais patéticas simulações de penalty desta temporada. A minha proposta é que Paulo Bento passe a arbitrar os jogos do Sporting. Poupava-se muito tempo e páginas de jornal, porque só há um profissional cujo trabalho Paulo Bento não critica no fnal dos jogos: Paulo Bento.

A SAD do Porto pôs-se a pensar e descobriu que aquilo que faz falta ao futebol português é que os árbitros protejam mais os jogadores portistas. O comunicado da SAD falava em "jogadores talentosos", mas o que eles queriam dizer era "jogadores portistas". É linguagem codificada, como aquela conversa da fruta e do café com leite. eles são bons nisso.

É mais um caso humorístico do futebol português: o clube de Frasco, André, Jaime Pacheco, Fernando Couto e Paulinho Santos emitiu um comunicado a queixar-se dos caceteiros. Qualquer dia estão a emitir um comunicado a condenar esses dirigentes que convidam árbitros para um cafezinho em sua casa.
No fundo, trata-se de uma hipocrisia espectacularmente múltipla: por um lado, a equipa que passou a década de 90 a rebentar à cotovelada o maxilar de um dos mais talentosos jogadores do futebol português está indignada com esses sarrafeiros que andam para aí a lesionar artistas; por outro, eles sabem perfeitamente que a melhor maneira de proteger os jogadores talentosos do plantel do Porto é pôr o Bruno Alves a treinar-se à parte.
Talvez o comunicado seja um recado para o Bruno Alves. Para a próxima, chamem-no à parte e digam-lhe em privado. Assim, envergonham o rapaz.

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