quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Mensagem de Ano Novo.. versão testamento :)

Bem, hoje é o último dia de 2008..

Tinha duas hipótese, ou fazia um balanço com factos do ano que finda, ou fazia projectos pro ano seguinte.. Mas partindo do pressuposto que "o passado foi à história" e "para quê fazer projectos quando sai tudo ao contrário", optei por fazer tudo e nada ao mesmo tempo.. ou "fazer de tudo um pouco"..

Hoje, acordei duma forma diferente da dos outros dias.. Fui acordando, pensando e repensando.. Parece haver algum nervosismo no último dia do ano. Porquê? Não sei..

Deu-se, como na história, uma sucessão de acontecimentos sucessivos.. Acordar, recordar um facto, uma pessoa, um acontecimento.. Adormecer, sonhar com algo e rapidamente despertar.. uma crise cíclica de sono.. uma crise cíclica como as da economia.. uma crise cíclica como a passagem de ano.. Sim, a passagem, porque a passagem é tudo.. A importância duma porta, um local por onde se passa, a Páscoa, uma passagem.. E, a nossa vida, passagens contínuas, umas mais condicionadas, outras menos..

Bem, entretanto, rapidamente me deparo com a luz do dia, são 8:35.. Há qualquer coisa que não bate certo.. Há um atentado em Bilbao, há conflitos em Gaza, há crise económica, bolsas em roda viva, e é o último dia do ano, em nada diferente dos outros dias.. Parece que é hora de olhar pra dentro..

Como verdadeira ocidental, corro os canais de televisão, qual não é o meu espanto quando ouço uma voz familiar.. Sim, havia alguém conhecido a falar na televisão.. Percebi que sim, já tinha ouvido tudo aquilo antecipadamente, numa ou outra aula.. E sim, criticavamos mais uma vez a sociedade ocidental, a massificação, o consumismo, as coisas.. sim, porque tudo são coisas..

Olhei prós lados, a mobilia continuava indiferente.. avancei na perseguição de algo que me fizesse voltar a dormir.. em vez disso, encontrei algo que me despertou ainda mais.. Csi.. Como viciada que fui, e que deixei de ser.. Não quis perder o episódio.. Eis que falavamos de uma perseguição.. de memórias duma vida num puzzle.. e no fim, não, não houve conclusões.. porque tudo continua no próximo episódio, na roda viva do futuro, do que se segue, do que há-de vir.. porque sim, há sempre a velha pergunta do "quem és tu de novo?".

O episódio acabou, o sono voltou.. Como todo e qualquer sono pela manhã, é mais fácil lembrarmo-nos dos sonhos.. ou dos pesadelos.. e continuava a haver qualquer coisa que não batia certo.. Voltei a acordar, desta vez com o bater da porta.. alguém chegava e entretanto era hora de almoço.. sim, desta vez, o último acordar de 2008 foi mesmo um "sentes-te estranho, tens as mãos húmidas e frias"..

Curioso, ou talvez não, lembrava-me de todos os pormenores do sonho estranho.. Será que "sentei à minha mesa os meus demónio interiores?" de qualquer forma, "não podias deixar de sentir que o culpado és tu".. Sim, era eu.. Com o vício das reflexões e coisas que tal..

Numa certa noite, alucinante, havia terroristas.. :) terroristas que tinham sequestrado um grupo da SWAT.. e que sim, estavam em Oliveira de Azeméis.. Entrando num estacionamento não muito longe daqui.. Entretanto, avistando possíveis reféns, mudaram rapidamente de destino.. Poupando muitos dos outros pormenores, houve bombas, gás, mas no fim tudo ficou a salvo, e no dia seguinte, continuou a busca dentro de casa pelos engenhos.. E eles estavam lá..
Enquanto uns corriam perigo, outros prosseguiam a sua vida.. Na dita roda viva.. Porque é isso que nós fazemos.. vivemos sozinhos a nossa vida, cheios de medo pelo que ouvimos, ou fingindo não o ter.. Enfim.. talvez o meu sonho tenha sido o melhor balanço..

Aquele que exprime a insegurança.. o medo.. o pânico.. a agonia.. É assim viver hoje, nos dias que correm, em que não chega dizer coisas bonitas é preciso fazê-las..

Eu não quero mudar o mundo, nem salvá-lo, nem ser conhecida e aparecer nas notícias.. Quero apenas seguir a minha rota, seja ela qual for, e gozá-la bem..

Depois de tudo isto, e de tantas ideias saltitarem.. de tanto pensar com os meus demónios interiores.. voltei à roda viva da vida.. Era preciso fazer a cama, arrumar a cozinha, colocar a mesa para o jantar de passagem de ano e outras tantas coisas..

Era preciso desejar bom ano aos amigos, aqueles que percebemos que esquecemos.. aqueles que nos esqueceram, aqueles que nos magoaram..
Entretanto, eis que me deparo com uma frase "o mundo está perdido", e não, desta vez, não era eu a dizê-la..

Andamos na roda viva das confusões, dos sentimentos, de agir sem pensar no que isso pode causar ao outro.. "a liberdade é uma maluca" é preciso ter cuidado com ela também.. “andamos em voltas rectas na mesma esfera”..

De qualquer forma, o dia não acabou e certamente vai continuar assim.. com agitação, problemas.. Porque não sabemos quem cá está pró ano, amanhã ou mesmo daqui a pouco.. Porque o importante é viver.. Mas viver sem pensar e reflectir não é viver.. Pensamos, existimos.. Mas cuidado, pensar é dificil, por vezes magoa-nos mais do que qualquer outra coisa.. "Quando as crianças brincam, e eu as ouço a brincar, alguma coisa em mim, começa a se alegrar".. Era bom, quando eramos crianças e não pensavamos, e isso não nos causava dor..

Pois é.. Não se esqueçam.. no próximo ano "sê todo em cada coisa, e põe quanto és, no mínimo que fazes", reconhece os problemas, pede ajuda, senão "enquanto ficares à espera, ninguém te pode ajudar", vais continuar "com o desgaste às costas".

E porque isto já está demasiado longo, espero que o vosso ano tenha "de tudo um pouco".. muros e pontes.. desertos, selvas, montanhas e planicies.. Porque precisamos de tudo para progredir, e eu não tenho uma perspectiva muito optimista do que por aí vem, portanto, não se esqueçam também que "o melhor presente é uma porção de ti mesmo"..

E "este convite é para ti, acaso aí chegar"..
"Deixo na porta um volto já" e até para o ano :)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Poemas perdidos

E volto eu aos meus poesmas xD

"Amor"
Que sentimento estranho é este
Que nos deixa tão diferentes
Com uma nova perspectiva
Deste longo caminho que é a vida
A alegria que sentimos
A troca de olhares
Falar sem ser preciso dizer nada
Todos os sentimentos partilhados
Quando estamos com a pessoa amada
Pode parecer esquisito, ridículo talvez
A forma como nos deixamos envolver
Como nos deixamos levar por ele
Mas é isto o verdadeiro amor
O sentimento mais puro e verdadeiro
Que existe à face da Terra
E quando é verdadeiramente correspondido
Não há nada nem ninguém
Que o consiga destruir
Agora e para sempre
Love is all we need!!!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Música Perdida..


É, portanto, da praxe..
Mais música perdida..
mais Jorge Palma, A Gente vai continuar.

Tira a mão do queixo não penses mais nisso
o que lá vai já deu o que tinha a dar
quem ganhou ganhou e usou-se disso
quem perdeu ha-de ter mais cartas p'ra dar
E enquanto alguns fazem figura
outros sucumbem á batota
chega aonde tu quiseres
mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada p'ra andar
a gente não vai parar
enquanto houver estrada p'ra andar
enquanto houver ventos e mar
a gente vai continuar
enquanto houver ventos e mar

todos nós pagamos por tudo o que usamos
o sistema é antigo e não poupa ninguém
somos todos escravos do que precisamos
reduz as necessidades se queres passar bem
que a dependência é uma besta
que dá cabo do desejo
a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo.

O Sado, Alcácer do Sal


Voltamos à questão do passado..
já passou? pode voltar? não se repete? as pessoas mudam?
Há os que ganham e os que perdem - podemos sempre inverter papéis no futuro.. ou jogar de forma diferente..
Portanto há gente pra tudo..
Não nos podemos é esquecer de gozar bem a nossa rota, porque chegamos sempre onde quisermos..

Não desistir.. porque vento, mar e estrada não devem faltar..
Eles efectivamente existem mas.. e se não forem eles literalmente?
Quem é a nossa estrada? O nosso vento? O nosso mar?
Há becos sem saída?

Usamos e pagamos.. moral da história.. "não atires pedras ao vizinho, que o mal vem-te pelo mesmo caminhos"? o dito sistema.. que não poupa ninguém..
"Somos todos escravos do que precisamos" e de quem precisamos também.. reduzir necessidades.. bem.. torna-se difícil quando não as reconhecemos como tal..
A dependência e a liberdade.. A dita besta, perigosa, dá cabe do desejo. A outra é uma maluca.. "que sabe quanto vale um beijo"..

Enfim, os sentimentos são confusos, complicados..
*

Sessão III - Arqueologia, Museus e Espólios Arqueológicos, versão II

Virgilio Hipólito Correia

Não há carência de leis quanto aos bens arqueológicos.

Espólio – bem nacional – museu.

“Os armazéns do IPA são cemitérios, catacumbas de sacos de material e informação”

3 papéis para o museu: guardar espólio móvel; centro de investigação e lugar de comunicação.

“Os museus de arqueologia são uma maçada.”- colecções sem enquadramento cientifico.

Arqueologia é ciência – o museu de arqueologia é um museu de ciência. Não basta expor, é preciso explicar.

Os museus são para uma cidadania informada – é para isso que se faz arqueologia – expõe-se uma interpretação (falível) mas que visa dizer às pessoas de onde vêm, como e porquê..

Necessário ter em conta a estrutura e os recursos humanos do museu.

Sara Cura

O exemplo de Mação – associação da CM Mação (CMM) e do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) – criar um centro de investigação com vários objectivos.

Entre muitos objectivos… aproximação com a comunidade – ex: elaboração de vídeo jogos.

“Tornar museus necessários à população”.
Os utilizadores do museu são, muitas vezes, alunos de mestrado e doutoramento.

Mação – um projecto preocupado com a sociedade, a comunidade envolvente e a economia local.

Seguiu-se o debate com a discussão de temas como:
Conceitos de público vs utilizador;
Museus sem condições para desenvolver todas as funções que lhe competiam – sugestão da criação de museus regionais tendo em conta a região em que se inserem;
Museus com registos ou arquivos com objectos;
ACFSilva – “No Porto há uma bandalheira nos museus”;
Protocolos entre museus e universidades são úteis a todos;

Muitas terras fazem da arqueologia um factor de desenvolvimento local e regional.

Fim sessão da manhã.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal :)

Pois bem, não tendo eu tempo para me alongar muito.. :)
Quero desejar às vossas pessoas e restantes família um óptimo natal..
Em que se viva a essência deste, em que se valorize o realmente importante..
Se calhar, o Natal é um motivo pra falarms com quem esquecemos durante o ano.. bem.. aproveitemos o motivo :)
Entretanto feliz natal.. e não se esqueçam.. "O melhor presente é uma porção de ti mesmo"
No entanto, como eu sou do contra, vou cá deixar a minha música de Natal ;) é só mesmo pra chatear :)


Last christmas :)

Last christmas I gave you my heart
But the very next day you gave it away
This year to save me from tears
I'll give it to someone special

Once bitten and twice shy
I keep my distance ut you still catch my eye
Tell me baby, do you recognize me?
Well, It's been a year
It doesn't surprise me

Happy Christmas
I wrapped it up and sent it
With a note saying I love you, I meant it
Now I know what a fool I've been
But if you kissed me now
I know you'd fool me again

Last christmas I gave you my heart
But the very next day you gave it away
This year to save me from tears
I'll give it to someone special

A crowded room. Friends with tired eyes
I'm hiding from you and your soul of ice
My God I thought you were someone to rely on
Me? I guess I was a shoulder to cry on

A face on a lover with a fire in his heart
A man under cover but you tore me apart
Now I've found a real love you'll never fool me again

Last christmas I gave you my heart
But the very next day you gave it away
This year to save me from tears
I'll give it to someone special

Last christmas I gave you my heart
But the very next day you gave it away
This year to save me from tears
I'll give it to someone special

**

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Música de natal

Mariah Carey - All I Want For Christmas Is You

I don't want a lot for Christmas
There's just one thing I need
I don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is... You

I don't want a lot for Christmas
There's just one thing I need
I don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I don't need to hang my stocking
There upon the fireplace
Santa Claus won't make me happy
With a toy on Christmas day
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you
You baby

I won't ask for much this Christmas
I don't even wish for snow
I'm just gonna keep on waiting
Underneath the mistletoe
I won't make a list and send it
To the North Pole for Saint Nick
I won't even stay awake to
Hear those magic reindeers click
'Cause I just want you here tonight
Holding on to me so tight
What more can I do
Baby all I want for Christmas is you

Ooh baby All the lights are shining
So brightly everywhere
And the sound of children's
Laughter fills the air
And everyone is singing
I hear those sleigh bells ringing
Santa won't you bring me the one I really need
Won't you please bring my baby to me...

Oh I don't want a lot for Christmas
This is all I'm asking for
I just want to see my baby
Standing right outside my door
Oh I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
Baby all I want for Christmas is...
You

All I want for Christmas is you... baby (repeat and fade)


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sporting x Académica e Oliveirense

Já que a Srª Sara, tão preocupada com a terrinha e com a sociedade não escreve, eu escrevo:
A U.D. Oliveirense ganhou ao S.C. Freamunde por 2-1 e assim NÃO saiu da zona de despromoção (uau!) porque o Gondomar ganhou e o Freamunde, bem, era quem estava à frente da Oliveirense e lá continua...

Sporting e Académica resolveram empatar a 0-0 em Alvalade. Eu, que tanto pedi que a Académica roubasse pontos ao Benfica e ao Porto, vi a minha Briosa roubar dois pontos ao meu clube do coração assim, sem mais nem menos. Não posso, como é óbvio, ficar triste. A Académica não merecia ter perdido porque jogou muito bem mas o Sporting não merecia ter empatado também porque fez mais do que o que era preciso para ganhar. Enfim... A sorte é que FC Porto e Leixões também empataram esta jornada (0-0 com Marítimo e 1-1 com Estrela da Amadora, respectivamente) daí que só se os Benfas fugirem de vista. Ainda assim acho que não está nada decidido. O ano passado o Sporting recuperou de uma desvantagem de 12 pontos para o Benfica...

Quem também decidiu (de novo) voltar à ribalta foi o pai de Miguel Veloso, o Sr. António Veloso, ex-defesa direito do Benfica e principal responsável pela perda da Taça dos Campeões Europeus em 1988 em Eindhoven ao falhar o pénalti que daria o 5-5 no desempate por grandes penalidades após igualdade a 0-0 na final ao fim de 120 minutos. Coitado. Decidiu vir reclamar com toda a gente (Sporting, administrativos, dirigentes, Paulo Bento, colegas...) a dizer que estão a queimar o Miguelzinho, que estão a fazer mal ao Miguelzinho. O Sporting deu-lhe fama e uma carreira e o que é que ele passou as férias a fazer? A dizer que queria ir embora, que estava à espera que o Sporting o libertasse para ele poder ir para onde quisesse. Naturalmente que não chegando nenhuma proposta substancialmente proveitosa para o Sporting, Paulo Bento quis ficar com o jogador.
Mas ele veio mais gordo, mais pesado, mais complicado, mais confuso, mais lento... Enfim, veio muito mas muito pior do que na época passada. E foi encostado. E claro que agora custa a readquirir a confiança do treinador. E volta para o banco. E ele desmotiva. Mas Paulo Bento tem de ver o que é melhor para o Sporting, um jogador descontente ou uma equipa perdedora. E acho que qualquer um escolhia o que ele também escolheu: prefere ganhar e afastar Veloso a continuar com Veloso e sofrer golos ridículos. Enfim. Não estou a defender Paulo Bento porque acho que ele já nos fez perder um GRANDE guarda-redes (Stojkovic) mas que também tem manias de vedeta e um GRANDE médio-centro (Carlos Martins) mas que também tem problemas psicológicos e sempre cheio de lesões. Ia perdendo Vuk mas vá lá que se redimiu e o mesmo se passou com Moutinho mas também já foi resolvido. Paulo Bento parece ser complicado de aturar mas eu acredito que está a fazer um bom trabalho. Em Portugal poucos deram tantas provas dadas como ele no pouco tempo à frente do Sporting. Melhor, só Bella Guttman e José Mourinho. Mas esses foram campeões europeus, terminaram campeonatos (quase) sem derrotas, etc. São foras-de-série. E os foras de série surgem uma vez por acaso. Esta geração já teve um. Mas Paulo Bento é um óptimo treinador. Tirando o campeonato (que não sei se já repararam mas o plantel sportinguista não tem a profundidade suficiente para muito mais) onde já esteve pertíssimo de ganhar (2006/07 terminou a um ponto devido ao roubo contra ao Paços de Ferreira senão ganhava; 2005/06 perdeu o clássico em Alvalade quando se ganhasse ficava com mais um ponto que o Porto) ganhou por duas vezes a Taça de Portugal (2006/07 ao Belenenses, 2007/08 ao Porto - em 2005/06 caiu por pénaltis aos pés do Porto na meia-final - aliás, só assim eliminam o Sporting da taça - 04/05 foi o Benfica, 05/06 e 08/09 o Porto), chegou à final da Taça da Liga o ano passado (com uma equipa remendada por completo), chegou invariavelmente longe na Taça UEFA (07/08 perdeu nos quartos com o Rangers, merecia ter passado - Rangers chegou à final) e até jogou bem na Liga dos Campeões (praticou sempre o melhor futebol do grupo em que esteve à excepção de 08/09, apurado em 2º, só perdendo com o Barcelona que é a melhor equipa da Europa; 07/08 em 3º depois de dar uma sova à Roma e mesmo jogar bem melhor que o Manchester United que só ganham em estaleca europeia; 06/07 em 4º jogando melhor que Inter e Spartak mas caindo vítima das fatalidades na última jornada perdendo por 3-1 em casa com os moscovitas). Assim este Sporting com Paulo Bento até tem resultado. Só esta época é que os resultados esquisitos e a má exibição geral do colectivo é que têm irritado os sócios e fãs do Sporting. Há que mudar. Com Veloso no grupo. Porque ele é importante. Porque é um senhor jogador. Porque precisamos dele. Porque ele fez um JOGÃO há dois anos em Munique e em Alvalade. Porque o Sporting se jogar o que sabe, com Veloso e "sans" Rochemback, pode arrumar o Bayern. Cambada de jogadores altos, toscos e com pontapé forte. Não fazem mais nada...

Óscares 2009: 22 de Dezembro

Daqui a precisamente um mês temos as nomeações para os Óscares 2009, cerimónia que honrará e distinguirá os melhores filmes e melhores prestações de 2008, marcada para 22 de Fevereiro no Kodak Theather, em Los Angeles, CA, Estados Unidos da América. E assim faço as minhas primeiras GRANDES previsões.



Melhor Filme (Best Picture)


1) Slumdog Millionaire
2) Milk
3) The Curious Case of Benjamin Button
4) The Dark Knight
5) Frost/Nixon
Maiores ameaças:
6) Wall-E
7) Doubt
8) Revolutionary Road
9) The Reader
10) The Wrestler

Nesta categoria parece-me a mim que os três primeiros lugares estão fechados. Slumdog Millionaire conseguiu vencer e ser nomeado para tudo (incluindo uma ridícula nomeação para melhor elenco nos SAG, prémios dos actores, ultrapassando The Dark Knight ou Rachel Getting Married que têm de facto melhor ensemble mas enfim… Loucura pelo filme às vezes dá nisto, porque de elenco não tem nada de especial) além de ter sido o escolhido dos críticos na maioria das cidades – Dallas, San Diego, Detroit, Boston, Florida, Phoenix, Washington DC. Não o acho um grande filme mas acho que tem tudo à partida para ganhar. O filme com o qual acho que Slumdog vai corajosamente disputar o prémio é The Curious Case of Benjamin Button, filme muito bonito e muito interessante com Brad Pitt e Cate Blanchett. Também a fazer o seu trabalho na época dos precursores dos Óscares, conquistou alguns prémios (de críticos só St. Louis e Boston mas carimbou nos Globos a nomeação para melhor filme dramático e depois foi nomeado no top 10 do AFI e no NBR (onde por exemplo Slumdog não consta) e nomeação no top 10 do BFCA e conseguiu nomeação para melhor elenco nos SAG como Slumdog. A seu favor tem o facto de ser um filme rico em efeitos especiais – o protagonista (Brad Pitt) rejuvenesce por assim dizer – nasce idoso e termina jovem adulto (porque como diz, «nasceu em circunstâncias anormais») e por isso a AMPAS (Academia das Artes e Ciências Cinematográficas – Academy for Motion Picture and Art Sciences) inteira poderá votar nele – não esquecer que a AMPAS é composta por técnicos, actores, realizadores, produtores… Enquanto que Slumdog terá de contar com o agrado geral das pessoas para ser votado. Milk é o outro que de certeza é nomeado. Apesar do esquecimento nos Globos (não nomeado, tal como The Dark Knight) parece-me que tem feito bem nos precursores (nomeado para top 10 do BFCA, AFI e NBR, nomeação nos Satellites e para melhor elenco do SAG). É um filme IMENSAMENTE gay – talvez a sua maior contrapartida. De resto é um excelente filme. Ganhou os prémios dos críticos de San Francisco e de Nova Iorque (além do prémio de melhor elenco para os críticos de Nova Iorque e para os de San Francisco). Agora a seguir é que a coisa aperta. O filme do ano deverá conquistar um dos cinco lugares. The Dark Knight tornou-se uma lenda com a morte de Heath Ledger. Sem dúvida. Ganhou o lugar na história como o filme com maior receita de bilheteira do dia de abertura, do fim de semana de abertura e do mês de abertura e tornou-se imortal ao ser o #2 no ranking de filmes com maior box office de sempre nos EUA. Depois é Nolan que o dirige e a Academia gosta dele e está atenta ao seu trabalho. Excelente elenco. Prémios dos críticos em Austin e Utah e ainda nomeação para top 10 do AFI, NBR e BFCA. Assim acho que tem lugar assegurado. Poderá sofrer de discriminação devido ao género do filme (filme de superherói). Ainda assim a Academia já mostrou que gosta do Batman mais do que dos outros superheróis. O género tem ainda vindo a ganhar força e o Spiderman de Raimi (em especial o terceiro), o Iron Man de Favreau e os X-Men de Singer têm mostrado quão bons podem ser estes filmes e estas histórias se bem aproveitados. E além disso acho que a AMPAS ia perder muito (e muito é dizer pouco!) nas audiências se não nomearem este filme. Agora o último lugar do top tem-me feito pensar muito. Nos últimos meses o meu top não tem sofrido muitas variações, à excepção do último lugar. Desde Junho que venho a prever que Milk e The Dark Knight estariam no top 5 da Academia. Em Outubro adicionei Slumdog Millionaire que surgiu um pouco do nada depois de ganhar em Toronto e de facto tomou rédeas da situação. Inicialmente vinha prevendo que Australia de Luhrmann e Defiance iriam estar no top 5. Defiance ficou no meu top pouco tempo, trocando-o em Agosto por Doubt. Mantive este último até há bem pouco tempo em que decidi trocá-lo por Revolutionary Road, mesmo antes dos precursores começarem a sério. Mas nos precursores o filme de Winslet & Di Caprio perdeu-se. Só os Globos apostaram a sério nele. Daí que decidi retirá-lo agora e incorporar no meu top 5 Frost/Nixon. Se dependesse da minha vontade e até da vontade geral, Wall-E estaria no top 5. É fantástico, é lindo, tem ganho até muitos prémios (óbvia nomeação para melhor filme animado nos Globos, top 10 do BFCA, AFI e NBR, vitória em Los Angeles, Chicago e Boston). Por isto tudo seria uma surpresa muito agradável ver na noite dos Óscares dois filmes tipicamente de género (Batman e Wall-E) entre os cinco melhores do ano. Mas com a mais do que óbvia vitória do Óscar de Melhor Filme Animado não sei se não é puxar de mais a brasa à sardinha. Australia de Luhrmann saiu em Novembro para dar lugar a The Curious Case of Benjamin Button que desde então continua. É difícil para mim gostar de Frost/Nixon mas consigo ver claramente por que razão vai estar entre os cinco melhores. Peça da Broadway carregada de Tonys inclusive com o actor principal da peça – Frank Langella, que faz de Nixon – na mesma personagem na película cinematográfica, fala de uma entrevista célebre entre David Frost (Michael Sheen) e Richard Nixon (Langella). É um bom filme, dirigido por Ron Howard (não é um grande realizador mas sabe aproveitar o que tem) e com duas grandes interpretações. É um biopic, isto é, um filme biográfico (fala de um acontecimento real). Desvantagens: a entrevista real está disponível em DVD e em cassetes antigas que qualquer um pode ver, fica melhor talvez no teatro, parece muito leve e com pouco ar de concorrente a um Óscar de Melhor Filme. Ainda assim está na corrida. E foi nomeado para melhor filme dramático nos Globos, consta do top 10 do AFI, NBR e BFCA, nomeado para melhor elenco dos SAG e para os Satellites. Ganhou em Las Vegas e o prémio de melhor elenco em Detroit. Além de Wall-E, Revolutionary Road e de Doubt (peça que ganhou TODOS os Tonys e ainda um Pulitzer, com um elenco fenomenal – Adams, Streep, Davis, Hoffmann – e com um grande argumento, com o problema de ficar melhor no palco que no grande ecrã e que tem maior probabilidade de dar prémios aos actores que ao filme em si) também The Reader (filme de Stephen Daldry – foi sempre nomeado para os Óscares – The Hours e Billy Elliot – com Winslet e Fiennes mas que sofre de uma má pós-produção, de uma má escolha de lançamento mas que tem uma excelente interpretação – de Winslet, claro) e The Wrestler (filme muito consistente e interessante de Aronofsky com Rourke e Tomei nos principais papéis mas que sofre de ser um filme de pequena dimensão e de uma má gestão de campanha e de lançamento nos cinemas).


Melhor Actor (Best Performance by an Actor in a Leading Role)


1) Sean Penn (Harvey Milk, Milk)
2) Mickey Rourke (The Ram, The Wrestler)
3) Frank Langella (Nixon, Frost/Nixon)
4) Leonardo Di Caprio (Frank Wheeler, Revolutionary Road)
5) Clint Eastwood (Walt Kowalski, Gran Torino)

Maiores ameaças:
6) Brad Pitt (Benjamin Button, The Curious Case of Benjamin Button)
7) Richard Jenkins (Professor Vale, The Visitor)
8) Michael Sheen (Frost, Frost/Nixon)
9) Dustin Hoffman (Harvey Shine, Last Chance Harvey)
10) Josh Brolin (George W. Bush, W.)


Tudo decidido nas três primeiras posições. Sean Penn e Frank Langella decidiram ambos presentear-nos com uma grande interpretação e num filme biográfico (biopic). Sean Penn surge-nos como Harvey Milk num filme que relata eventos memoráveis para os californianos (hello, Hollywood = California) e que ainda para cima é um grande concorrente para melhor filme. Sean Penn tem limpo todos os prémios possíveis (praticamente todos os críticos votaram nele e ganhou ou foi nomeado para tudo (!)). Langella é Nixon na peça que relata a entrevista célebre de David Frost e Richard Nixon. Papel memorável, interpretação à altura que já lhe valeu um Tony e alguma atenção pelo desleixe do ano passado em que se esqueceram dele apesar do magnífico papel em Starting Out in the Evening. Mickey Rourke protagonizou o retorno do ano num grande filme com uma excelente interpretação. Chora imenso (bonificação), agradou aos críticos (bónus) e conduz TODO o filme. Estes três estão seguríssimos. A batalha principal: Penn / Rourke. A não ser que Eastwood se intrometa nas contas. É que ele nunca ganhou um Óscar como actor. E aparentemente precisa de um. A Academia é como uma droga viciante para Eastwood e Eastwood é como mel para a Academia. O papel não é nada de especial, a interpretação não é má mas não é brilhante mas enfim, é Clint Eastwood (que ainda compete este ano para melhor realizador, para melhor canção original – sim, ele canta! – e para melhor banda sonora) e pode levar para casa o Óscar que lhe falta para a consagração final. E Eastwood sabe bem como piscar o olho à Academia. O último lugar deste top vai para Di Caprio. A última vez que se encontrou com Kate Winslet (Titanic) valeu rios de estatuetas mas a aclamação dos críticos foi para a protagonista feminina. Di Caprio ficou na sombra mas lutou (e bem!) para subir na vida. E ganhou o seu lugar na história de Hollywood. Falta um Óscar. Pelo filme The Aviator esteve perto. E depois o ano passado por Blood Diamond. E provavelmente já ninguém de lembra da sua nomeação para Óscar por What’s eating Gilbert Grape? em 1994. Mas ele foi nomeado. E eu espero que volte a ser. Desta vez ele é melhor que Kate Winslet no filme. E apesar do filme ter fracassado quase por completo os dois actores serão na minha opinião capazes de sobreviver ao fiasco. Na luta por um lugar neste top está Richard Jenkins (que devia ser nomeado pelo seu Professor Vale em The Visitor que é simplesmente perfeito mas devido ao seu low-profile e devido à pequena dimensão do filme não sei se chegará ao pódio – merecia e até trocaria de bom grado Eastwood por ele; mas tentando adivinhar o que pensará a Academia acho que Jenkins tem menos chances de estar no top 5 que Eastwood ou que Di Caprio apesar da performance ser recordada todo o ano e ter apoio dos críticos e dos precursores) e Brad Pitt (até tem tido sucesso nas críticas e está-lhe a faltar também um Óscar – ou pelo menos nomeações – porque é um actor extraordinário; mas a mim também me parece que este é um actor para ganhar Óscares quando for mais velho ainda e além disso o filme não parece ser um local para os actores brilharem estando cheio de efeitos visuais e sendo de facto muito bonito; mas que ele tem reunido alguns prémios e nomeações interessantes até tem). Michael Sheen é fantástico e mais uma vez brilhante como David Frost mas falha de novo – tal como em 2006 ajudou Helen Mirren a brilhar aqui também ajuda Langella a brilhar; e se os votantes tiverem de escolher entre os dois, Sheen está fora. Josh Brolin tem um grande ano de 2008 mas provavelmente será recompensado com a nomeação para melhor actor secundário pela sua prestação em Milk. Este W. é bom mas material de Óscar? Não… E a personagem que interpreta também não é propriamente amigável nos dias que correm. Os americanos não querem ser lembrados de George Bush tão cedo. Sobra Dustin Hoffman, o provável vencedor do Globo de Melhor Actor em Comédia. Ele é esplêndido no papel de Harvey Shine mas o filme é muito leve e foi lançado muito tarde para poder provar alguma coisa. Ao longo do ano tive sempre Sean Penn e Frank Langella nas minhas previsões. Comecei com Daniel Craig mas com as primeiras ante-estreias de Defiance percebeu-se logo que não ia dar nada e daí troquei-o por Mickey Rourke que surgiu do nada com o seu filme independente The Wrestler em Agosto. Brad Pitt também começou comigo mas entretanto troquei-o por Di Caprio. O último lugar que eu tinha no meu top era o de Viggo Mortensen pelo seu papel em The Road que mudou para 2009. O filme não estreou este ano mas acredito que lhe dará nomeação para Óscar para o ano que vem. Dustin Hoffman veio-me à cabeça em Setembro (nem sei bem porquê) mas a partir de Outubro ficou Eastwood na minha lista até agora. A vitória de Rourke na noite dos Óscares seria uma surpresa interessante mas não imprevisível porque acho que Penn e Langella vão dividir votos devido ao carácter biográfico das duas películas. Ainda tenho certeza que Penn vai ganhar mas Rourke ganhar de repente também não seria mau de todo.

Melhor Actriz (Best Performance by an Actress in a Leading Role)

1. Anne Hathaway (Kym, Rachel Getting Married)
2. Meryl Streep (Sister Aloysius, Doubt)
3. Sally Hawkins (Poppy, Happy-go-lucky)
4. Angelina Jolie (Christine Collins, Changeling)
5. Kate Winslet (April Wheeler, Revolutionary Road)
Maiores ameaças:
6) Melissa Leo (Ray Eddy, Frozen River)
7) Kristin Scott-Thomas (Juliette Fontaine, Il y a longtemps que je t’aime)
8) Cate Blanchett (Daisy, The Curious Case of Benjamin Button)
9) Kate Beckinsale (Rachel Armstrong, Nothing But the Truth)
10) Michelle Williams (Wendy, Wendy and Lucy)



Aqui as três primeiras estão seguras acho eu. Meryl Streep não faz DE TODO a melhor interpretação de sempre mas enfim, é Meryl Streep e quer uma nova estatueta. Mas também quando se é Meryl Streep que é praticamente uma lenda imortal e símbolo nacional é muito difícil fazer o seu melhor trabalho de sempre. E ela este ano deu cartas: cantou (e não ficou mal) em Mamma Mia! e de facto a sua Sister Aloysius não consegue ser tão boa como a da Broadway mas é igualmente assustadora e forte. Anne Hathaway fugiu para bem longe das histórias lamechas e dos pequenos filmes como Princess Diaries, Devil Wears Prada e Get Smart para uma interpretação cinco estrelas de uma toxicodependente cheia de problemas que sai da prisão para o casamento da sua irmã e no seio da sua família disfuncional cria mil e um sarilhos (daí que se perceba o desprezo dos seus pares) até que a sua irmã Rachel (De Witt) se decide a ajudá-la. O filme é fenomenal e o elenco não podia ser melhor. Sobretudo porque a fazem brilhar a um nível muito alto. Altura de a Academia a carimbar como potencial candidata a Óscares, não acham? E que bem que ela não fica na carpete vermelha, não é? Sally Hawkins para mim foi a melhor interpretação de comédia do ano. A sua Poppy, por muito irritante que pode ser, dá-nos uma engraçadíssima perspectiva de vida. E o papel parece ser feito à medida dela. Ela dá tudo o que tem e nota-se isso no ecrã. O apoio dos precursores e dos críticos tem sido direccionado para estas três, em especial para Hawkins e Hathaway que repartem as cidades com prémios de críticos cinematográficos. A elas juntam-se, para mim, Winslet e Jolie. Winslet é todos os anos (bem, quase todos!) candidata ao Óscar mas não ganhou. Se for nomeada aqui e por The Reader como actriz secundária será a actriz com MAIS nomeações sem ganhar um Óscar. É uma default nominee. Poderá ter problemas com o facto de os votantes acharem que a devem honrar por uma só prestação – e ela é BEM melhor em The Reader – e com o facto de Di Caprio ser melhor que ela no filme. Mas bem feitas as contas, ela é Kate Winslet. E isso chega para estar no top. Angelina Jolie e o seu starpower não se têm dado bem. Há DEMASIADA gente que não gosta dela por isso e só assim se explica que a brilhante performance em A Mighty Heart o ano passado não lhe valeu uma nomeação. Este ano tentou uma perspectiva diferente, mais arriscada mas com maior probabilidade de sucesso. A interpretação não é magnífica como a de 2007 e o papel não é nada de novo mas Eastwood + Jolie + mãe nos subúrbios em luta interior + rios de lágrimas = Óscar (ou assim normalmente seria). Também tem alguns prémios nos precursores e está, neste momento, em boa posição para garantir uma nomeação. Pode-lhe ser roubada essa pretensão tanto por Melissa Leo como por Kristin Scott-Thomas. A primeira entrega-nos uma performance extraordinária, repleta de paixão e talento e que foi falada todo o ano e tem sido das mais apoiadas por críticos e nos precursores. O filme é de pequena dimensão e a actriz pouco conhecida o que a faz perder pontos em comparação com Winslet e Jolie. Mas a performance é bem melhor. Scott-Thomas é linda e versátil, actuando tanto nos EUA como em França e na Grã-Bretanha. O papel é poderoso e a interpretação charmosa. Não tem tido muito apoio nos precursores mas os Globos chamaram-na de novo à cena. Parecia morta mas vamos a ver. De qualquer forma a nomeação funcionará como um prémio para quem trabalha em tanto sítio diferente porque a vitória está fora de questão. Poderia esperar-se que Cate Blanchett de repente surgisse e atacasse o top 5 mas ela arrefeceu. O filme é de facto TODO sobre Button (Pitt) e ela não é assim nada de especial nele. Mas cuidado porque ela também é uma default nominee e se Jolie ou Hawkins ou Winslet não agradarem muito eles podem ir para uma coisa já muito habitual nos tempos recentes (alguém se lembra e pode explicar como é que Blanchett voltou a ser nomeada o ano passado por Elizabeth, The Golden Age? – ah que filme horrível!) As minhas previsões começaram com Streep, Winslet, Hathaway e Jolie logo de início e acompanhadas por Kidman. Com o flop de Australia troquei-a por Scott-Thomas em Outubro para trocar esta por Hawkins em Novembro tendo-se mantido assim desde então. A vitória será discutida por Winslet e Streep que são duas powerhouses fabulosas e precisam aparentemente de um Óscar. Mas como eu acredito que elas vão dividir votos (e não acredito em muitos votos em primeiro lugar para qualquer uma delas apesar de já terem muitos fãs fixos) é Hathaway quem pode beneficiar (porque tem das cinco do top a melhor performance e irá certamente reunir muitos #1).


Melhor Realizador (Best Achievement in Direction)

1. Danny Boyle (Slumdog Millionaire)
2. Christopher Nolan (The Dark Knight)
3. David Fincher (The Curious Case of Benjamin Button)
4. Gus Van Sant (Milk)
5. Stephen Daldry (The Reader)
Maiores ameaças:
6) Ron Howard (Frost/Nixon)
7) Andrew Stanton (Wall-E)
8) Darren Aronofsky (The Wrestler)
9) Sam Mendes (Revolutionary Road)
10) Woody Allen (Vicky Cristina Barcelona)


Bastante seguro pelos quatro primeiros. Danny Boyle estará sem dúvida lá, tendo recebido TODOS os prémios possíveis e imagináveis pelo filme e pela sua realização tendo deixado fugir apenas dois ou três para a concorrência. Boyle não é de todo um bem-amado pela AMPAS e não é muito conhecido (mais mediático dos seus filmes é Trainspotting de 1999) mas o filme é de facto um crowd pleaser sensacional. Fincher tem nas suas mãos uma maravilha, uma jóia, um clássico que se tudo correr bem (sai nos cinemas americanos a 26 de Dezembro) lhe dará a nomeação para o Óscar. O seu trabalho é conhecido e tem sido seguido com atenção (Zodiac, Fight Club, Se7en) mas se o filme falhar ele é o primeiro a cair. Isso de certeza. Mas não acho que vá falhar. Chistopher Nolan é de todos estes o mais conhecido e também aquele cuja filmografia deixa muita gente invejosa, tendo conhecido sucesso com Memento, Insomnia e The Prestige e sendo o principal responsável pelo megasucesso desta ressurreição (ou redenção, palavra que se adequa melhor) da franchise do Batman com Begins e The Dark Knight. E parece que é este segundo, pela sua magia, pelo espectáculo e satisfação que dá, por ser o filme do ano e por ter de facto uma história terrífica, que lhe vai dar a sua nomeação para o Óscar. Gus Van Sant tem nas mãos um grande filme e geriu bem a campanha e os precursores para chegar a este momento bem colocado – não esperava era o surgimento de Boyle e de Slumdog que lhe vão roubar os dois Óscares (em teoria). O realizador de Paranoid Park, Psycho e Good Will Hunting («Tudo bons rapazes», nomeado para várias estatuetas em 1998) parece seguro para estar no meu top. Agora para a última vaga é que a coisa dificulta: em condições normais, Ron Howard estará no top 5 se o seu filme estiver (o que é provável) mas eu não acho que o filme seja bom devido à sua realização por isso pu-lo fora; Aronofsky cria uma obra de arte com The Wrestler mas o filme é maioritariamente recordado pela performance dos dois actores (Tomei e Rourke) sendo o realizador esquecido na maioria dos casos (nenhum precursor o apoiou até agora); Stanton é o responsável pela nova fasquia a que a Pixar se colocou com Wall-E – se o filme aparecer no top 5 este realizador também surge mas como dificilmente lá estará…; Woody Allen é parecido com Eastwood para a AMPAS – parece mel – mas o filme não é assim tão extraordinário para ele ser nomeado por isso, out; Sam Mendes foi ressuscitado dos mortos pelos Globos mas será isso suficiente para o colocar no top? Não me parece, acho que o filme resulta na teoria mas na prática não além de que o seu American Beauty não teve sequência e ele se perdeu um pouco no tempo e no espaço com filmes menores; Daldry foi nomeado pelos seus dois filmes anteriores, Billy Elliot e The Hours, é apreciado pela AMPAS e o sucesso (razoável) do filme deve-se mais a ele e a Winslet que a outra coisa. Os Globos nomearam-no quando ninguém o esperava. Será que os Óscares vão continuar a tendência e fazer 3 em 3? Desde o início que venho apostando em Van Sant, Fincher e Nolan. Tinha também Eastwood (que tinha feita furor em Julho em Cannes) e Mendes. Com Outubro mudei radicalmente e saiu Fincher, Eastwood e Mendes para entrar Boyle, Demme e Luhrmann. Australia falhou e por isso Luhrmann saiu por troca com Aronofsky que tinha acabado de lançar The Wrestler. Demme também saiu em Novembro por troca com Fincher que voltou ao top. Até hoje este era o meu top mas decidi que Daldry era capaz de ter mais hipóteses que Aronofksy – acho mesmo que Howard poderá ter mais hipóteses que Daldry mas como não gosto do primeiro… A batalha pela vitória será entre Fincher e Boyle mas o segundo tem tudo praticamente ganho daí que está tudo arranjado à partida para uma noite de underdogs (apesar do filme ter surgido assim não lhe podemos atribuir tal característica uma vez que o realizador e o filme ganham tudo). Gostava que Fincher ou Nolan pudessem ganhar mas Boyle dificilmente fica sem o prémio.

Melhor Actor Secundário (Best Performance by an Actor in a Supporting Role)

1. Heath Ledger (The Joker, The Dark Knight)
2. Phillip Seymour Hoffmann (Father Flynn, Doubt)
3. Josh Brolin (Dan White, Milk)
4. Robert Downey Jr. (Kirk Lazarus, Tropic Thunder)
5. Dev Patel (Jamal Malik, Slumdog Millionaire)

Maiores ameaças:
6) Michael Shannon (John Givings, Revolutionary Road)
7) Michael Sheen (David Frost, Frost/Nixon)
8) James Franco (Scott Smith, Milk)
9) Bill Irwin (Paul, Rachel Getting Married)
10) Ralph Fiennes (Duke of Devonshire, The Duchess)

Ledger certo com 100% de certeza. Papel imortal – The Joker – num filme lendário e um clássico do cinema – The Dark Knight, ganhou TODOS os prémios de críticos e precursores (só falhou um para Josh Brolin) e tem lugar na história do cinema com vários filmes de renome sendo o cabeça de cartaz Brokeback Moutain. A nomeação é 100% certa, a vitória sê-lo-á também – a não ser que a AMPAS não ache adequado atribuir a vitória depois da sua morte. Porque ELE é o melhor – e é o protagonista da história. A partir daqui tudo muito nublado porque a maioria dos papéis são fraudes, isto é, são papéis de protagonistas que são como que disfarçados de papéis secundários. Hoffmann é protagonista de Doubt – ainda assim tem sido vendido como secundário e como não há assim grandes papéis ganha o seu lugar aqui. O seu padre Flynn é monstruoso – brilhante mas monstruoso. É também nestes termos que se adequa a suposta nomeação de Dev Patel – é o protagonista de Slumdog Millionaire, a história gira toda em torno da sua personagem mas como as analepses não o contêm a ele mas a crianças o estúdio disfarçou esta performance de secundária porque não podia de nenhum modo competir com os tubarões nos Melhores Actores (Principais) apesar de eu achar que isto não faz sentido nenhum. Por mim Michael Shannon será o verdadeiro último lugar do pódio mas pronto com o furor em torno do filme e com a nomeação de Patel nos SAG tudo é possível (os colegas actores são a força maior da AMPAS e se o votaram uma vez…). Downey Jr. ganha um lugar no top 5 com um papel que à partida ninguém esperava que obtivesse reconhecimento. Mas ele é de facto genial como Kirk Lazarus e pode ser que a AMPAS decida pela sua nomeação para honrar o bom trabalho dos últimos dois anos. E o sucesso de Iron Man também pode ajudar. Josh Brolin e o próprio Milk foram esquecidos pelos Globos mas acho que tal não vai prejudicar as hipóteses do mais aguerrido concorrente de Ledger. O papel é bom, reconhecidamente bem interpretado e ele tem trabalhado muito. De Milk podem vir mais duas boas interpretações secundárias, Hirsch e Franco. A segunda delas pode mesmo surpreender e ganhar um lugar no top 5 porque James Franco, apesar de ter uma carreira um pouco estranha para quem quer lutar por estatuetas, é muito bom no filme e teve um ano muito enriquecedor (boa performance em Pineapple Express até ganhando nomeação para os Globos). Contudo, analisando a concorrência interna e se os votantes se tiverem de decidir por um, Brolin ganha aos outros dois. Bill Irwin também tem uma performance daquelas que não se esquece em Rachel Getting Married e é de facto uma figura paternal soberba para Kym (Hathaway). No entanto, o filme é pequeno e tem sido subvalorizado (com muita pena minha) e ele tem sido menosprezado. Não vejo grandes hipóteses para este vencedor de Tonys. Os Globos surpreenderam um pouco com a nomeação de Tom Cruise (por uma piada de 1 minuto em Tropic Thunder!) e pela nomeação de Ralph Fiennes mas esta até não acho muito mal. Quer dizer, acho mal neste papel em The Duchess que ele é bom mas não é bom como já o foi noutros papéis (English Patient, Constant Gardener…) mas é de facto uma boa maneira de honrar The Reader (o estúdio decidiu inverter os papéis e a sua personagem que é secundária passou a protagonista para Winslet poder lutar por um Óscar como actriz secundária que não o é no filme). Finalmente, uma palavra para Michael Sheen. Todo o ano tive Ledger, Brolin e Sheen nos meus escolhidos. Só que o estúdio decidiu uma campanha com dois protagonistas (que o são de facto) o que me deixou com muita pena porque ele podia ser nomeado como em 2006 por The Queen. Ele não tem o starpower de Langella e de Mirren e daí perde para os dois em termos de separação de votos. E como protagonista não tem grandes hipóteses. Ainda assim continuou na minha lista até inícios de Dezembro. De início Brad Pitt (Burn After Reading) e Smitt Mc-Phee (The Road) completavam o top. Com a mudança de The Road para 2009 Mc-Phee e Mortensen (protagonista) saíram do top e para o lugar de Mc-Phee entrou em Outubro Michael Shannon. Já em Setembro troquei Pitt por Hoffmann porque previ a fraude na categoria. A vitória será em princípio de Ledger apesar de achar que Hoffmann e Brolin terão uma palavra a dizer porque a AMPAS por vezes não é justa. Se Ledger não ganhar, Hoffmann ganha (prestígio + Óscar em 2006)

Melhor Actriz Secundária (Best Performance by an Actress in a Supporting Role)

1. Penélope Cruz (Maria Elena, Vicky Cristina Barcelona)
2. Viola Davis (Mrs. Muller, Doubt)
3. Marisa Tomei (Cassidy/Pam, The Wrestler)
4. Kate Winslet (Hannah Schwitz, The Reader)
5. Rosemarie De Witt (Rachel, Rachel Getting Married)
Maiores ameaças:
6) Amy Adams (Sister James, Doubt)
7) Taraji P Henson (Queenie, The Curious Case of Benjamin Button)
8) Vera Farmiga (Erica Van Doren, Nothing But the Truth)
9) Debra Winger (Abby, Rachel Getting Married)
10) Cate Blanchett (Daisy, The Curious Case of Benjamin Button)

Aqui estão os quatro primeiros lugares decididos. Penelope fabulosa como Maria Elena, Woody Allen trabalhou bem o ouro que lhe deram e ela entregou-lhe uma excelente prestação. Vitória quase assegurada nesta categoria até porque ela limpou todos os prémios que existiram à excepção de alguns prémios de críticos que foram para ajudar Tomei na sua campanha pró-Óscar. E parece que está a dar resultado porque é a outra performance da qual mais se fala num filme que parecia ser só sobre Mickey Rourke. O seu talento é sobejamente reconhecido mas vinha-lhe faltando um bom papel. Pode ser que seja este que a faça voltar à ribalta onde antes já tinha estado. Viola Davis tem uma única cena de renome em Doubt mas nessa cena Meryl Streep desaparece – o que é bastante impressionante. Mas é verdade. Tem lugar assegurado neste top. A fraude de categoria de Winslet poderá ser a única forma de finalmente (!) lhe concederem uma estatueta. Esta performance excepcional é a de uma protagonista mas que o estúdio decidiu passar para secundária. Assim, se for nomeada pelos dois filmes, é a nomeada com maior número de nomeações sem ganhar. O último lugar do top sairá da acesa luta entre De Witt/Winger/Adams/Henson. Os Globos preferiram Amy Adams, De Witt é a mais consensual (e talvez a melhor performance) – mas terá de ter atenção à competição interna pelo nome de Winger que tem mais sucesso e é mais reconhecida que ela, Henson tem uma prestação adorável em Benjamin Button mas não é suficiente para ser considerada decisivamente como constando do top. Vera Farmiga poderá assim espreitar uma remota possibilidade de ascender ao último lugar do top embora não seja muito provável – é uma boa interpretação mas o filme não tem buzz suficiente para fazer valer a prestação. E depois temos Blanchett que tem sido vendida como protagonista em Button mas se a sua base de fãs decidir que ela tem de surgir nalgum lado este ano a categoria secundária poderá ser uma boa alternativa. Ela não faz nada de particular protagonismo no filme e é mais uma acompanhante de Pitt – o que poderia explicar a sua nomeação. Já vi nomeações de Óscar que valeram por menos que isso. E se Winslet pode tentar, então… A vitória será de Cruz quase sem dúvidas. Winslet e Tomei poderão dar luta mas Cruz tem tudo para ganhar (tal como Ledger, aliás). Só não tem hipóteses se a AMPAS achar que pode dar a Streep a estatueta de Melhor Actriz e a Winslet a de Melhor Actriz Secundária. Aí, Cruz perde. Durante o ano, Cruz, Henson, Basinger, Winger e Davis começaram, depois troquei Winger por De Witt e Basinger por Tomei e claro, coma entrada de Winslet teria de tirar alguém e achei que Henson fosse cair.

Melhor Filme Estrangeiro (Best Foreign Film)

1. Gomorra / Gomorrah (Itália)
2. Entre Les Murs / The Class (França)
3. Waltz with Bashir (Israel)
4. Maria Larsson’s Evigia Ögonblick / Maria Larsson’s Everlasting Moment (Suécia)
5. Der Baader Meinhof Complex (Alemanha)
6. O’Horten / Reprise (Noruega)
7. Los Girasoles Ciegos / The Blind Sunflowers (Espanha)
8. Última Parada 174 / Last Stop 174 (Brasil)
9. Revanche (Áustria)
10. Sangre de mi sangre / Blood of my blood (Argentina)


A luta será entre Gomorra e Entre Les Murs para vencer apesar de Waltz with Bashir de Israel, provável nomeado também na categoria de Melhor Filme Animado e provável perdedor face a Wall-E, poder ser recompensado com uma vitória aqui. Mas eu acho que Gomorra tem tudo para vencer.

Melhor Argumento Original (Best Original Screenplay)


1. Wall-E (Andrew Stanton)
2. Rachel Getting Married (Jenny Lumet)
3. Milk (Lance Black)
4. Vicky Cristina Barcelona (Woody Allen)
5. The Visitor (Thomas McCarthy)
6. Happy-Go-Lucky (Mike Leigh)
7. Synechdoche, New York (Charlie Kauffman)
8. Frozen River (Courtney Hunt)

Aqui não há grande ajuda para escolher os nomeados, por isso eu vou-me seguir pelo teor da história e pelo que se tem falado nos últimos tempos. Os Globos não ajudam porque para Melhor Argumento só elegeram argumentos adaptados. A maioria dos bloggers concorda em Milk, Wall-E, Rachel Getting Married e Vicky Cristina Barcelona. O primeiro porque é uma história interessante e comovente, o segundo porque é extraordinariamente belo (até parece mentira), o terceiro porque a família, os laços enraizados em cada um deles e a história em si e o caminho que os guia ao longo do filme parece ser muito bem estruturado e explorado e o derradeiro porque é Woody Allen e porque a prestação dos três actores é muito boa. The Visitor parece também estar a ter boas críticas quanto ao que o argumento diz respeito e parece ser neste momento o último candidato. Mike Leigh, Kauffman e Courtney Hunt escreveram boas histórias, tal como Seigel (The Wrestler) mas não sei se é suficiente. Poderão depender dos seus actores serem nomeados (Leigh com Hawkins e Hunt com Leo e Kauffman com Hoffmann). Vitória entre Wall-E e Milk (acho eu) com Rachel na luta.

Melhor Argumento Adaptado (Best Adapted Screenplay)

1. Slumdog Millionaire (Simon Beaufoy)
2. John Patrick Shanley (Doubt)
3. The Curious Case of Benjamin Button (Eric Roth)
4. The Reader (David Hare)
5. Frost/Nixon (Peter Morgan)

6. The Dark Knight (Jonathan Nolan)
7. Revolutionary Road (Justin Hayte)
8. Elegy (Nicholas Meyer)

Todos a apostar em Slumdog Millionaire com Simon Beaufoy a fazer a história do provável vencedor do Melhor Filme de 2008. Além deste só mesmo Shanley (ganhou Pulitzer e Tony) a adaptar a sua própria peça e Eric Roth a adaptar a obra de Scott Fitzgerald podem ter algum sucesso. Depois torna-se complicado de prever mas se formos pelos Globos Peter Morgan (também a adaptar a sua própria peça e nomeado em 2007 com The Queen) e David Hare (a adaptar o romance de Schlink) são os outros nomeados. Ainda assim eu tenho um palpite que ou Hayte de Revolutionary Road (adaptação do romance de Yates) ou Nolan de The Dark Knight (adaptação das BD da DC Comics) vão estragar as contas a um dos cinco nomeados dos Globos. A minha aposta é que Peter Morgan vai naufragar e permitir que a excelente história de Nolan não passe ser o devido reconhecimento. Elegy foi colocado em 8º lugar mas é só para fazer número. Não estou a ver mais nada a meter-se no caminho dos sete primeiros.

Melhor Filme Animado (Best Animated Feature)

1. Wall-E
2. Kung-Fu Panda
3. Waltz with Bashir
4.
Bolt
5. Dr. Seuss’ Horton hears a Who!

Alguma dúvida? Wall-E. Os outros devem festejar a nomeação. Nada mais.

Melhor Documentário (Best Documented Feature)

1. Man on Wire
2. Trouble the Water
3. Standard Operating Procedure
4. American Teen
5. Encounters at the End of the World

6. Dear Zachary
7. At the Death House Door
8. IOUSA

Um pouco à deriva aqui. Acho que os três primeiros serão nomeados. Man On Wire limpou a maioria dos prémios para melhor documentário. Trouble the Water tem surpreendido pela positiva. Standard Operating Procedure recebeu nomeação pelos críticos de Chicago. Agora os outros dois… mais difícil saber. Como os outros três documentários de Hertzog foram nomeados, espero que Encounters at the End of the World também o seja mesmo que não seja tão bom. E depois American Teen é o que eu acho mais parecido com as escolhas da AMPAS dos últimos anos. Mas as minhas outras três escolhas também foram nomeadas pelos críticos de Chicago (que ao fazerem uma lista de nomeados me dão uma ajudinha a escolher aqueles que acho que vão a prémio). Para a vitória? Man on Wire tem grande probabilidade de vencer.

Melhor Guarda-Roupa (Best Achievement in Costume Design)

1. The Curious Case of Benjamin Button (Jacqueline West)
2. Revolutionary Road (Albert Wolsky)
3. Australia (Catherine Martin)
4. Changeling (Deborah Hopper)
5. The Duchess (Michael O’Connor)
6. The Dark Knight (Lindy Hemming)
7. The Reader (Ann Roth)
8. Brideshead Revisited (Eimer Ni Mhaoldomhnaigh)

À partida são os cinco nomeados. The Dark Knight e The Reader podem estragar as contas mas não devem causar grandes danos daí que me mantenha nas minhas decisões.


Melhor Filmagem (Best Achievement in Cinematography)

1. The Dark Knight (Wally Pfister)
2. Slumdog Millionaire (Anthony Mantle)
3. Revolutionary Road (Roger Deakins)
4. Australia (Mandy Walker)
5. The Curious Case of Benjamin Button (Claudio Miranda)

6. The Reader (Chris Menges)
7. Milk (Harry Savides)
8. Vicky Cristina Barcelona (Javier Aguirre)

Pfister e Deakins quase certos, algumas nomeações e reconhecimento dentro da AMPAS. Mandy Walker, Claudio Miranda e Anthony Mantle são novatos sem nomeações e podem sofrer com isso não importa a qualidade do seu trabalho ou a qualidade do seu filme. Não acredito que sejam prejudicados por isso porque Slumdog é amado pelo público, Australia tem como único ponto positivo as paisagens e o encanto natural que nos é passado pela tela e Benjamin Button beneficia muito do bom olho do seu camera man. Se no entanto eles se sentirem mal por dar uma nomeação a um novato, o prémio pode cair em Menges que já foi nomeado e vencedor (3 nomeações, 2 vitórias) ou a qualquer cinematógrafo noutro filme conhecido, mais provável Savides de Milk.

Melhor Direcção Artística (Best Achievement in Art Direction)

1. The Dark Knight (Nathan Crowley)
2. The Curious Case of Benjamin Button (Donald Burt)
3. Australia (Karen Murphy)
4. Revolutionary Road (Kristi Zea)
5. Doubt (David Gropman)

6. The Reader (Brigitte Boch)
7. Slumdog Millionaire (Mark Digby)
8. Changeling (James Murakami)


Confiante neste alinhamento. Só temendo que a febre e furor de Slumdog Millionaire leve também a uma nomeação nesta categoria. Nesse caso, acho que quem ia sofrer com isso seria talvez Doubt ou Australia. Se Revolutionary Road não parecer muito artístico na sua essência talvez Boch poderá ter hipótese de entrar com o seu The Reader.


Melhor Edição (Best Achievement in Editing)

1. Slumdog Millionaire (Chris Dickens)
2. The Dark Knight (Lee Smith)
3. Frost/Nixon (Daniel Hill)
4. The Curious Case of Benjamin Button (Baxter & Wall)
5. Revolutionary Road (Tariq Anway)

6. Iron Man (Dan Lebental)
7. Milk (Elliot Graham & Van Sant)
8. Defiance (Steven Rosenblum)


Aqui quase atirado à sorte. De edição não percebo muito. Quem perceber que me ajude. Na maioria dos casos os nomeados para Melhor Filme são premiados aqui também. Daí que baseei a minha aposta em quatro dos nomeados (Slumdog e Frost/Nixon que são fáceis de editar; The Dark Knight que tem uma edição razoável mas que precisa dessa nomeação nas categorias técnicas; The Curious Case of Benjamin Button porque o filme está muito consistente, mesma razão pela qual escolho Revolutionary Road ao invés de Milk). Se houver alguma troca, é Milk no lugar de Revolutionary Road ou The Dark Knight.

Melhores Efeitos Visuais (Best Achievement in Visual Effects)
1. Iron Man
2. The Curious Case of Benjamin Button
3. The Dark Knight
4. Australia
5. Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull

Dos quinze já pré-seleccionados estes cinco parecem ser os maiores candidatos. O flop de Australia e o sucesso geral de The Dark Knight parecem dar um incentivo a que este último ocupe o pódio ao lado dos outros dois grandes concorrentes à vitória.

Melhor Maquilhagem (Best Make-Up)

1. The Curious Case of Benjamin Button
2. The Dark Knight
3. Chronicles of Narnia: Prince Caspian

4. The Reader
5. Changeling


A maquilhagem é sempre interessante de prever. The Joker ficou imortalizado como um génio maquiavélico muito graças à sua nova maquilhagem (bónus!). Brad Pitt tem 45 anos mas vai ter de fazer tanto de jovem de 20 como de velho de 70. Deve ser impressionante o suficiente para valer a Benjamin Button a nomeação. E Crónicas de Nárnia, bem, se não ganhar uma nomeação aqui…


Melhor Banda Sonora (Best Score)

1. Changeling (Eastwood)
2. The Curious Case of Benjamin Button (Desplat)
3. Slumdog Millionaire (Rahman)
4. The Dark Knight (Zimmer/Newton Howard)
5. Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull (Williams)

6. Milk (Elfman)
7. Defiance (Newton Howard)
8. Frost/Nixon (Zimmer)
9. Wall-E (Newman)
10. Revolutionary Road (Newman)


Aqui também em termos de ajuda não há muita. Os Globos e os BFCA nomearam ambos Changeling, The Curious Case of Benjamin Button e Slumdog Millionaire por isso aposto que estarão na corrida pela estatueta. Depois, os BFCA escolheram The Dark Knight e Milk e os Globos optaram por Frost/Nixon e Defiance. Mas como nenhum dá para prever na exactidão as escolhas da AMPAS… John Williams e o seu Indiana Jones não foram nomeados por ninguém mas a verdade é que não houve um Indiana Jones que não o fizesse ser nomeado – e se formos pelo amor da Academia, Williams está dentro (45 nomeações e cinco vitórias!). Também Newman poderá estar dentro, quer por Wall-E (mais provável) quer por Revolutionary Road. Apostei em The Dark Knight porque entre a banda sonora que Zimmer fez para este e Frost/Nixon e a banda sonora de Newton Howard para Defiance e esta acho que a Academia vai preferir a do guerreiro encapuzado. É só um palpite. E o outro lugar do top 5 é ocupado por Williams porque, enfim, apesar de não ser nada de especial ele foi sempre nomeado quando tinha uma banda sonora elegível. Se não optarem por ele, entra Elfman com a sua banda sonora.

Melhor Canção Original (Best Original Song in a Motion Picture)

1. The Wrestler (Bruce Springsteen, The Wrestler)
2. Down to Earth (Peter Gabriel, Wall-E)
3. I Thought I Lost You (Miley Cyrus & John Travolta, Bolt)
4. Jai-Ho (A. Rahman & Gulzar, Slumdog Millionaire)
5. Gran Torino (Clint Eastwood, Gran Torino)

6. Once in a Lifetime (Beyoncé Knowles, Cadillac Records)
7. Another Way to Die (Jack White & Alicia Keys, 007 Quantum of Solace)
8. The Call (Regina Spektor, Chronicles of Narnia: Prince Caspian)
9. I Want It All (Zac Effron & Vanessa Hudgens, High School Musical 3)
10. Up to our Nex (Robyn Hitchcock, Rachel Getting Married)


A luta deverá estar com 100% de certeza entre Springsteen e Gabriel porque é impensável nesta altura que as suas canções não estejam na cerimónia a 22 de Fevereiro. E se actuarem ao vivo então… Lindo! Muitas vezes a Academia não sabe se terá apenas três nomeados ou cinco (o ano passado e em 2006 foram cinco, há dois anos só três) e isto varia dependendo da qualidade das interpretações, da qualidade geral da música no filme e até na quantidade de canções elegíveis. Acho que este ano até há grandes canções mas acho também que a AMPAS vai ter apenas três nomeados. As canções de Wall-E e The Wrestler estão seguras. O último lugar do pódio vai pertencer a quem ganhar a guerra Eastwood/Cyrus/Rahman. Se o ramo musical da AMPAS for por atracção geral do público, o nomeado é Rahman por Slumdog Millionaire. Se a AMPAS optar pelo artístico e pelo mais “parecido com Óscar” vai escolher Miley Cyrus e Travolta (até porque para actuar em directo só isso já aumentaria as audiências). Se os Óscares forem pela maluqueira do costume, Eastwood – porque nunca foi nomeado nesta categoria e até pela atracção de o ver actuar ao vivo – pode ser o nomeado. Não sei. Se forem cinco nomeados, está aqui o alinhamento principal. Quase de certeza. Se a maluqueira por Eastwood não se confirmar, Beyoncé ou Alicia Keys poderão ter lugar.

Melhor Edição de Som (Best Achievement in Sound Editing)

1. The Dark Knight
2. Iron Man
3. Wall-E
4. The Curious Case of Benjamin Button
5. Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull

6. Defiance
7. Slumdog Millionaire
8. Quantum of Solace, 007

Melhor Mistura de Som (Best Achievement in Sound Mixing)

1. The Dark Knight
2. Iron Man
3. Wall-E
4. The Curious Case of Benjamin Button
5. Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull

6. Defiance
7. Slumdog Millionaire
8. Quantum of Solace, 007


Aqui as minhas escolhas são iguais. Os quatro primeiros lugares estão praticamente assegurados. O último lugar vai vir do duelo entre Indiana Jones e Defiance. Só se a febre de Slumdog aqui também pegar. Se tudo correr bem o vencedor vai sair do duelo entre The Dark Knight e Iron Man. A avaliar pela qualidade de um e de outro no que concerne estas categorias, o vencedor provável seria Iron Man. Mas se formos pelo furor e pelo buzz de Melhor Filme, The Dark Knight poderá sair vencedor.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Filme da semana: «El maquinista» (2004)

Trago esta semana um filme não muito conhecido mas com uma interpretação brilhante de Christian Bale, talvez o melhor trabalho que ele já fez. «El Maquinista» ou «The Machinist» conta a história de um maquinista, Trevor, que não consegue dormir há mais de um ano. A sua insónia leva-o a um completo estado patológico de extrema magreza e de completa ilucidez... Começa a ter alucinações e a pensar que é perseguido por um ex-colega de trabalho - tudo isto leva a que ele comece a duvidar da sua sanidade à medida que mais e mais coisas estranhas vão acontecendo a ele.

Filme espectacular que vale a pena ver e rever. Nota final: 14

O cúmulo do Natal



Bem, começar por desejar boas festas a todos porque estamos quase no Natal!




E já agora, porque estamos nesta quadra, vou expor aqui um assunto que lhe está relacionado mas que eu não percebo. Por que razão os filmes natalício perdem sempre o teor natalício que lhes é inerente ao nome americano na tradução portuguesa?




Um exemplo deste ano. «Four Christmases» (Quatro Natais), estreou a semana passada nas nossas salas de cinema, filme engraçadíssimo com Reese Witherspoon (Vencedora do Óscar em 2005 por Walk The Line), Vince Vaughn e Robert Duvall (Seis vezes nomeado para o Óscar, vencedor em 1984 por Amor e Compaixão / Tender Mercies). Basicamente o filme fala de um casal que na época natalícia foge sempre de férias para um país tropical para não ter de encarar a família uma vez que tanto os pais dela como os pais dele estão divorciados. O problema é que não estavam à espera da greve de aviões e de uma estação televisiva que os apanhou em directo. São por isso obrigados a visitarem cada um dos quatro familiares ultrapassando diversas peripécias e chegando ao final apercebem-se (lá está, a tão habitual moral natalícia) da magia da época. Enfim.




Avançando. O problema é que saído dos Estados Unidos da América o filme deixa de ter qualquer relação com o Natal. Passa a chamar-se «Four Holidays» na Austrália e no Canadá (Quatro férias), «Uns Sogros de Fugir» em Portugal, «Como en casa ningún sítio» em Espanha (Não há lugar como nossa casa), «Navidad sin los suegros» na América do Sul (Festas sem os sogros), «Anywhere but home» na Holanda (Qualquer sítio longe de casa) e assim por diante. Agora a minha pergunta: será que os americanos acham mesmo que nós não celebramos o Natal? Será que acham que o Natal é tipicamente americano? Ou será que acham que o Natal aqui não vende, que as pessoas não vão ao cinema ver um filme natalício?




É que é o cúmulo! Olhem até para o poster:






No poster americano temos Reese e Vince amarrados em fitas de presentes e ela em cima de caixas de presentes. No poster português (que é o poster europeu e australiano e por aí em diante...) estão separados e ela em cima de malas de viagem.




Eu pergunto: O QUE É QUE SE PASSA COM ESTA GENTE? Incrível!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Arqueologia e tv

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=378425&tema=31

Parece que a arqueologia e a Cultura também aparecem na tv..
Notícia a título de exemplo, entre tantas outras :)

*

Música Perdida

Pois bem, pausa na arqueologia, porque esta semana, foram longas as conversas, as reflexões, o pensar e o falar..
O regresso surpresa da Ana! ;) As conversas que começam em cultura, passam pelos males do mundo, dão voltas e voltas, e voltam.. à cultura - porque tudo é cultura..
Como o Brochado hoje dizia "Saber história, é saber futuro".

Volta a música, e não fugindo à coisa..
Jorge Palma, A Canção de Lisboa


Os serões habituais
as conversas sempre iguais
os horóscopos, os signos e ascendentes
mais a vida da outra sussurrada entre os dentes
os convites nos olhos embriagados
os encontros de novo adiados
nos ouvidos cansados ecoa
a canção de Lisboa

Não está só a solidão
há tristeza e compaixão
quando sono acalma os corpos agitados
pela noite atirados contra colchões errados
há o silêncio de quem não ri nem chora
há divórcio entre o dentro e o fora
e há quem diga que nunca foi boa
a canção de Lisboa

Mamã, mamã
onde estás tu mamã
nós sem ti não sabemos mamã
libertar-nos do mal

A urgência de agarrar
qualquer coisa para mostrar
que afinal nos também temos mão na vida
mesmo que seja a custa de a vivermos fingida
o estatuto para impressionar o mundo
não precisa de ser mais profundo
que o marasmo que nos atordoa
ó canção de Lisboa

As vielas de néon
as guitarras já sem som
vão mantendo viva a tradição da fome
que a memória deturpa e o orgulho consome
entre o orgasmo e a gruta ainda fria
o abandonado da carne vazia
cada um no seu canto entoa
a canção de Lisboa

Vamos lá..
A nossa rotina :) o destino :) os outros ..

"Não está só a solidão". "Silêncio de quem não ri nem chora".

E não sabemos libertar-nos do mal.. Ora cá temos um grande problema..

Afinal, temos mão na vida.. nem que seja a fingir, impressionar o mundo.. (o poeta é um fingidor.. e, não somos todos poetas?)

A tradição da fome, que a memória deturpa, e o orgulho consome..

Afinal, que canção de Lisboa é esta?!

Viver a fingir, numa rotina controlada por um destino, em que os outros representam uma parte muito importantes.
Sozinhos não sabemos libertar-nos do mal - seja lá o que for o mal - precisamos de ajuda.. e cuidado, afinal, também há o que (quem) nos consome..
Alguém há dias me dizia que era preciso ter cuidado com os abutres ;)

*

domingo, 14 de dezembro de 2008

Sessão III - Arqueologia, Museus e Espólios Arqueológicos, versão I

Pois bem, chegamos à última das 3 sessões que visaram uma reflexão da arqueologia em Oliveira de Azeméis..
À semelhança do que fiz com as outras sessões, cá ficam algumas ideias referidas.. Desta vez, com menos comentários meus, já que é uma realidade com a qual muito poucas vezes me cruzei :)

Tema I - Arqueologia e Museus: uma relação inevitável?

Luís Raposo

Um abordagem provocatória - a pré-história dos museus
- o coleccionismo com o renascimento; o espírito de saque; procura de objectos.
- Arqueologia vs Antiquário. Arqueólogo vs Coleccionador.

O Museu como um lugar de descontextualização? Ora, a arqueologia é uma ciência de contexto, o museu é um local onde as peças estão descontextualizadas.
Assim, parece haver uma série de incompatibilidades entre museus e sítios arqueológicos.

Mas.. é um orgulho ter na sua terra um museu..

Há mais gente a visitar os sítios do que os museus que albergam as suas colecções.

Museus têm que pensar num "público" nacional - não fazer museus para "inglês ver". Devem exercer um papel educativo.

Vantagens dos sítios arqueológicos - contextualização; desenvolvimento local. Desvantagens - ilusão das reconstituições ...

Vantagens dos museus - conservação; oferta de diversos serviços. Desvantagens - excesso de peças acumuladas sem qualquer estudo..

"Não há um público de museu, mas sim públicos particulares".

Um dos factores importantes para o desenvolvimento dos museus é a sua organização em rede - Rede Portuguesa de Museus.

Falta uma política de museus - "temos bons técnicos, mas muito maus políticos".

"A arqueologia está cheia de bebés nos braços e não sabe bem o que lhes fazer" - problema de acumular espólio.

O regulamento de trabalhos arqueológicos diz o que se deve (tecnicamente) fazer com o espólio - mas isso não acontece - prevê a sua deposição em museus. - que surgem como salvadores da pátria :p mas não têm bem como o fazer..

*

Hoje deu-me um ataque de loucura e decidi fazer outro post... :)

Este também tem a ver com filmes mas enfim Pitoca, se não sabes falar deste filme, morre paí xD

«A Bela e o Monstro» (1991)»


(Vou colocar a letra da versão brasileira que é a que mais gente conhece que é a do nosso tempo)



Sentimentos são

Fáceis de mudar

Mesmo entre quem

Não vê que alguém

Pode ser seu par


Basta um olhar

Que o outro não espera

Para assustar e até perturbar

Mesmo a Bela e a Fera


Sentimento assim

Sempre é uma surpresa

Quando ele vem

Nada o detém

É uma chama acesa


Sentimentos vêm

Para nos trazer

Novas sensações

Doces emoções

E um novo prazer


E numa estação

Como a Primavera

Sentimentos são

Como uma canção

Para a Bela e a Fera


Sentimentos são

Como uma canção

Para a Bela e a Fera



Música: «Falling Slowly»

Iniciando-me na lide das músicas (mas sempre relacionado com filmes xD) deixo-vos a letra de um dos nomeados para Óscar de Melhor Canção (e vencedor), «Falling Slowly» - do filme Once.

FALLING SLOWLY - Once

I don't know you

But I want you

All the more for that

Words fall through me

And always fool me

And I can't react

And games that never amount

To more than they're meant

Will play themselves out


Take this sinking boat and point it home

We've still got time

Raise your hopeful voice you have a choice

You'll make it now


Falling slowly, eyes that know me

And I can't go back

Moods that take me and erase me

And I'm painted black

You have suffered enough

And warred with yourself

It's time that you won


Take this sinking boat and point it home

We've still got time

Raise your hopeful voice you had a choice

You've made it now

Falling slowly sing your melody

I'll sing along


Nem precisa de interpretações. Vejam o clip. Vejam o casal. Diz tudo. Tudo. Às vezes a vida parece tão simples... «We've still got time...»

sábado, 13 de dezembro de 2008

Óscares 2008: Um pesadelo BEM negro


É hoje. É hoje que eu falo de morcegos. Andei a semana toda em êxtase para apanhar o raio do filme em DVD nas minhas mãos e ontem consegui-o. E vi o filme mais uma vez. E rebobinei tudo e voltei a vê-lo. Brilhante. Genial. Obra de arte. É o filme do ano (e não é dizer pouco do filme) - e por isso se podem perdoar alguns erros menores que em nada diminuem a dimensão especial deste blockbuster de Verão.




«Batman - The Dark Knight» (em português, Batman - O Cavaleiro das Trevas) é a sequela do filme Batman - O Início («Batman Begins»). Christopher Nolan retoma a realização desta franchise da Warner Bros. acompanhado de David Goyer e do seu irmão Jonathan Nolan, que o ajudaram a escrever o argumento desta história, e ainda dos já habitués Christian Bale (Batman / Bruce Wayne), Morgan Freeman (Lucius Fox), Michael Caine (Alfred) e Gary Oldman (Lt. Gordon). A eles se juntam agora Aaron Eckhart (Harvey Dent / Harvey Two-Face), Maggie Gyllenhaal (a nova Rachel Dawes, interpretada em «Begins» por Katie Holmes - das melhores trocas que já vi) e pelo GRANDIOSO Heath Ledger (The Joker) que é talvez o mais talentoso actor da sua geração, morto tragicamente no início deste ano.


A morte de Heath Ledger amplificou a escala de interesse deste filme, interesse e excitação essas que triplicaram quando se constatou que de facto este filme era um CLÁSSICO, uma LENDA e que a performance de Ledger como The Joker era IMORTAL. A história, de resto, é simples e gira em torno dos três homens: Batman/Bruce Wayne - Harvey Dent/Two-Face - The Joker. Nolan pega na história onde a deixou, Gotham ainda em péssimo estado, mas a ganhar confiança e a recuperar devido à acção de Batman que vai trilhando passos na escuridão para acabar com a corrupção, com a máfia e com os assaltos. Eis que neste tempo surge Harvey Dent, um procurador do MP que se revela como o «cavaleiro luminoso» que Gotham precisa. Um rosto que Batman não tem. Quando tudo parece funcionar, eis que The Joker surge e destrói tudo aquilo por que Batman, Dent e Gordon lutaram. Cria um pânico geral que ninguém parece controlar. Joker pretende demonstrar sobretudo que qualquer homem, por muito bom que seja, pode ser levado ao pior de si à custa de um dia mau.



Pontos a favor:
  • Grande história com um grande final
  • Talvez o herói mais adorado da história do cinema
  • Performance de The Joker e de Batman (melhores que em «Batman» (1989), de Burton)
  • Maggie Gyllenhaal empresta um realismo à personagem de Rachel que Katie Holmes não tem
  • Rachel Dawes não sobrevive no filme (o que é óptimo, tendo em conta que foi inventada pelos Nolans - não é personagem da BD original - e não é assim nada de especial)
  • Banda sonora de Zimmer e Newton Howard é brutal e muito tocante
  • O humanismo de Harvey Dent

Pontos contra:


  • Franchise super-explorada (é o sétimo filme da saga, mas o segundo da era Nolan - que é assim que muitos críticos vêem a coisa)
  • Os rumores de que para completar a trilogia com um terceiro Batman (versão Nolan) vão entrar super-estrelas de Hollywood à la Depp ou Jolie ou Hoffmann - estas versões foram perfeitas com actores com pouco ar de superestrelas
  • Erros técnicos na edição do filme, em especial nas cenas de batalha (o único grande erro de Nolan)
  • Bem, talvez o segundo grande erro de Nolan seja não criar bons papéis femininos: esta Rachel Dawes, por muito boazinha que seja, é um desperdício de tempo
  • A morte de Ledger (que já tinha assinado para um terceiro filme) - mas isso não é bem culpa de ninguém, não é? :D


NOTA FINAL: 19 (20 é demais, não acham? Eu até acho que o 19 está hiperbolizado)



Bom, de resto este é o filme da história (!) com mais críticas positivas no Rotten Tomatoes (e o 2º em termos de aceitação geral, 94% - perto dos 97% que Wall-E, também deste ano, reuniu) e o 2º filme da história com maior receita de bilheteira nos E.U.A. (o número baixa quando se fala em todo o mundo e baixa ainda mais se fizermos a inflacção do preço) - 560 milhões de dólares só nos E.U.A. em apenas seis semanas! Bateu o recorde de bilheteira por um dia, por um fim-de-semana, por uma semana e por um mês. Pobre Titanic (ainda por cima não gosto assim tanto desse filme... :D)

Já lançou a sua candidatura aos Óscares (que eu espero que seja bem sucedida - as minhas previsões para os Óscares aqui a 22 de Dezembro, um mês antes das dos Óscares e a partir daí vamos semanalmente actualizando as previsões) e acredito que tenha boas hipóteses em Cinematografia, Banda Sonora, Direcção Artística, Argumento Adaptado, Edição, Mistura de Som e Edição de Som. Guarda-Roupa e Maquilhagem será mais difícil, Melhor Director e Melhor Filme é discutível.
No entanto, dado o 'flop' da maioria dos grandes tubarões pró-Óscar e devido ao sucesso deste filme ('Movie of the Year' status) tenho vindo a ganhar certeza que este filme estará nos top 5 (dia 22 explico porquê). E Christopher Nolan deve ter a sua nomeação assegurada. A minha aposta é em oito/nove nomeações. Com algumas vitórias.

Sem dúvida que a Warner Bros. está a apostar em grande neste filme (quem também tem maior retorno de bilheteira que orçamento para o filme - 560m $ > 300m $ - pode dar-se a esse luxo) e tem, para já, os anúncios e os cartazes mais bem colocados e mais bonitos.


Deixo-vos agora com algumas frases brilhantes deste filme:

«You either die a hero or you live long enough to see yourself become the villain»

«This town deserves a better class of criminals. And I'm going to give it to them. This town is mine.»

«Dad put his knife in my mouth and said to me, 'Why so serious, son?'»

«"Why does the Batman have to run, dad? He didn't do anything wrong". "Because he's the hero Gotham deserves, but not the one we need right now. So we'll hunt him, because he can take it. Because he's not a hero. He's a silent guardian, a watchful protector, a DARK KNIGHT."
(esta última: fantástica!)



Sem nada mais a dizer... :)