domingo, 7 de março de 2010

2009 em cinema... (Melhores Cenas)

It's OSCAR WEEKEND!


Havia tantas cenas para colocar que me vi resignado a escolher só 20 (de vez em quando tenho que ter auto-controlo, senão os meus posts ainda ficam maiores do que o habitual - que já é grande o suficiente!). Um excelente vídeo que resume bem os filmes todos de 2009 é este que aqui vos deixo...





2009 foi um ano atípico. Nada de grandes sequelas, de franchises, de filmes de super-heróis (só Watchmen e isso ainda na ressaca de 2008), muitas comédias (poucas românticas até), os biopics ficaram (quase) fora-de-moda (só The Last Station, The Blind Side, Invictus e Julie & Julia), gozou-se com a II Guerra Mundial (Inglorious Basterds), contaram-se histórias de não-amor (A Single Man, (500) Days of Summer, Up in the Air), atingiram-se novos níveis tecnológicos de se fazer cinema (District 9, Avatar, Star Trek), tivemos um enorme ano de animação (que eu acho que nunca mais se vai repetir) e... muito mais.




Em 2009 vimos as expectativas de Tom colidirem com a realidade que Summer tinha reservado para ele em (500) Days of Summer,



Vimos como um filme de animação nos pode mostrar tanto da nossa vida sem ter sequer diálogo (Carl e Ellie parecem tão felizes, não?) em Up!,



Apareceu novo filme de super-heróis mas completamente anti-natura do que já se tinha feito antes; Watchmen prometia muito e até começou bem, com esta brilhante, estilizada sequência de abertura, mas depois...



A quem não apeteceu juntar-se a Max e às "coisas selvagens" e correr, saltar, partir coisas em Where The Wild Things Are?



Em 2009 identificámo-nos com a personagem de George Clooney de Up in the Air, à deriva no mundo de hoje, que favorece a falta de contacto humano, que nos educa a dar maior importância às futilidades e superficialidades e à rotina do que às pequenas coisas do dia-a-dia,


Nunca vi céu tão belo e tão maravilhosamente retratado como o de Susie Salmon de The Lovely Bones. Peter Jackson pode ter arruinado um pouco o filme, mas os efeitos visuais são extraordinários como sempre.



E que dizer da cena de abertura de Nine? Tão deliciosamente melódica, a dar a introdução apropriada para um grande musical. E o círculo das mulheres à volta de Guido? Priceless.



Foi em 2009 que também vimos o que o isolamento, a solidão, a falta de contacto humano pode fazer a uma pessoa. A personagem de Sam Rockwell em Moon foi progressivamente deteriorando ao longo do filme e podem apostar que qualquer pessoa, naquela situação, tanto tempo, também teria perdido um pouco a sanidade...



Do grande acontecimento de 2009, Avatar, existiam muitas grandes cenas para retirar, mas a mim nada me excitou mais que ver a cena com os Na'Vi a domarem os seus dragões. E aquele vôo? Lindo.


Em 2009 vimos Colin Firth transformar-se completamente na pele de George, um professor gay que acaba de perder o seu amante, em A Single Man. Além da monstruosa interpretação, aquela cena ao telefone? Aquelas lágrimas a caírem pelo rosto? Se essa não é das imagens mais marcantes de 2009, então não sei o que será...



Em An Education, vimos Jenny (Carey Mulligan) aperceber-se, aos poucos, de que os erros que uma pessoa comete têm consequências que podem ser irremediáveis para o nosso futuro ("an education isn't always by the book", adoro esta expressão),



Outro filme com inúmeras sequências de qualidade para escolher era Inglorious Basterds, mas para mim a melhor de todas as sequências ("Attendez la crème!" é outra delas, "That's a bingo!" é outra, Shoshana a preparar-se para queimar o cinema é outra, o jogo de cartas é outra, a cena de apresentação dos Basterds é outra) é a sequência inicial, na qual o Coronel SS Hans Landa aproveita a sua poliglotia para capturar um grupo de Judeus refugiados. Até Tarantino admitiu que esta é (até agora) a melhor cena que já escreveu.



Desde Cannes que Bright Star vinha a perder vapor na corrida aos Óscares. O filme de Jane Campion é de uma beleza e subtileza sublimes, é certo, mas falta-lhe algo na química entre os protagonistas e no argumento que não dá bem para entender. De qualquer forma, uma das suas cenas, a de John Keats a subir e descansar no alto de uma árvore, perante aquela paisagem fascinante, marcou-me. Apeteceu-me logo meter-me dentro do ecrã e subir á árvore também.



Em 2009, poucas imagens possuem tanta carga emocional como a sequência final de Coco Avant Chanel, o desfile de moda, peças de múltiplas cores, feitios, tecidos, mas o que nos marca mesmo é a expressão no rosto de Gabrielle Chanel, antes de se tornar Coco, antes de se tornar imortal, a mulher que subiu da pobreza, contra tudo lutou mas ainda assim perdeu o seu amor...



Saúde o regresso da Disney à animação original com este Princess and the Frog, que apesar dos seus problemas, é estupendamente divertido. Tirando algumas cenas de Up, esta particular sequência é das melhores cenas de um filme animado do ano e é umas cem vezes melhor que o resto do filme. A música, «Almost There», é um bónus (é muito graças a esta sequência que está nomeada para Óscar) muito bem apreciado.



Este ano trouxe-nos também o regresso do mestre Lars Von Trier com mais um filme inesquecível. Em Antichrist podemos ver as marcas inapagáveis da perda da personagem de Charlotte Gainsbourg,



E vimos surgir o "monstro" Mary Jones em Precious, que dominou todas as suas cenas com uma ferocidade, com uma presença arrepiante, mas que nos marca para todo o sempre na sua última cena, na sua confissão à assistente social, na qual não dá para não sentir toda a pujança da interpretação de Mo'Nique,


Ágora, o filme de Aménabar, também tem muitas e gloriosas imagens para nos maravilhar, mas para mim nenhuma sequência de acção bate a destruição da Biblioteca de Alexandria. Foram 10-15 minutos em que me senti na ponta do meu assento no cinema.


Uma boa surpresa este ano, The Brothers Bloom foi das comédias mais sólidas dos últimos tempos, fazendo jus ao talento dos seus intérpretes. A melhor cena do filme, e das melhores do ano seguramente, é a do último truque do "con-man" interpretado imaculavelmente por Mark Ruffalo. O seu último golpe de teatro foi magistral.

E finalmente, em 2009 vimos como é ser testado todos os dias, no nosso máximo limite, em The Hurt Locker. Aqueles desarmadores de bombas no Iraque não tem realmente a vida nada fácil...


2 comentários:

Joana Vaz disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Joana Vaz disse...

Foi um bom ano para o CINEMA...:D

Inovador, divertido, comovente, tocante...