quinta-feira, 18 de março de 2010

Música Perdida... No cinema


Novamente eu de volta, com mais um dos meus potenciais candidatos a Melhor Canção do ano (nomeados e vencedores dos meus prémios cinema/TV a anunciar hoje e amanhã, respectivamente).

Bem, como hoje tenho um pouco de tempo livre em mãos, vou tentar despachar algumas coisinhas que eu tenho querido fazer há já algum tempo. Já estou a ir off-topic portanto concentremo-nos.


Relembrando até ao momento as músicas que já vos trouxe...





Faltam 3 músicas. Pois bem, a música que hoje vos trago faz parte da banda sonora de Crazy Heart, tal como "The Weary Kind". Essa música é "Somebody Else" e é das músicas mais bonitas da bastante interessante banda sonora do filme que deu o Óscar a Jeff Bridges. É uma música diferente de "The Weary Kind" pois esta é uma música mais rápida, mais apta para se dançar, mas de qualquer forma com um toque country muito engraçado.


Não consigo, desta vez, deixar a letra da música, porque não a encontro em lado nenhum (se encontrarem, avisem), assim sendo deixo-vos com a minha pequena reflexão e com a canção (via YouTube):








Gosto imenso do primeiro verso da canção, «I used to be somebody / But now I am somebody else». Este verso fala bem mais do actor, Jeff Bridges, que da sua personagem, Bad Blake. Bad Blake é um alcóolico, é um derrotado pela vida, é uma antiga estrela country na rota descendente da carreira. Só o cantar lhe alivia a dor na alma que de facto sente. Por isso é que ele diz que antigamente foi uma pessoa muito diferente da que é hoje. O que, de facto, não é mau. Muitos erros depois, ele aprendeu com a vida. E por isso é, hoje, uma pessoa diferente. Quem também é sempre uma pessoa diferente é o actor que encarna a personagem, Jeff Bridges. Nunca vi ninguém tão camaleónico nos seus papéis. Ele não só os interpreta, ele vive-os. E, ao fazê-lo, deixa-nos com interpretações inesquecíveis. Basta relembrar as suas últimas interpretações a sério: The Contender, The Door in the Floor, The Big Lebowski, Crazy Heart. São quatro homens totalmente diferentes, cada um com as suas peculiaridades e com feitios tão distintos, mas de certa forma Bridges consegue torná-los familiares a todos nós, tudo fruto do seu imenso talento. E é assim, meus caros, que um actor consegue algo que ninguém lhe pode tirar: a sua imortalidade.


1 comentário:

DiogoF. disse...

Deixa-me dizer-te que é já uma das minhas músicas favoritas (não só da categoria "soundtrack".

Também relacionado com esse primeiro verso e a mensagem que transmite, diz ele, a certa altura, em resposta à pergunta de Jane sobre de onde vêm as suas músicas:

"Life, unfortunately."