quarta-feira, 31 de março de 2010

Cinema em 2011: Parte 1

Bem, há muito tempo que não vinha cá. Venho pedir que subscrevam mesmo a petição da Sara, como eu já o fiz, é por uma causa justa. Aproveito aqui este espaço para pedir à Sara que faça uma rubrica de Revisão da Década, como eu fiz para cinema e televisão, só que para a Política. Acho que sairia muito melhor se fosses tu a fazer em vez de mim, Sara. Pensa nisso.


Agora falando ao que venho... Venho tratar dos filmes que vão passar pelos nossos olhos em 2010/2011. Há para todos os gostos, por isso decidi partir a minha crónica em três partes porque ela é gigantesca. A ver se pelo menos a parte 2 ainda é colocada hoje também... A terceira parte é a mais interessante, é o minha lista dos 20 filmes mais antecipados do ano (na minha modesta opinião).

As minhas previsões virão também nos próximos dias, bem como a revelação dos meus vencedores dos prémios de cinema e televisão. Mas vamos ao que interessa. Isto está dividido por temas.

Neste primeiro post falo dos filmes que um perito em cinema classificaria como “filmes menores”. Mais tarde hoje ou amanhã devo então colocar os filmes que realmente nos interessam a nós, cinéfilos a sério (filmes estrangeiros tenho que adquirir mais informação e por isso falarei deles mais tarde).


COMÉDIAS



Não me parecem muito interessantes: Amy Adams junta-se a Matthew Goode para protagonizarem o já estreado nos Estados Unidos Leap Year, que conta a história de uma rapariga que quer propôr casamento ao namorado no Leap Day, um dia tradicional na Irlanda que só acontece a cada quatro anos, a 29 de Fevereiro. Se por um lado o veterano Adam Sandler junta o seu grupo de amigos para a comédia tipicamente masculina Grown Ups, por outro Ben Stiller retoma a sua “franchise” dos Fockers com um terceiro filme, Little Fockers.



Podem ser interessantes: Katherine Heigl, que recentemente deixou Grey’s Anatomy, emparelha com Josh Duhamel para a comédia Life as We Know it, que fala de dois amigos que se juntam para tomar conta do bebé de um casal que era seu amigo e que falece num acidente. Michael Cera é protagonista de Youth in Revolt, filme no qual ele volta a investir na problemática do crescimento adolescente. Finalmente, falo-vos da comédia de acção que junta de novo Tom Cruise e Cameron Diaz, Knight and Day, filmada um pouco por todo o mundo. E que tal ainda When in Rome, com Kristen Bell e Josh Duhamel - pois, assim não parece tão interessante - mas com Anjelica Houston, Danny De Vito e Will Arnett, entre outros, no elenco?









Definitivamente valem a pena ver: Temos primeiro que tudo a comédia mais excitante para a nossa faixa etária, Scott Pilgrim vs. The World, baseada numa BD ainda não comercializada cá mas que tem grande sucesso no continente americano e que basicamente fala de um rapaz que se apaixona por uma rapariga mas que, para ficar com ela, tem de derrotar os seus sete ex-namorados malvados. A excelente Tina Fey (30 Rock) e o sempre de confiança Steve Carell (The Office, The 40-Year-Old Virgin) formam o par de protagonistas de Date Night que só pelo nome dos dois actores envolvidos já promete e finalmente falo-vos. Só para rematar, relembrar que Arrested Development, das melhores comédias desta década (e de sempre) vai virar filme, ainda não se sabe se em 2010 (pouco provável) ou em 2011 (muito mais provável). Esqueci-me mas acrescento a engraçada comédia (em potencial) de Jennifer Aniston e Jason Bateman, The Switch.



ANIMAÇÃO

Depois de um ano a todos os níveis excepcional em animação, eis que 2010/2011 não nos traz grande coisa (e ao que os Óscares diz respeito, não devemos ter nenhum título animado entre os 10 este ano). Temos o retomar da mais famosa história de brinquedos de sempre, Toy Story 3 (novo trailer aqui), que é o filme que a Pixar nos traz este ano; temos a sua parceira Disney a apostar em nova princesa, desta feita Rapunzel, num filme com o nome Tangled; e a Dreamworks traz-nos mais três títulos, Megamind, Despicable Me e How To Train a Dragon, que já estreou em Portugal. Falta-me mencionar o que se diz ser o melhor filme animado do ano, Illusionist. Outros filmes animados a sair este ano: Legend of the Guardians, Yogi Bear, Hoodwinked Too! Hood vs. Evil e Alpha vs. Omega (isto além de Shrek, que já falo mais à frente). Lembro que para haver 5 nomeados precisamos de mais de 15 filmes.

PORTUGUESES









Informação sobre cinema português é rara e nem sempre certa, por isso alguns dos títulos que posso estar aqui a mencionar podem não estar correctos. Um que tem tido grande publicidade é Embargo, baseado na obra homónima de José Saramago e cujo trailer me parece interessante. Intrigado estou também por outros dois títulos, Duas Mulheres e A Religiosa Portuguesa, que têm tido boa crítica lá fora. Os Sorrisos do Destino já tinha sido falado por mim o ano passado mas parece que só este ano vai ser lançado. De resto, A Espada e a Rosa, Quinze Pontos na Alma e Alasca são outros nomes de quem encontrei boas coisas a serem ditas. E um amigo blogger (cujo blogue vem mencionado na nossa lista, "A Gente Não Vê") chamou-me a atenção para Backlight de Fernando Fragata que também estreia este ano.


FRANCHISES, REMAKES E SEQUELAS



Não me parecem interessantes: Este ano não temos Transformers (esse terceiro encontro está marcado para 2011 e agora John Malkovich e Frances McDormand juntam-se – infelizmente – a Megan Fox e Shia La Boeuf) mas temos títulos com potencial tão mau como o desse. Desde logo, o terceiro filme da saga Chronicles of Narnia, que parece que vai continuar a senda do segundo filme, que foi muito mau; a ele se junta novo filme de Resident Evil, agora também em 3D (quando é que isto vai voltar a deixar de ser novidade?) e também a quarta parte da história de Shrek: Forever After (quando é que o ogre verde vai deixar de dar dinheiro à Dreamworks, que é para encerrar a história de vez?). Não nos podemos esquecer ainda da terceira parte da saga Twilight: Eclipse – será que vamos ter mais do segundo filme (que foi horrendo) ou do primeiro (que foi por pouco suportável?). Outro remake ainda que me faz tremer é o de Nightmare in Elm Street, mas quanto a esse… espero para ver.



Talvez sejam interessantes: a primeira parte do sétimo filme do feiticeiro mais conhecido de todos os tempos, Harry Potter and the Deathly Hallows, também chega aos cinemas este ano, bem como a adaptação de mais uma BD, The Green Hornet. E também o videojogo Prince of Persia (com Jake Gylenhaal como protagonista e Jerry Bruckheimer, criador de Pirates of the Caribbean) consegue a sua adaptação cinematográfica, seguindo os passos de Tomb Raider e Max Payne (esperemos que saia melhor que os seus predecessores). A saga Tron, bem antiguinha, recebe uma sequela este ano, Tron: Legacy, que conta com a participação do recém-Oscarizado Jeff Bridges e a também “saga” (porque não?) Sex and the City consegue a sua sequela cinematográfica, Sex and the City 2. Entre os mil remakes deste ano, ainda há que dar destaque ao remake de Clash of the Titans, também em 3D (eu percebo este remake, é como Sam Worthington disse numa entrevista, este filme não tem nada de especial, mas realmente merecia que a nova tecnologia dos dias de hoje pudesse ser posta em uso nesse filme, porque seria qualquer coisa de espectacular) e ao de The Karate Kid, com Jackie Chan (escolha mais do que óbvia para o “sensei” japonês) e… o filho de Will Smith (a seguir as pisadas do pai?).

Provavelmente valem a pena ver: depois das sagas literárias Lord of the Rings, Harry Potter, Chronicles of Narnia e Northern Lights virarem filmes, eis que mais uma dessas, a história de Percy Jackson, ganha vida no grande ecrã. Percy Jackson and the Olympians: The Lightning Thief é o primeiro da série. Teremos novo Harry Potter ou novo The Golden Compass? O tempo nos dirá. Depois do sucesso do ano transacto, os criadores de Paranormal Activity já prepararam novo filme, agora com mais dinheiro e já com apoio de estúdio por trás e com distribuidor assegurado. Paranormal Activity 2 promete ser tão bom como o primeiro. Uma das adaptações deste ano que me tem conseguido manter entre o excitado e o preocupado é a de The A-Team. Liam Neeson como Hannibal ou a de Sharlto Copley como Murdock parecem-me decisões de casting incrivelmente sagazes, enquanto a de Bradley Cooper como The Face já me deixa algumas dúvidas. Bem, veremos o resultado. Josh Brolin protagoniza mais uma história de super-herói pouco convencional, Jonah Hex, a qual me deixa algumas preocupações mas que por outro lado me continua a manter no campo do entusiasmo.





Definitivamente valem a pena ver: O que é que vale MESMO a pena não perder este ano neste campo? Michael Douglas retoma o seu papel imortal de Gordon Gekko ao lado de Shia La Boeuf, o seu novo discípulo, e Carey Mulligan em Wall Street 2 e Robert Downey Jr. também volta ao seu proeminente papel de Tony Stark em Iron Man 2. Ambos prometem muito.

FILMES DA TRETA

E como eu não sou de excluir ninguém, também falo daqueles filmes que o seu potencial duvidoso nos leva a colocar o rótulo de filme da treta, seja porque têm todo o ar de comédia romântica de domingo à tarde, seja porque são filmes de acção daqueles que não obrigam o espectador a pensar, seja porque são tão ridículos em perspectiva que eu não consigo apostar assim muito neles.

Não valem mesmo a pena ver: Não confio nada no novo filme de M. Night Shyamalan, que tem vindo a suceder em flop atrás de flop (desde The Sixth Sense, só sai porcaria: Lady in the Water, The Happening e, agora, parece-me, este The Last Airbender, baseado num anime japonês muito conhecido). Outro filme com quem eu não vou à baila é o novo filme de Stallone, que inclui todo o bad boy de acção que há em Hollywood, desde Jason Stratham até ele próprio, The Expendables. Escusado será dizer que não tenho muita esperança que isto vire grande filme. E, claro, não gostei do filme de Mel Gibson que já estreou cá, Edge of Darkness (mas isso fica para outra altura).



Será que até não vão ser maus? Nesta categoria só consigo pôr dois, os dois filmes protagonizados por Amanda Seyfried, Letters to Juliet, co-protagonizado por Gael Garcia Bernal (a principal razão pela qual eu acho que o filme até se pode safar); e Dear John, no qual ela contracena com Channing Tatum (a principal razão para este filme não estar na pilha dos filmes pelos quais estou entusiasmado) num argumento baseado num best-seller de Nicholas Sparks que parece prometedor.



Será que só tu é que os vais achar maus? Aqui podemos contar com cinco títulos que eu aposto que não vou gostar (posso ser surpreendido, claro) e que pode haver para aí muito boa gente que goste. Falo claro do novo filme da super-estrela Hannah Montana/Miley Cyrus, The Last Song (parece porreiro no papel mas com ela a protagonizar… não sei não); falo também do novo filme de Robert Pattinson, já estreado em Portugal, Remember Me, com Émilie de Ravin; falo de dois dos quatro novos filmes de Kristen Stewart, a Bella de Twilight: Welcome to the Rileys que tem James Gandolfini como co-protagonista de luxo e The Yellow Handkerchief que soa a todos os níveis mau. E no fim de contas, falta aqui o novo filme de Denzel Washington, que aposto que será alto filmaço de acção, mas que enfim, não me parece que vá gostar muito, The Book of Eli.


Seguinte: Parte 2 - Filmes dos festivais, filmes de prestígio fora do meu top e filmes para Óscar

7 comentários:

mean_machine disse...

Não é para ser mau (ok, só um bocadinho), mas tens algumas gaffes k gostava de corrigir:
Resident Evil, n é remake, é o 4º filme da saga.
Percy jackson ja estreou em portugal a mt tempo, gostei bastante do filme.
N é lady in the sea, é lady in the water.
Van damme n entra no filme The Expendables. Foi convidado, mas recusou.


Pesadelo em elm street, parece tao ou mais assustador kt o original, tou ansioso para ver.
E n falaste da sequela (sequelas? ja k falam em nova trilogia) do Scream.

Green hornet, prince of persia, tron, clash of the titans e karate kid parecem interessantes.
Tomb Raider valeu a pena pela Angelina lol

Paranormal activity ainda n vi e o a-team concordo ctg.

Wall street, n vi o primeiro, iron man 2, é filme a n perder

Jorge Rodrigues disse...

Hmm valeu pela correcção, só para dizer que:

- no caso do Van Damme no The Expendables, eu li no Rope of Silicon o nome dele, daí o ter incluído (e ainda tinha aí mais um erro que eu não tinha notado mas corrigi, eu tinha dito que o filme era do Gibson em vez do Stallone, estou sempre a confundi-los);

- a do Lady in the Water foi erro crasso, de não ter consultado o imdB para escrever (soou melhor Sea do que Water anyway);

- o Percy Jackson é de 2010, daí ter sido incluído cá;

- e li no In Contention que era um 'remake' de Resident Evil, não novo filme da saga, daí ter escrito o que escrevi (também não é a minha área, daí o erro).

Tudo isto já está corrigido.

DiogoF. disse...

tens aqui uma boa ideia, sim senhor. há filmes dos quais não ouvi falar, mas pelas tuas pequenas sinopses, fico tentando a concordar com o que dizes sobre eles (nomeadamente na parte das comédias).

De especial, deixa-me dizer que 1) detesto e sempre detestei Shrek, 2) pessoalmente, estou muito ansioso por Toy Story: 3) para 2011, penso eu, fala-se no The Hobitt, mas não sei, já que ainda estão a seleccionar os actores; 4) apesar de não ser português, é realizado pelo Fernando Fragata, Contraluz (Backlight) e adorei o trailer.

mean_machine disse...

é sp um prazer contribuir
se tiveres duvidas sobre cinama avisa lol

Jorge Rodrigues disse...

Diogo, obrigado pelo comentário. Já está adicionado ao post o filme Backlight.

Sara Almeida Silva disse...

Ora seja bem aparecido.. ;) Acho que dessa lista profunda de filmes, ouvi falar de um ou outro porque alguém disse que queria ir ver..
É tão giro não pescar pevide disto' ;)

Obrigada pela sensibilização na questão da petição.. Quanto À questão política.. não sei.. isso é um desafio muito assustador' tem que ser meditado ;)
*

DiogoF. disse...

Era só mesmo para dissertares sobre o filme se quisesses, mas pronto, obrigado pela publicidade ahah. Força com a segunda parte !