domingo, 2 de maio de 2010

Cinema 2011: Parte 3

Peço desculpa pela minha IMENSA demora (comecei a escrever isto há um mês atrás, agora é que reparei!) mas tenho tido coisas para fazer e isto vai empilhando... Tenho a dizer apenas que estou a tentar despachar as coisas antes da Queima das Fitas de Coimbra começar senão aí é que nunca mais acabo!

Fica aqui então a minha última parte dos filmes de 2010/2011: os meus favoritos. Estes são os 25 títulos que mais antecipação me trazem para a nova temporada.





#25 - THE ADJUSTMENT BUREAU

Realizado por George Nolfi (argumentista responsável por The Bourne Ultimatum) e com Matt Damon, Emily Blunt, Anthony Mackie, John Slattery e Shoreh Aghdashloo no elenco, este filme, baseado na short story de Philip Dick, "Adjustment Team", que fala do romance entre um congressista e uma bailarina, romance esse que é impedido por forças misteriosas. O argumento, diz-se, é francamente bom e combina drama com ficção científica. Além de ter por trás da câmara inúmeras pessoas passíveis de serem nomeadas para prémios este ano, tem uma dupla de quem se tem dito muito boas coisas, em particular de Emily Blunt, que está claramente na lista preferencial dos votantes da Academia.




#24 - LONDON BOULEVARD

A realização deste filme policial está a cargo de William Monahan, o argumentista premiado de The Departed e de Kingdom of Heaven. O filme, baseado no romance de Ken Bruen e cujo argumento (também de Monahan) era dos principais da Black List e da Brit List, fala de um criminoso, londrino, que depois de ser libertado da prisão, abandona essa vida e torna-se um faz-tudo para uma jovem actriz. O elenco é composto por Keira Knightley, Colin Farrell, Ray Winstone, Stephen Graham, David Thewlis, Anna Friel e Eddie Marsan, entre outros. Com Monahan veio o editor Dody Dorn (Memento) e o cinematógrafo vencedor de 2 Óscares Chris Menges (The Reader, Notes on a Scandal). Filme com largo potencial, não será candidato a grandes prémios, mas eu sou um devoto de filmes de gangster e se este for de um nível razoável (já nem digo ao nível de In Bruges) já me dou por satisfeito.




#23 - THE CONSPIRATOR

É dos filmes mais baixos na minha lista e será, muito provavelmente, em conjunto com o The King's Speech, dos filmes que mais nomeações poderá alcançar para o ano. Apesar da última experiência (Lions for Lambs) não lhe ter corrido bem, Robert Redford volta à cadeira de realizador, desta vez para filmar The Conspirator, que conta a história de Mary Surratt, acusada de co-conspiração no assassinato de Abraham Lincoln. Do filme tem-se dito grandes coisas, nomeadamente que a vitória de Robin Wright (ex-Penn) na categoria de Melhor Actriz é seguríssima. Do elenco constam ainda grandes nomes como James McAvoy, Evan Rachel Wood, Tom Wilkinson, Justin Long, Kevin Kline e Alexis Bledel e na equipa de Redford contam-se nomes ilustres na indústria, nomeados para diversos prémios.




#22 - THE FIGHTER

Nova reunião de David O'Russell (Three Kings, I Heart Huckabees, Nailed) com Mark Wahlberg, depois de I Heart Huckabees. A eles se junta Christian Bale, num papel definidor da sua carreira (volta a perder imenso peso - vejam as imagens, é assustador!), Amy Adams e Melissa Leo. Este é um drama pesado sobre o boxer irlandês Micky Ward e o seu salto para a fama. Do nada a campeão do mundo de peso leve. Isto tudo com a ajuda do meio-irmão Dickie, que era um dos boxers mais talentosos do mundo (ao contrário do irmão, com mais coração que talento) mas que desperdiçou a sua oportunidade por se ver imerso no mundo da droga e da criminalidade. Parece ser claramente um dos títulos a apostar forte na corrida deste ano, uma vez que reúne actores que a Academia de facto gosta (Wahlberg + Leo + Adams), um actor cujas interpretações têm tresandado a necessidade de ser nomeado (Bale), um realizador competente e um tema que lhes cai como ginja (Rocky, Raging Bull, Million Dollar Baby, só alguns exemplos).




#21 - THE KING'S SPEECH

Pelo realizador de The Damned United (e da mini-série multipremiada John Adams), Tom Hooper, chega-nos uma história que tem tudo o que os votantes da Academia gostam: relevância histórica (o filme conta a história dos esforços do Rei George VI para ultrapassar a sua gaguez com o auxílio do terapeuta da fala Lionel Logue), elenco de estrelas e antigos nomeados (Colin Firth é o protagonista, ele que vem em maré ascendente depois do sucesso de A Single Man; Geoffrey Rush, Helena Bonham-Carter, Timothy Spall, Michael Gambom, Guy Pearce compõem o restante elenco), poder de campanha (adquirido pela Weinstein Co.) e sendo um filme histórico claro que dará primazia a guarda-roupa, direcção artística e maquilhagem de qualidade. Escrito por David Seidler. Mesmo que não seja tão bom quanto o que se espera, como ficou provado com The Last Station o ano passado, há-de conseguir algumas nomeações.




#20 - GREEN ZONE

Já estreado cá em Portugal e com relativo sucesso está o novo filme fruto da parceria do realizador Paul Greengrass e do actor Matt Damon. Este filme de guerra, que esteve para sair em 2009 mas acabou adiado, foi escrito por Brian Helgeland e o seu enredo toma lugar durante a ocupação americana de Bagdad em 2003, contando a história do Oficial Miller e da sua equipa de Inspecção de Armas, enviada a encontrar armas de destruição massiva que se acreditavam estarem escondidas algures no deserto iraquiano. Além de Matt Damon, o elenco contém nomes como Brendan Gleeson, Greg Kinnear, Jason Isaacs e Amy Ryan. Parece ser um filme porreiro, bastante interessante, mas que com a mudança para 2010, tal como Shutter Island, perdeu um pouco do seu vapor. Não deverá ser concorrente a nada.




#19 - THE COMPANY MEN

Um elenco com Ben Affleck, Kevin Costner, Tommy Lee Jones, Rosemarie DeWitt, Chris Cooper, Maria Bello e Craig T. Nelson. Um argumento do também realizador John Wells (criador da série ER - Serviço de Urgência). Uma estreia aplaudida em Sundance que já o catalogou como «o novo Up in the Air». Promete imenso, não é? O filme foca-se nas consequências que a actualidade financeira e económica tem causado nas grandes empresas, que foram obrigadas a despedir muitos dos seus trabalhadores. Mesmo que não seja um candidato potente a prémios, estará nas listas dos melhores do ano com certeza.




#18 - LOVE AND OTHER DRUGS

Alguma vez Edward Zwick vai ter de acertar com a Academia. Será desta? Este Love And Other Drugs é a adaptação cinematográfica (de Charles Randolph) do romance multigalardoado de Jamie Reidy, "Hard Sell: The Evolution of a Viagra Salesman", que conta a sua própria história como um representante farmacêutico nos anos 90. Além da história de amor que se desenrola entre ele (Gylenhaal) e uma mulher com Parkinson (Hathaway) que ele encontra numa das suas visitas, o filme deita supostamente um olhar crítico e inquisitivo à indústria farmacêutica, expondo muitas das coisas ilegais que ela tem feito. O filme já tem imenso buzz, uma vez que quem já viu assegura que Anne Hathaway tem a nomeação garantida. Sendo assim, porque não a vitória? Uma vez que o seu primeiro Óscar até já podia ter vindo em 2009... Do elenco fazem ainda parte Judy Greer, Oliver Platt, Hank Azaria, Gabriel Macht e Jamie Alexander.




#17 - DREAM HOUSE

Não é garantido que estreie mesmo em 2010, mas se estrear, seguramente que este novo filme do senhor Jim Sheridan (Brothers, In America), que tem como protagonistas Daniel Craig, Rachel Weisz e Naomi Watts, irá ser tido em grande conta. A história fala-nos de uma família que é recolocada para uma pequena cidade que descobre a posteriori que a sua casa foi o lugar onde ocorreu um terrível assassinato.





#16 - THE TOWN

Depois de Gone Baby Gone, eis que Ben Affleck volta a realizar uma película. De seu nome The Town, baseado no romance de Chuck Hogan, com um argumento escrito em co-parceria com Peter Craig e Sheldon Turner e também por ele protagonizado, o filme fala-nos de um ladrão de bancos que se apaixona por uma das trabalhadoras do banco que ele assaltou. Também o polícia do FBI responsável pelo caso se apaixona por ela. Desta forma, ela vai-se ver no meio dos dois e se por um lado quer tornar o ladrão numa pessoa melhor ao lado dela, num futuro risonho para os dois, ela é também, por outro lado, a única hipótese que eles têm de o fazer pagar pelo passado. Além de Ben Affleck, no elenco estão nomes como Jeremy Renner, Jon Hamm, Rebecca Hall e Blake Lively.




#15 - THE RUM DIARY

Um dos filmes mais capazes de surpreender será este The Rum Diary, filme de Bruce Robinson (que escreve e realiza) baseado na obra literária e Hunter S. Thompson, que fala de um triângulo amoroso no qual entra Paul Kemp, um jornalista em crise de meia-idade, história esta que se passa na sociedade porto-riquenha dos anos 50. O elenco inclui nomes como Johnny Depp, que fará o papel do protagonista (finalmente uma personagem normal!), Aaron Eckhart, Amber Beard, Giovanni Ribisi, Richard Jenkins e Amaury Nolasco.




#14 - THE AMERICAN

É presentemente um dos favoritos para os Óscares, tem George Clooney como cabeça de cartaz, é realizado por Anton Corbijn (realizador do óptimo - e pouco visto - Control), adaptado da obra com o mesmo nome de Martin Booth e é um thriller de acção que conta a história de um assassino e da sua última missão em Itália. Quanto a prémios não sei mas há gente a apostar já bom dinheiro em Clooney para Melhor Actor (pelo menos uma coisa é certa: parece um papel bem diferente daqueles que ele tem interpretado - e já sabemos que a Academia gosta disso)




#13 - WHAT'S WRONG WITH VIRGINIA?

Lembram-se de quando o bastante jovem Dustin Lance Black venceu o Óscar de Melhor Argumento Original por Milk, há apenas 2 anos? Pois bem, eis que enquanto escreve o argumento do novo filme de Clint Eastwood, Hoover, sentou-se na cadeira de realizador e, pegando num argumento que ele escreveu, dá-nos What's Wrong With Virginia. Este filme, que conta com nomes como Jennifer Connelly, Ed Harris, Emma Roberts e Yeardley Smith nos principais papéis, fala-nos da vida de um xerife que vê a sua candidatura ao senado fugir quando a sua filha começa a namorar com um rapaz da vizinhança que, apesar de muito encantador e bem-educado, é filho de uma mulher com perturbações psicológicas com quem ele manteve, durante 20 anos, um affair. À partida, se os talentos de Black vierem ao de cima, teremos um filme com uma história interessante e viva e um diálogo acutilante e singelo. A ver.




#12 - THE GHOST WRITER

Terminado de editar na prisão, The Ghost Writer é o novo filme de Roman Polanski (The Pianist, Rosemary's Baby, Chinatown, tantos grandes clássicos), que desta vez traz-nos Ewan McGregor como protagonista. Ele é The Ghost, um escritor "fantasma" incumbido da tarefa de escrever as memórias de um antigo Primeiro Ministro britânico, Adam Lang. Apesar de isto parecer, à partida, a oportunidade de uma vida, ele vai descobrir o mundo trapaceiro, controverso e ilegal em que se estava a envolver e encontra pistas que o permitem chegar à verdade dos factos. Excelente thriller de acção e suspense, parece uma história complexa, rica e elaborada a vários níveis, cheia de temas de discussão e com uma atmosfera muito sóbria. A Summit tem cometido alguns erros no lançamento deste filme para o mercado, tendo-o estreado mais cedo do que o que devia para um filme de tão pequena dimensão como é este. Deverá estrear também cedo aqui em Portugal. Outras caras conhecidas no elenco: Kim Cattrall, Pierce Brosnan, Tom Wilkinson, James Belushi, Timothy Hutton, Olivia Williams e Robert Pugh.




#11 - BIUTIFUL

Este filme, que tem vindo a ser constantemente adiado, é dos meus filmes mais antecipados há mais de um ano. Biutiful, de Alejandro Gonzalez Inarritu e protagonizado por Javier Bardem, é sobre um homem, traficante de droga, que é confrontado pelo seu amigo de infância, agora virado polícia. É um dos filmes aqui da lista com maiores possibilidades de nomeação para prémios, com Blanca Portillo, Maricel Alvarez e Javier Bardem (actores), Inarritu (filme e realizador), Gustavo Santaolalla (banda sonora), Rodrigo Prieto (fotografia), Stephen Mirrione (edição) e Brigitte Broch (direcção artística), entre outros.




#10 - ANOTHER YEAR

Depois de Happy-Go-Lucky, uma jóia pouco apreciada em 2008, eis que Mike Leigh (Secrets and Lies, Tupsy-Turvy e Vera Drake) está de volta, de novo reunido com Jim Broadbent e Imelda Staunton (Lesley Manville parece ser a protagonista e de quem toda a gente fala bem). Este filme é mais um retrato intrinsecamente detalhado e francamente emocional de uma pessoa tão normal como qualquer um de nós e se forem como eu, que adoram os filmes de Mike Leigh, não vão querer perder. Tem grande potencial para Óscares.




#9 - MIRAL

A minha aposta para um dos filmes do ano. Realizado por Julian Schnabel (que surpreendeu meio mundo há 2 anos, com o seu Le Scaphandre et Le Papillon/The Diving Bell and The Butterfly) e com Hiam Abass, Willem Defoe e Freida Pinto nos principais papéis, o filme, uma adaptação de uma obra célebre de Rula Jebreal, segue a vida da personagem de Pinto - Miral, que dá o título ao filme, desde a sua entrada para adopção, aos cuidados da personagem intepretada por Abass (Hind Husseini, que começou um orfanato para mulheres palestinianas no fim dos anos 50, aquando da separação de Israel da Palestina, até à sua adolescência, em que é obrigada a crescer rápido ao ser enviada para ensinar num campo de refugiados. A paz ou a guerra, que escolha irá fazer? É uma boa pergunta. Este é um dos filmes mais intrigantes e mais curiosos desta temporada. Qual será a reacção que irá obter da Academia? Não se sabe ao certo. Mas o buzz inicial tem sido de grandes interpretações de Abass e Pinto. Definitivamente a seguir com atenção.




#8 - HEREAFTER

Clint Eastwood a sair finalmente da sua zona de conforto e a debruçar-se sobre o que se diz ser um argumento estupendo de Peter Morgan (The Queen, Frost/Nixon). O filme, um thriller sobrenatural protagonizado por Matt Damon, que de resto conta com um elenco de suporte também ele fora do habitual 'luxo' de Eastwood (Bryce Dallas Howard é o nome mais sonante), conta a história de três pessoas tocadas pela morte de três formas bastante distintas. É claramente parvo não contar com Eastwood para os Óscares e Globos de Ouro, contudo é se calhar melhor ser prudente, tendo em conta os seus últimos filmes... e o elenco à disposição.




#7 - THE WAY BACK

Talvez o grande título da época e a grande produção do ano. Peter Weir está de volta, 5 anos após Master and Commander, novamente com um grande elenco - Ed Harris, Saoirse Ronan, Colin Farrell e Mark Strong no apoio ao protagonista, Jim Sturgess e o que aparentemente é uma grande história, a fuga de alguns soldados de um gulag Siberiano, baseado no bestseller de Rawicz, "The Long Walk", que relata na sua obra as peripécias da sua fuga após ter sido aprisionado pelo Exército Vermelho nos anos 30, tendo atravessado o Ártico, o deserto de Gobi e as Himalaias, finalmente chegando ao Tibete. Se formos a ver os seus trabalhos passados e analisarmos o potencial da história, é de apostar forte neste The Way Back, ou não? Será este o ano de Weir? Tudo indica que sim.




#6 - SOMEWHERE

Este é o filme que pode surpreender toda a gente. Depois de um filme menos sucedido (Marie Antoinette) que o seu anterior (Lost In Translation), eis que Sofia Coppola volta ao ataque com Somewhere, mais terra-a-terra, mais explorador de emoções, mais próximo de Lost In Translation que de Marie Antoinette e The Virgin Suicides. O que talvez seja bom. Marie Antoinette, apesar de ser um excelente filme, falha basicamente porque a storytelling é demasiado progressiva tanto para a narrativa a que se propunha como para a reacção do público. Enfim. O filme fala da vida de Johnny Marco, uma estrela de cinema que é um autêntico bad-boy, que leva um vida de excessos (bebida, jogo, poligamia, bólides caríssimos e fãs histéricas) que o coloca numa espiral descendente, numa crise de futilidade e superficialidade à qual não consegue escapar. Até ao dia em que a sua filha Cleo, de 11 anos, lhe aparece à porta e o obriga a repensar todo o seu trajecto de vida. O elenco conta com Stephen Dorff (uma escolha no mínimo original para protagonista), Elle Fanning, Benicio Del Toro, Michelle Monaghan e Laura Ramsey.




#5 - THE SOCIAL NETWORK

Este é o David Fincher que nós gostamos. O dos filmes pesados, ilógicos, desestruturados, como Fight Club, Zodiac, Se7en, The Game, não o outro, o que fez Benjamin Button. Está bem que o primeiro foi ignorado pela Academia mas adorado pelos críticos, enquanto que o segundo conseguiu 13 nomeações, 3 Óscares mas más críticas. No entanto, parece que ele sabe o que é importante. Desta vez, ele pega num dos argumentos mais cobiçados da Black List de 2009, The Social Network de Aaron Sorkin (que tem recebido bastantes elogios), baseado no romance "The Accidental Billionaires" e que se foca na evolução do Facebook, desde a sua criação em 2004 até ao seu 'boom' mundial, onde conta agora com mais de 100 milhões de membros. Supostamente aborda o problema da falsidade e artificialidade das relações sociais enquanto dá-nos um olhar mais cuidado à mudança de vida do seu criador. O principal problema do filme pode ser a visibilidade, uma vez que desta vez ele não tem um Brad Pitt ou uma Cate Blanchett para chamar as pessoas ao cinema. O seu elenco é bastante modesto, com Rashida Jones, Jesse Einserberg, Andrew Garfield e Justin Timberlake a chamarem a atenção (deste tem-se dito grandes coisas; só acredito quando vir o filme!)




#4 - BLACK SWAN

Que dizer deste Black Swan? 1- É de Darren Aronofsky (The Wrestler, The Fountain, Requiem for a Dream); 2- Tem Natalie Portman, Winona Ryder e Vincent Cassell (e Mila Kunis) como protagonistas; 3- É um thriller sobrenatural; 4- O seu argumento e pistas acerca da produção têm sido mantidas sob máximo sigilo. É um filme atípico para lutar por prémios, mas com 10 nomeados, se o filme foi estonteantemente bom (como os filmes de Aronofsky costumam ser), é provável que tenha nomeações. Sabe-se que o enredo passa-se em Nova Iorque, onde uma bailarina talentosa se sente atormentada por uma rival que pode ser, muito apenas, resultado da sua imaginação.





#3 - THE TREE OF LIFE

Da última vez que Terrence Malick fez um filme, The New World, ele passou um pouco ao lado. É um filme estupendo, de excelente qualidade, mas que não excitou a Academia. Pois bem, o criador de obras intemporais como esta, esta ou esta volta com este The Tree of Life, que foi adiado o ano passado (não admira, pois os filmes de Malick demoram imenso a sair). Do elenco fazem parte grandes nomes como Sean Penn e Brad Pitt, que dividem entre si os dois actos do filme. Dizer ainda que o argumento é também dele. O filme é, segundo a definição de Malick, «um épico cósmico, um hino à vida» e segue a vida de Jack, primeiramente quando este tem 11 anos e imagina o mundo como o vê, de forma maravilhosa, com elementos fantásticos, vê os pais como representação do bem (mãe) e do mal (pai) no mundo, e depois com ele já adulto, à deriva no complexo mundo moderno, em busca de descobrir qual o projecto de vida para si, qual o seu papel neste mundo e na reflexão que faz, encontra-se finalmente consigo mesmo e dá passos no sentido de cumprir o que lhe foi destinado. Não parece, muito simplesmente, uma excelente história?




#2 - TRUE GRIT

Razões para gostar de True Grit? #1 - É dos irmãos Coen, os realizadores mais entusiasmantes dos últimos anos e que vêm numa senda de sucesso; #2 - É um western e toda a gente sabe a qualidade dos irmãos Coen nesse género; #3 - Jeff Bridges é o protagonista da película, seguindo os passos de John Wayne, que conquistou o Óscar pelo original deste filme; #3 - É baseado na obra literária "True Grit" e não no filme de 1969, o que só prova que os Coen querem recriar a coisa, não melhorá-la; #4 - O elenco de suporte tem bastante potencial, com nomes como Matt Damon, Barry Pepper e Josh Brolin; #5- Hailee Steinfeld, que vai interpretar a protagonista, Mattie Ross, foi contratada a partir de um casting com mais de 15000 audições, o que só prova que a qualidade está assegurada; #6 - Os irmãos Coen reuniram a sua equipa do costume, incluindo o cinematógrafo Roger Deakins que poderá finalmente ganhar o seu Óscar. Tendo tudo isto em conta, como é que se pode NÃO ver este filme?




#1 - INCEPTION

O grande mistério do ano - e, arriscaria eu, da década: o que é este Inception? Christopher Nolan fará o melhor trabalho da sua carreira ou irá finalmente dar um tiro no pé? Todo o hype à volta do filme vai valer alguma coisa? Sobre o que é que trata o filme? Muitas perguntas por responder. Se o filme for tudo aquilo que as expectativas ditam (que neste momento estão tão altas, quase ao nível da segunda vinda de Cristo), vai ser um dos grandes vencedores do ano. Se o filme ficar bem abaixo das expectativas... É uma pena. Este sigilo sobre o filme é bom, mantém-nos alerta. E o trailer é igualmente espantoso nessa qualidade. O elenco é composto por grandes actores (Leonardo DiCaprio, Marion Cotillard, Michael Caine), jovens estrelas (Ellen Page, Joseph Gordon-Levitt, Tom Hardy) e caracterizadores natos (Ken Watanabe, Cillian Murphy, Lukas Haas), o que lhe dá uma boa mistura. A equipa por detrás da câmara mantém-se também fiel ao realizador de The Dark Knight. Como é que se define o filme? O próprio Nolan explicou: um filme de ficção científica que tem lugar na arquitectura da mente. Haverá alguém que mais goste de fazer disto que ele? Não, claro que não.


2 comentários:

DiogoF. disse...

Não há um que não queira ver.

Ainda assim, os que mais aguardo:

Inception, True Grit, The Adjustment Bureau, The Town, The Rum Diary, The American, What's Wrong With Virginia, The Ghost Writer, Black Swan e Tree of Life.

Joana Vaz disse...

Grande lista!:D

Os que eu mais espero:

Inception(o mais aguardado por todos. Porque será?!:D Espero não nos desiludir…) The Tree Of Life (que história…), Black Swan (tinha de ser, não é?!;)), Miral, Another Year, Biutiful, The Ghost Writer, What’s Wrong With Virginia, Love and Other Drugs, The Company Men, True Grit.